Tribunal rejeita substituição de juiz do caso Cachoeira
Foto: Sergio Lima/Folhapress
A substituição do juiz, que atua na 11ª Vara Federal em Goiás, foi requerida no final de abril pelos advogados dos réus Lenine Araújo de Souza, Rogério Diniz e Wladimir Garcez Henrique (foto), presos desde 29 de fevereiro, como consequência da Operação Monte Carlo
Para o relator dos recursos, desembargador Fernando Tourinho Neto, o pedido devia ser rejeitado sem uma análise mais detalhada porque os três advogados se esqueceram de anexar procurações especiais usadas para pedir a troca do juiz. Os outros dois integrantes da TRF1 concordaram com o argumento e decidiram arquivar os requerimentos .
No último dia 31 de maio, o advogado Ney Moura Teles, que representa o ex-vereador goiano Wladimir Garcez, reclamou de suposta "parcialidade" do magistrado na condução do processo."Ele já prejulgou ao decretar a prisão preventiva. Já antecipou todo o juízo condenatório. Do jeito que as coisas iam caminhando, eles já estavam previamente condenados", disse. Teles deu a declaração logo após a suspensão de audiências dos réus, que iria ocorrer em Goiânia
O juiz Paulo Lima é responsável por dois processos que correm em Goiás como resultado da Operação Monte Carlo. Um deles reúne apenas os sete acusados que estão presos e o foragido Giovani Pereira da Silva. O outro processo apura as responsabilidades dos 73 réus que estão soltos. O juiz optou pela separação do processo para dar mais agilidade ao julgamento, mas a medida também está sendo questionada pelos advogados.
O senador Demóstenes Torres (sem partido-Goiás) e os deputados Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO), Sandes Junior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ) respondem a processo no Supremo Tribunal Federal (STF), porque têm prerrogativa de foro. Eles respondem como acusados e não como réus, porque o processo, que também teve origem na investigação da Operação Monte Carlo, está na fase de inquérito.
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