quinta-feira, 31 de maio de 2012


Gilmar, mentes? Agora, ele insinua traição de Jobim

Um software de análise de voz da Truster Brasil dissecou três minutos da entrevista do ministro Gilmar Mendes veiculada na segunda-feira (28) pelo canal "GloboNews". O relato feito pelo magistrado sobre o encontro com o ex-presidente Lula e o ex-ministro Nelson Jobim, segundo a reportagem veiculada pela UOL, inclui 11 ocorrências de "alto risco", cinco de "provável risco" e duas de "baixo risco"."Alto risco é uma maneira de dizer que a pessoa está mentindo", afirma o perito responsável pela análise, Mauro Nadvorny. A tecnologia da Truster detecta sinais de tensão, estresse, medo, embaraço e excitação em arquivos de voz que permitem estabelecer uma escala de veracidade da narrativa oral. No caso de Mendes, o laudo técnico de sua versão sobre o polêmico encontro registrou alto risco de fraude nos trechos em que o ele diz: a) que o mensalão "entrou na pauta das conversas"; b) que "o presidente Lula tocou várias vezes na questão da CPMI" e c) no trecho em que Mendes disse não ter "nenhuma relação, a não ser relação de conhecimento e de trabalho funcional com o senador Demóstenes". A avaliação técnica foi reforçada nas últimas horas pelos 'ajustes' que o dono da voz vem introduzindo em aspectos centrais do relato original. A julgar pela esmagadora maioria dos que respondem à enquete proposta pelo blog do Emir (leia na pág) há também forte convergência entre o diagnóstico do software da Truster e o discernimento público.

Gilmar se embaralha em versões sucessivas

Gilmar Mendes, no Valor (30-05), insinua que pode ter sido traído por Nelson Jobim no encontro entre os dois e o ex-presidente Lula, a quem atribui constrangimentos por afirmações sobre o julgamento do mensalão e suas relações com Demóstenes e Cachoeira. Gilmar Mendes vai adaptando a história à medida em que ela perde consistência:

a) 'esqueceu' e ninguém mais o questiona sobre a versão original oferecida a Veja, cabalmente desmentida por Nelson Jobim, de que a conversa com Lula teria sido apenas entre os dois, na cozinha do escritório de Jobim, sem a presença deste;

b) ao Valor, diz textualmente que Jobim participou de 'toda a conversa';

c) ao Globo, ontem, alivia as afirmações sobre Lula (ele está sob pressão) ao mesmo tempo em que acusa o ex-presidente de ser uma central de boatos sobre suas relações com Demóstenes e Cachoeira;

d) mais ainda: insinua que Jobim (Jobim que foi ministro de FHC, um conservador atritado com o PT) pode tê-lo atraído para uma armadilha.

Veja o trecho da entrevista ao Valor, desta 4ª feira:

Valor: O nome do Paulo Lacerda (ex-dirigente da ABIN demitido após uma denúncia nunca comprovada de Gilmar, que diz não ter 'tradição de desmentidos', sobre escutas em seu gabinete no STF) foi mencionado na conversa?

Mendes: Nessa conversa, Jobim perguntou: e Paulo Lacerda? Agora, as coisas passam a ter sentido.

Valor: Seria uma demonstração de que se tratava de chantagem?

Mendes: Pode ser. Interpretem como quiser.

Valor: Ou seja, que o próprio Jobim participou de uma tentativa de chantagem?

Mendes: Era uma conversa absolutamente normal, nós repassamos vários assuntos. Nós falamos sobre o Supremo, recomposição do Supremo, PEC da Bengala, a má articulação hoje entre o Judiciário e o Executivo. O Jobim participou da conversa inteira. Nesse contexto, cai uma ficha.

Valor: Que ficha caiu, de que seria uma estratégia?

Mendes: Isso é possível, vamos constrangê-lo com Paulo Lacerda. Não sei se é isso".
Postado por Saul Leblon às 10:54

Não deu no Jornal Nacional: mais da metade das obras de mobilidade para Copa estão em andamento

Ampliação do terminal de contêineres
do Porto de Salvador

Redação EcoD / Envolverde
Dos 51 empreendimentos financiados pelo governo federal na área de mobilidade urbana, 28 estão em obras, sete concluíram apenas a fase de licitação e nove sequer concluíram a elaboração de projetos. Os dados integram um relatório apresentado nesta quarta-feira, 23 de maio, pelos ministros Aldo Rebelo, do Esporte, e Miriam Belchior, do Planejamento, durante balanço das ações de preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. O documento, com base em informações de abril, informa que está mantida a previsão de investimentos em R$ 27,1 bilhões.
De acordo com o relatório, as obras serão concluídas a tempo dos jogos e atendendo às expectativas iniciais. “[As obras] avançaram e vão se configurar como legado importante para a sociedade brasileira”, destaca o texto. A previsão do ministro Aldo Rebelo é que 41 dos 51 empreendimentos de mobilidade urbana sejam entregues até dezembro de 2013. Os demais (10) têm previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2014.
Para os portos, há uma previsão de R$ 900 milhões em investimentos para readequação e revitalização de sete unidades. Quatro deles tiveram as obras iniciadas: Fortaleza (CE), Recife (PE), Natal (RN) e Salvador. Os portos de Santos (SP) e do Rio de Janeiro se encontram em fase de licitação, e o de Manaus (AM) ainda não teve finalizada a elaboração do projeto.”
Foto: Carol Garcia/Secom
Matéria Completa, ::Aqui::

Presidente do PT: “Mal Lula se recuperou de um câncer, Serra já ataca”


Marina Dias, Terra Magazine
“O presidente nacional do PT, Rui Falcão, comentou na manhã desta quinta-feira (31) nota publicada na coluna da jornalista Mônica Bergamo, com a informação de que foi José Serra (PSDB) quem telefonou para o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim e pediu para que ele falasse com a revista Veja.
Jobim atendeu ao pedido do amigo e só então soube da reportagem que trataria sobre o encontro entre o ex-presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
"Como ele (Serra) não tem coragem de atacar Dilma e o PT, com a boa imagem que o partido tem, mal Lula se recuperou de um câncer e eles já estão indo pra cima do ex-presidente… é o jeito que eles têm de levar as coisas, fazendo campanha de desgaste", afirmou Falcão em conversa com Terra Magazine.
Gilmar Mendes disse à revista Veja que Lula tentou convencê-lo a adiar o julgamento do Mensalão, previsto para acontecer ainda este ano. Em troca, o ex-presidente teria oferecido proteção a Mendes na CPI do Cachoeira, que já esbarrou em ligações entre o ministro do STF e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Jobim diz que o conteúdo da conversa não foi o Mensalão. O ex-presidente também nega e se diz "indignado" com as declarações do ministro.”
Entrevista Completa, ::Aqui::
 
Charge do Genial Maringoni
http://3.bp.blogspot.com/-yAkNe9zIXhA/T8eS2clKhmI/AAAAAAAAlpg/8JcjffqmGxw/s1600/foto_mat_35456.png

José Serra ligou para Jobim.Mandou ele falar com a "Veja". Jobim atendeu

Serra pediu a Jobim que falasse com revista Veja sobre encontro com Lula


Uma nota publicada nesta quinta feira (31) na coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, revela Há alguns dias, José Serra ligou para o ex-ministro Nelson Jobim. Pediu a ele que falasse com a revista "Veja". Jobim atendeu ao pedido do amigo -e só então soube da reportagem sobre Lula e o ministro Gilmar Mendes. Escaldado, Jobim disse não ter presenciado nada beligerante na conversa entre os dois, que ocorreu em seu escritório, em Brasília.

Você sabia?

Serra é padrinho de casamento do Nelson Jobim e eles moraram juntos em Brasília na época em que foram deputados, eles realmente têm uma relação de amizade?


Gilmar Mendes afirmou à revista que Lula tentou convencê-lo a adiar o julgamento do mensalão....

Oportunista

Ontem, durante sabatina no SBT, José Serra, disse que ex-presidente Lula ameaça a democracia

Essa não é a primeira vez que José Serra dá ordens

Em 2010, durante a campanha eleitoral, após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar. Leia mais
 
Por Helena: Do Blog os amigos do presidente Lula.

Gilmar e Demóstenes na formatura de Perillo. Será essa uma das caronas no avião do Cachoeira?

 

Ontem, Gilmar Mendes declarou ao jornal Valor Econômico que,  foi em duas ocasiões a convite  de Demóstens a Goiânia e que o senador colocou a sua  disposição uma aeronave. Segundo Gilmar Mendes, em uma ocasião, participou de um jantar.

E uma outra vez, foi  para a festa de  formatura da Flavinha,(assim mesmo, ele trata com intimidade a esposa de Demóstenes Torres) --festa paga por Carlinhos Cachoeira, como mostra gravações da policia Federal

Como se pode perceber porn esse vídeo acima, Gilmar Mendes mentiu. Não foram apenas duas vezes que ele esteve com a turma de Cachoeira em Goiania

Apesar de mostrar intimidade com Demóstenes, Gilmar Mendes disse que, "Não são amigos.E apenas uma relação de camaradagem"

Aluno Especial

Governador Marconi Perillo (PSDB-GO) foi um aluno especial. A mulher dele, Valéria Perillo, também. A Faculdade Alves Faria (Alfa), em Goiânia, montou uma turma de direito exclusiva para os dois.

E vejam só. Quem é que estava na formatura?
Eles mesmos. Demóstens Torres e Gilmar Mendes...Que dulpa!

Gilmar contra Lula: de acusador a acusado

Gilmar contra Lula: de acusador a acusado Foto: Edição/247

Colegas do Supremo, juristas e mesmo editoriais de jornais críticos ao petismo agora condenam a atitude do ministro do Supremo, Gilmar Mendes. Antes vítima de chantagem, o magistrado passa a receber críticas de todos os lados, até da Embaixada da Venezuela...

31 de Maio de 2012 às 19:47
Minas 247 - Logo depois que a edição da revista Veja foi divulgada, as primeiras manifestações vistas, ouvidas e lidas na mídia foram de condenação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como se sabe, ele foi acusado por Veja de ter chantageado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. No domingo e na segunda-feira, logo depois de inaugurada a polêmica, a opinião corrente era que Lula teria cometido falha gravíssima que poderia ter gerado uma crise institucional. A oposição passou a pedir seu depoimento na CPI do Cachoeira.
Aos poucos, porém, a gangorra da opinião pública - ou da mídia, como se queira - começou a mudar. Jornalistas influentes e gente ligada ao mundo das leis passaram a questionar o ministro do Supremo. O portal Uol chegou a pôr em dúvidas as declarações de Gilmar em entrevista à TV Globo. Divulgou um laudo de perícia feito em cima da frequência de voz do ministro, apontando trechos “fraudulentos e suspeitos”.
Nesta quinta-feira, por exemplo, o experiente jornalista Jânio de Freitas tocou num assunto delicado mesmo para quem defende Gilmar Mendes no caso: “O encontro, no escritório de Nelson Jobim, foi em 26 de abril. Por que só passado um mês Gilmar Mendes quis dar à "Veja" sua versão do que Lula lhe teria dito?”, questiona o jornalista em sua coluna na Folha de S. Paulo.
A pergunta procede. Se Lula não cometeu chantagem, não há denúncia, apenas a manifestação pessoal de um cidadão em conversa privada. Se há chantagem, e se isso é grave, por que Gilmar Mendes demorou um mês para percebê-la? O PSOL, que antes havia se unido ao PSDB, DEM e PPS pedindo investigação da conduta de Lula, protocolou representação que questiona a conduta de Mendes. O servidor público Cícero Batista Araújo Rôla, que é filiado ao PT e secretário-geral da CUT no Distrito Federal, registrou pedido de impeachment do ministro na presidência do Senado.
Os aliados de Lula, no início da semana ainda paralisados com a notícia - muitos criticaram, à boca pequena, o fato de o ex-presidente encontrar-se com um desafeto do PT, e no escritório de outro desafeto, o ex-ministro Nelson Jobim -, aos poucos partiram para o ataque. A presidenta Dilma Rousseff, durante entrega do Prêmio Objetivos do Milênio Brasil, fez uma homenagem ao seu antecessor: “As pessoas nos lugares certos e na hora certa mudam processos e transformam a realidade”, afirmou a presidenta, propondo a homenagem. A plateia aplaudiu de pé e cantou, em coro, “Olé, olá… Lula, Lula”.
Até um ministro do Supremo entrou na polêmica. Mais do que isso: defendeu Lula e criticou o colega de STF. Marco Aurélio Mello, o segundo mais antigo dos 11 ministros, considerou “legítimo” e “normal” que Lula manifetasse sua opinião sobre a data mais conveniente para o julgamento do mensalão. "Primeiro, porque é um leigo na área do direito. Segundo, porque integra o PT. Portanto, se o processo envolve pessoas ligadas ao PT, obviamente, se ocorrer uma condenação, repercutirá nas eleições municipais".
Opinião parecida com a manifestada dias antes pelo jurista e professor da USP Dalmo Dallari. Em entrevista ao 247, Dallari, antigo desafeto de Gilmar Mendes, afirmou: “Ainda que Lula tenha feito referências ao mensalão, é duvidoso se isso teria tanta implicação jurídica, pois parece ter sido numa conversa informal, feita na casa de um amigo comum dos dois”.
A Embaixada da Venezuela no Brasil entrou em campo condenando Gilmar Mendes. Ela respondia à manchete do jornal O Globo, com fala do ministro do Supremo, segundo a qual o “Brasil não é a Venezuela de Chávez, onde o mandatário, quando contrariado, manda até prender juiz”.
Na boca de um político ou jornalista, a frase não teria nada demais. Mas saída de um membro da mais alta corte do Judiciário do Brasil, que mantém relações diplomáticas com o país citado? A embaixada venezuelana divulgou nota: “Recorrer à desinformação para envolver a Venezuela em debates que dizem respeito apenas aos brasileiros é uma atitude indecorosa – ainda mais partindo de um ministro da mais alta corte da nação irmã – e não reflete a parceria histórica entre Brasil e Venezuela”, disse o embaixador no Brasil, Maximilien Arveláiz.
Até o assumidamente conservador jornal O Estado de S. Paulo, geralmente hostil a Lula, passou a condenar a atitude de Gilmar. Em editorial, também classificou como “tardia” a denúncia do ministro, e ainda faz uma crítica indireta ao suposto uso, por parte de Gilmar Mendes, de avião particular cedido pelo senador Demóstenes Torres (DEM): “Certa vez, ao apoiar a divulgação individualizada dos salários do funcionalismo, o atual titular do STF, Carlos Ayres Britto, observou: ‘É o preço que se paga pela opção por uma carreira pública no seio de um Estado republicano’. No caso da magistratura, a conta inclui a recusa a convites que outros cidadãos podem aceitar com naturalidade.”
Para quem ainda duvida da mudança em curso na opinião pública basta ler os novos “gritos” do blogueiro da revista Veja, Reinaldo Azevedo. Defensor maior das teses da oposição ao governo petista - mais até do que os próprios membros do PSDB e do DEM -, ele agora afirma: “Está em curso uma operação para tentar desestabilizar Mendes e forçá-lo a se declarar impedido de julgar o mensalão”. Reinaldo vai além: “Trata-se de uma ação ampla, que encontra eco até mesmo dentro do tribunal”.

Lula: "Tem muita gente que não gosta de mim"

Lula: Foto: Juca Varella/Folhapress

Sem mencionar nomes, ex-presidente dá sequência discreta a polêmica com o ministro Gilmar Mendes, do STF; Lula, que passou o dia em Brasília e discursou na Fiocruz, evitou o contato com a imprensa, para não fomentar bate-boca

30 de Maio de 2012 às 18:49
247 - O ex-presidente Lula foi discreto, mas não resistiu a fazer uma menção à polêmica aberta com o ministro Gilmar Mendes, que o acusa de pressionar pelo adiamento do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal. Ao iniciar palestra no 5º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, organizado pela ONU, na Fiocruz, em Brasília, Lula disse: "Vou falar de pé, porque senão vão dizer que eu estou doente. Tem muita gente que não gosta de mim".
Até agora, o ex-presidente, que se recupera de um câncer na laringe, se limitou a negou por meio de nota a versão dada pelo ministro do STF para o encontro entre os dois, no dia 26 abril, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Ele se disse "indignado" no mesmo comunicado, mas não apresentou uma versão alternativa ao teor do encontro.
Apesar de Gilmar Mendes ter aumentado o tom sobre o assunto nos últimos dias, Lula preferiu não fazer declarações à imprensa para responder. Os jornalistas não tiveram acesso ao auditório onde o ex-presidente proferiu sua apresentação, e Lula, que evitou a imprensa ao chegar e sair do Palácio da Alvorada, onde almoçou com a presidente Dilma, chegou ao prédio da Fiocruz pela garagem, sem falar com os repórteres.

Depois de Dilma, Ayres Britto também desmente Estadão

O presidente do STF, Ayres Britto, também desmentiu notícia falsa do jornal Estadão, em nota oficial e em entrevista.

http://goo.gl/OQ54H

Que jornalismo é este. Duas pessoas conversam. O Estadão inventa o que elas conversaram sem ouvir nenhuma das duas?

Da editoria Veja-Cachoeira a gente esperava esse tipo de coisa, mas o Estadão era reacionário com compostura. Agora não é mais.

Ayres Britto disse, na entrevista, que na reunião ocorrida ontem (29) com a presidenta da República, eles trataram apenas de assuntos da administração pública e da participação do Judiciário na Rio+20, que ocorre em junho no Rio de Janeiro. Não trataram da confusão aprontada por Veja-Gilmar Mendes contra o presidente Lula, desmentindo o jornalão.

A mentira publicada - http://goo.gl/78LQG

Antes disso, em nota oficial da Presidência da República, a presidenta já havia desmentido em nota:
A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título “Para Dilma, há risco de crise institucional”, publicada hoje no diário O Estado de S. Paulo. Em especial, a audiência de ontem da presidenta Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, tratou do convite ao presidente do STF para participar da Rio+20 e de assuntos administrativos dos dois poderes. Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos.
Contrariando a prática do bom jornalismo, o Estadão não procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para confirmar as informações inverídicas publicadas na edição de hoje. Procurada a respeito da audiência, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou ao jornal Estado de S. Paulo e à toda a imprensa que, no encontro, foram tratados temas administrativos e o convite à Rio+20.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Estadão admite que inventou, usando como desculpa que "inferiu"

Lula e Mendes: ministro não vê risco de crise

O presidente do STF, Ayres Britto, afirmou que o Supremo não perderá o foco após o episódio
Carlos Ayres Britto comentou episódio entre Lula e Gilmar Mendes / Antônio Cruz/ABr Carlos Ayres Britto comentou episódio entre Lula e Gilmar Mendes Antônio Cruz/ABr

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto, disse nesta quarta-feira que não vê risco de crise entre os Poderes após declarações do ministro Gilmar Mendes sobre o encontro ocorrido com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mendes disse que foi pressionado por Lula para adiar o julgamento do mensalão, que deve acontecer nos próximos meses.

Perguntado se o episódio criou mal-estar institucional, o presidente foi categórico: “De jeito nenhum, não vejo por esse prisma por nenhum modo”. O ministro acrescentou que o Judiciário está imune a dissensos  e que os ministros são “experimentados” para enfrentar qualquer tipo de situação.

“Isso não nos tira do eixo, não perdemos o foco, que é nosso dever de julgar todo e qualquer processo, inclusive esse, o chamado mensalão, com objetividade, imparcialidade, serenidade, enfim, atentos todos nós à prova dos autos”, destacou Britto.

O presidente disse não ter opinião sobre a tese de que há um grupo formado para difamar o ministro Gilmar Mendes ou para prejudicar o julgamento do mensalão. “O ministro Gilmar vê as coisas sob esse prisma, e ele certamente tomará as providências necessárias ou compatíveis com o quadro que ele mesmo traçou”.

Britto ainda negou que tenha tratado do assunto na reunião ocorrida ontem com a presidenta da República, Dilma Rousseff. Segundo o ministro, eles trataram apenas de assuntos da administração pública e da participação do Judiciário na Rio+20, que ocorre em junho no Rio de Janeiro.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Gilmar Mendes foi leviano e mente”, diz Paulo Lacerda

Autor: 
Por marcelosoaressouza
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada nesta quarta-feira, 30, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes lançou acusações contra Paulo Lacerda, ex-diretor da Policia Federal e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência):
- Dizem que ele (Lacerda) está assessorando o PT. Tive informação em 2011 que o Lacerda queria me pegar.

Segundo O Estado de S.Paulo, Gilmar Mendes suspeita que Lacerda estaria divulgando "informações falsas" para atingi-lo. E, também, que estaria assessorando o ex-presidente Lula. Terra Magazine ouviu Paulo Lacerda no início da tarde desta quarta-feira. Feita a ressalva "não sei se ele disse isso", Paulo Lacerda, habitualmente sereno e cordato, respondeu a Gilmar Mendes com dureza:
- Se ele falou isso, ele foi leviano e mente.

Lacerda, que hoje trabalha numa associação de empresas de segurança privada, conta que não vê Lula há anos, assim como Gilmar Mendes, e rebate as acusações:
- Estou aposentado, não trabalho com investigação (…) não trabalho para partido nenhum, não assessoro nem à CPI nem ao ex-presidente Lula (…) Se as informações que ele diz ter recebido são dessas mesmas fontes, se foram essas fontes e informações que o levaram a dizer o que anda dizendo, tá explicado porque ele está dizendo essas coisas e dessa forma.

Por fim, sobre informação atribuída também ao ministro e publicada no sábado, 26, em O Globo, dando conta que o espião Dadá seria seu homem de confiança,  Paulo Lacerda devolve:
- Eu nem conheço o Dadá, jamais tive contato com ele e nunca estive com ele. Portanto, faço a ressalva: se o ministro Gilmar Mendes de fato disse isso… essa é mais uma informação leviana, irresponsável e mentirosa.

Terra Magazine: O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo: "Lacerda tinha como missão me destruir", e que o senhor queria "pegá-lo". Disse também que "dizem" que o senhor estaria assessorando o PT e municiando o presidente Lula com informações…

Paulo Lacerda: Soube pelo jornal. O absurdo é tamanho que não sei como ele se permite dizer aquilo. Se ele disse aquilo, respondo: primeiro, o ministro Gilmar está totalmente desinformado sobre a minha vida profissional e pessoal. Estou aposentado da Polícia Federal depois de dois anos e meio de adidância em Lisboa e trabalho hoje para a Associação de Empresas de Segurança Privada. Não trabalho com nada, nada de investigação, e quem me conhece e à minha vida hoje sabe disso. Sabe o que é mais espantoso?

- O quê?

- É que é com base nesse tipo de informações que o ministro está recebendo é que se criou essa crise toda. Se as informações que ele diz ter recebido são dessas mesmas fontes, se foram essas fontes e informações que o levaram a dizer o que anda dizendo nos últimos dias, tá explicado porque ele está dizendo essas coisas e dessa forma. Ele, de novo, mais uma vez, está totalmente mal informado.

- O senhor não presta assessoria à CPI, ao PT ou ao ex-presidente Lula?

- Não vejo o presidente Lula, assim como o ministro Gilmar Mendes, desde que deixei o governo. Isso é ridículo. Não assessoro o PT nem a partido algum e é um delírio supor, achar e dizer que assessoro o ex-presidente Lula. Basta perguntar aos senadores e deputados da CPI se assessoro à CPI ou a algum parlamentar. Basta perguntar aos assessores do Lula se alguém tem algum vestígio de presença minha, de contato meu com ele. Sou aposentado, até poderia trabalhar para quem me convidasse e eu quisesse, mas isso não é verdade. É absoluta inverdade. Impressiona e é preocupante como um ministro do Supremo não se informa antes de dizer esses absurdos.

- Mas o que exatamente é absurdo?

- Tudo isso. São informações totalmente tendenciosas. Eu não estou trabalhando para partido algum, político nenhum. Ele está exaltado, sem controle, não sei se por conta dessa conversa com o ex-presidente, mas nada disso é verdade. E isso é muito fácil de checar.

- O senhor e o ministro Gilmar Mendes já tiveram um problema sério…

- Em setembro de 2008, ele procurou o presidente Lula e acusou a Abin, que eu dirigia, de ter feito grampos ilegais na Operação Satiagraha. Aquilo era mentira. Não foi feito grampo algum ilegal por parte da Abin… aliás, a CPI de agora é uma ótima oportunidade para investigarem aquela armação. Não existiu grampo algum, mas o ministro Gilmar Mendes foi ao presidente da República com base em uma informação falsa. Espero que agora apurem tudo aquilo.

- O que mais o incomoda?

- Eu não vi o ministro Gilmar Mendes falar isso, eu li no jornal. Não sei se ele falou, mas se ele falou, foi leviano e mente. Se falou isso o ministro Gilmar Mendes mentiu. Estou aposentado da área pública, todos sabem disso. Não teria nenhum impedimento, de ordem alguma, para trabalhar com investigação, mas não quero, e isso que ele disse, se disse, não é verdade.

- Alguma vez, depois do episódio em 2008, do tal grampo cujo áudio nunca apareceu, o ministro Gilmar e o senhor falaram sobre o episódio? Em algum momento ele reconheceu não ter ouvido o tal grampo, se desculpou?

- Não. Repito, não vejo o ministro e o ex-presidente Lula há anos. E não houve desculpa alguma… e acho que a CPI agora seria ótima oportunidade para esclarecer isso de uma vez por todas, embora a Polícia Federal já tenha concluído que não houve grampo algum da Abin…

- Essa CPI de agora, a do Cachoeira, tem alguns personagens comuns com aquele caso, fala-se muito no espião Dadá…

- A propósito. O ministro Gilmar Mendes teria dito ao jornalista Moreno que esse cidadão, Dadá, é ou era meu braço direito, meu homem de confiança. Respondi por escrito, mandei um e-mail para o Moreno, que é um jornalista… ele recebeu uma informação de um homem público e a publicou. Por isso enviei a resposta direto para ele e para o jornal O Globo.

- E qual é a resposta?

- Eu nem conheço o Dadá, jamais tive contato com ele e nunca estive com ele. Portanto, faço a ressalva: se o ministro Gilmar Mendes de fato disse isso…

- Sim, a ressalva está registrada

- Se ele disse isso, essa é mais uma informação leviana, irresponsável e mentirosa.

Fonte:
http://terramagazine.terra.com.br/bobfernandes/blog/2012/05/30/gilmar-mendes-foi-leviano-e-mente-diz-lacerda-ex-diretor-da-pf-e-abin/
Deputado João Paulo Cunha refuta nota da Revista Veja

O parlamentar esclarece que não foi procurado pelo autor do texto para responder a qualquer tipo de acusação, tornando a divulgação de tais dados “leviana”.


Em nota divulgada na tarde dessa quarta-feira (30), o deputado João Paulo Cunha classifica como “especulação” comentário publicado nessa mesma data pelo jornalista Lauro Jardim, em seu blog.
O parlamentar esclarece que não foi procurado pelo autor do texto para responder a qualquer tipo de acusação, tornando a divulgação de tais afirmações “leviana”.
Confira texto na íntegra:
Caro Lauro Jardim
1- Escrevo-lhe para informar que não procede o comentário escrito hoje (30/05/2012), em seu blog, aventando uma opinião minha em relação ao episódio envolvendo o encontro do ex-presidente Lula com o Ministro do STF, Gilmar Mendes.
2- Como nunca conversamos, não manifestei posição nenhuma sobre este caso para você, de sorte que não passa de especulação afirmar que estou confuso quanto aos acontecimentos.
3- Sei muito bem que este caso está sendo usado de maneira leviana para pressionar o STF a condenar, sem o devido e democrático direito de defesa, os que respondem ao processo do chamado mensalão.
4- Registro também minha solidariedade à indignação manifestada pelo ex-presidente Lula, em relação ao desvirtuamento e uso político que está sendo dado a este encontro.
5- Confio que a verdade ao final sempre prevalece e também que os ministros do STF são absolutamente preparados juridicamente para analisar e emitir um parecer baseado nos autos e provas do processo.
Cordialmente,
João Paulo Cunha
Deputado Federal (PT-SP)
(Assessoria Parlamentar)


Globo investe contra Lula no Twitter
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


Ontem ocorreu um fato espantoso que explica bem por que a grande imprensa brasileira é chamada de PIG – sigla que significa “Partido da Imprensa Golpista”, uma sigla cunhada pelo deputado federal pelo PT de Pernambuco Fernando Ferro que se popularizou sobremaneira na internet.


A dita “mídia” é chamada de partido por boas razões. Uma delas é a de que tem militância exatamente como um partido. Centenas de pessoas defendem ferozmente as ações de Globo, Folha de São Paulo, Veja e Estado de São Paulo contra o Partido dos Trabalhadores e o governo federal.

Essas pessoas se escondem sob o anonimato e chegam ao ponto de fazer ameaças de assassinato ou de tortura contra quem se mostre simpatizante do PT e do governo, sobretudo se for blogueiro. Quando menos, promovem campanhas anônimas de difamação, atacam família etc.

Mas, ontem, a atuação da mídia como partido político chegou ao impensável. O jornal O Globo, em sua campanha incansável, interminável e eterna contra Lula, lançou mão de um recurso que só militâncias de partidos usam.

Tuitaço é o envio de múltiplas mensagens pela rede social Twitter para fazer “subir” frases sobre algum assunto ao que se convencionou chamar de Trending Topics, o ranking dos dez assuntos mais comentados no Brasil ou no mundo.

A revista Veja tem sido alvo de tuitaços de militantes petistas e de outros partidos de esquerda. E não é que O Globo, como prova de que é um partido político disfarçado de jornal, decidiu instigar tuiteiros militantes do PIG a promoverem uma campanha contra o ex-presidente Lula?

A imagem acima mostra que o perfil de O Globo no Twitter foi responsável pela “subida” da frase “Lula mente” ao topo dos Trending Topics.

O Globo tem mais de 500 mil “seguidores” no Twitter. Como as campanhas de militantes de oposição ao governo Lula – ou militantes da mídia – para levar frases aos Trending Topics vinham fracassando, o perfil do jornal naquela rede social resolveu dar uma ajudinha veiculando hashtag contra Lula para suas centenas de milhares de seguidores

Assim, O Globo conseguiu colocar no primeiro lugar dos Trending Topics aquela frase. Mas foi só por alguns minutos.

O que o Globo não sabia é que seguir o seu perfil no Twitter não significa apoiar o que faz. Este blogueiro mesmo “segue” o perfil @JornalOGlobo e nem por isso compartilha suas posições políticas. Muito pelo contrário.

Quando descobri que o Globo é que estava por trás da “subida” de #LulaMente ao topo dos Trending Topics, entrei no tuitaço de reação. Rapidamente, em questão de minutos, os simpatizantes de Lula e do PT desbancaram a hashtag #LulaMente, substituindo-a por #BrasilComLula, que permaneceu por mais de uma hora nos Trending Topics.

Então, leitor, se faltava algo para a grande imprensa brasileira comprovar que se converteu em partido político, não falta mais. O segundo (?) maior jornal do país lançou mão do recurso mais banal da política contemporânea para um grupo político atacar outro. O que será que o TSE acha disso?

Uma história mal contada

Gilmar Mendes poderia explicar algumas coisas que não ficaram claras

30 de Maio de 2012 às 05:52

Hélio Doyle

Foi um encontro estranho, num momento delicado. Mas o que realmente aconteceu na reunião do ex-presidente Lula com o ministro Gilmar Mendes, no escritório do ex-ministro Nélson Jobim? Na verdade, não se sabe. Ninguém sabe, a não ser os três que estavam lá, e que dão suas versões sem que seja possível comprová-las cabalmente. As histórias são contadas pela metade, não há um relato com início, meio e fim, que inclusive explique bem o início: de quem foi a iniciativa do encontro, se foi proposital ou acidental, se Lula sabia que encontraria Gilmar e vice-versa. Essa é a típica história mal contada.
Nenhum dos três participantes do encontro que abala a República é bobo – pois, como se diz, se fossem bobos não teriam chegado aonde chegaram, e esses três chegaram longe. Gilmar é que tem falado mais sobre o assunto, já até passou em muito do tom adequado a um ministro do Supremo Tribunal Federal. Lula praticamente nada disse, a não ser negar que a conversa tenha sido como conta Gilmar, no que tem o respaldo de Jobim. Mas todos eles sabiam, desde que se encontraram no escritório de Jobim, que o encontro poderia, se revelado, ter graves repercussões em meio a uma CPI instaurada a partir de denúncias contra um fraterno amigo de Gilmar Mendes, o ainda senador Demóstenes Torres, e às vésperas do julgamento do chamado “mensalão”, que atinge de frente o PT e uma de suas principais figuras, o ex-ministro José Dirceu.
Se não são bobos, certamente sabiam que: 1) não pega bem um ministro do Supremo frequentar escritório de advogado; 2) pega pior ainda um ministro do Supremo conversar quase secretamente com um ex-presidente da República que tem interesse óbvio, e justificável, em um julgamento prestes a acontecer no tribunal. Não se sabe o que realmente conversaram, e só um perfeito idiota, a velhinha de Taubaté e os oposicionistas, esses por dever de ofício, acreditariam piamente ou fingiriam acreditar em uma versão difundida pela revista Veja, clara e ostensivamente engajada em uma luta política feroz contra o governo, contra Lula e contra o PT – entre outras causas da direita.
Por que acreditar na versão de Gilmar Mendes, a não ser por posição política ou convicção ideológica? Ora, dirão: por que acreditar nos desmentidos de Lula e de Jobim, a não ser pelos mesmos motivos? A isenção recomenda mesmo cautela. Mas, como Gilmar é até agora quem mais falou sobre o encontro, poderia explicar algumas coisas ainda mal explicadas:
- Por que foi ao escritório de Jobim? Acha normal um juiz da mais alta Corte ir ao escritório de um advogado, ainda mais sabendo das ligações políticas do ex-ministro do STF e da Defesa?
- Sabia que iria se encontrar com Lula? Se sabia, acha normal se encontrar com um ex-presidente da República que tem dado declarações públicas a respeito do processo que brevemente será julgado pelo STF?
- Por que, diante do que considera impertinência de Lula, não denunciou imediatamente o fato, esperando mais de um mês para fazê-lo? Não deveria ter denunciado imediatamente? E por que contou a um senador do DEM, Agripino Maia?
- Foi ele próprio que revelou a história à Veja? Se foi, por que a Veja? Se não foi quem contou, desconfia de alguém?
- Quais eram, realmente, as relações que tinha com Demóstenes Torres? Acha normal ter uma enteada trabalhando no gabinete do senador? Acha correto que um ministro do Supremo viaje de carona em avião de político? Foi mera coincidência o encontro em Berlim e voltar no mesmo voo do senador?
- Suas declarações nos últimos dias não podem colocar em questão sua isenção no julgamento do “mensalão”?
Se essas perguntas fossem respondidas, algumas coisas ficariam mais claras a respeito do estranho e inexplicado encontro no escritório de Jobim. A impressão que se tem, vendo de fora, é que ainda há muita coisa a ser contada. E que esse episódio talvez só seja explicado mesmo depois do ansiado julgamento do ano. Pode haver mais surpresas.
Vale a pena ler de novo
Gilmar Mendes, Demóstenes Torres e a Veja foram os personagens de outro misterioso episódio, a denúncia de que uma conversa entre o ministro e o senador havia sido grampeada pela Abin, a agência de informações da Presidência da República. Veja fez o estardalhaço de costume, Gilmar foi a Lula pedir satisfações, Demóstenes rosnou no Senado. Estranhamente, a tal gravação nunca apareceu, mas teve efeitos negativos para o governo e contribuiu para derrubar uma operação da Polícia Federal e o diretor da Abin.
É interessante rever o tal diálogo entre Gilmar e Demóstenes, reproduzido pela Veja. É uma conversa de amigos muito próximos, que se tratam pelos nomes. Uma conversa nada republicana entre um ministro do Supremo e um senador da República:
Gilmar Mendes – Oi, Demóstenes, tudo bem? Muito obrigado pelas suas declarações.
Demóstenes Torres – Que é isso, Gilmar. Esse pessoal está maluco. Impeachment? Isso é coisa para bandido, não para presidente do Supremo. Podem até discordar do julgado, mas impeachment...
Gilmar – Querem fazer tudo contra a lei, Demóstenes, só pelo gosto...
Demóstenes – A segunda decisão foi uma afronta à sua, só pra te constranger, mas, felizmente, não tem ninguém aqui que embarcou nessa "porra-louquice". Se houver mesmo esse pedido, não anda um milímetro. Não tem sentido.
Gilmar – Obrigado.
Demóstenes – Gilmar, obrigado pelo retorno, eu te liguei porque tem um caso aqui que vou precisar de você. É o seguinte: eu sou o relator da CPI da Pedofilia aqui no Senado e acabo de ser comunicado pelo pessoal do Ministério da Justiça que um juiz estadual de Roraima mandou uma decisão dele para o programa de proteção de vítimas ameaçadas para que uma pessoa protegida não seja ouvida pela CPI antes do juiz.
Gilmar – Como é que é?
Demóstenes – É isso mesmo! Dois promotores entraram com o pedido e o juiz estadual interferiu na agenda da CPI. Tem cabimento?
Gilmar – É grave.
Demóstenes – É uma vítima menor que foi molestada por um monte de autoridades de lá e parece que até por um deputado federal. É por isso que nós queremos ouvi-la, mas o juiz lá não tem qualquer noção de competência.
Gilmar – O que você quer fazer?
Demóstenes – Eu estou pensando em ligar para o procurador-geral de Justiça e ver se ele mostra para os promotores que eles não podem intervir em CPI federal, que aqui só pode chegar ordem do Supremo. Se eles resolverem lá, tudo bem. Se não, vou pedir ao advogado-geral da Casa para preparar alguma medida judicial para você restabelecer o direito.
Gilmar – Está demais, não é, Demóstenes?
Demóstenes – Burrice também devia ter limites, não é, Gilmar? Isso é caso até de Conselhão.
(risos)
Gilmar – Então está bom.
Demóstenes – Se eu não resolver até amanhã, eu te procuro com uma ação para você analisar. Está bom?
Gilmar – Está bom. Um abraço, e obrigado de novo.
Demóstenes – Um abração, Gilmar. Até logo.


Nota do autor do Muita Paz!
O artigo está muito bom. Só vou fazer uma resalva para não fazer como a mídia canalha faz.
Esta questão da viagem do ministro no jatinho do bicheiro Cachoeira precisa ser melhorapurada.
Gilmar Mendes diz que não. Que veio em outro avião.

Gilmar surta: diz que até Jobim faria parte de um complô para 'constrangê-lo'

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro do STF Gilmar Mendes, virou sua metralhadora giratória até para Nélson Jobim, fazendo ilações de que Jobim também faria parte de um complô contra ele (Gilmar chama esse pseudo-complô de suposta tentativa de 'constrangê-lo' recorrendo a surrada palavra mágica 'mensalão', usada por todos que se veem cobrados a dar explicações a respeito de Carlinhos Cachoeira).

Segundo o relato de Gilmar, Lula o teria perguntado se o famoso grampo sem áudio, não seria obra da parceria Veja-Cachoeira, em conluio com Demóstenes. Gilmar disse não saber e acreditar que não.

Todos se lembram que tal grampo foi o estopim para Paulo Lacerda ser afastado da ABIN, inclusive com Jobim apoiando o afastamento. O grampo sem áudio está mal explicado até hoje, e o próprio Gilmar, se fora vítima como afirmava, deveria ser parte interessada em saber se não fora alvo de uma armação do esquema de arapongagem de Cachoeira, já que as investigações da PF não conseguiram encontrar nada.

Talvez, pelo assunto abordar o episódio que afastou o ex-diretor da ABIN, Jobim tenha perguntado a Lula, se sabia como estava Lacerda. (Em outras entrevistas Gilmar disse que Lula respondeu apenas saber que estava por aí, voltando de Portugal, demonstrando até pouca intimidade com Lacerda, uma vez que este informou em entrevista ao Estadão, que retornou ao Brasil há um ano e três meses).

A partir daí, Gilmar, na entrevista ao Valor, infere que poderia ser uma estratégia de Jobim e Lula para constrangê-lo com Paulo Lacerda.

Será que Freud explica esses fantasmas que povoam a cabeça de Gilmar? E essa obsessão por Paulo Lacerda?

Detalhe: É totalmente despropositada as ilações de Gilmar pela sua própria narrativa. Ele foi ao encontro para uma conversa informal, senão teria sugerido encontrar-se com Lula em seu gabinete no STF. Ora, quem viveu episódios do poder como Lula, Jobim e o próprio Gilmar, não é natural que parte das conversas girassem em torno de tais episódios? Sobretudo o do grampo que ficou mal explicado, e Gilmar poderia acrescentar alguma impressão nova, a partir dos fatos novos que mostraram as relações de Demóstenes com os arapongas Dadá, Jairo Martins e Cachoeira?
Então por que sentir-se constrangido?

Eis o trecho da entrevista ao jornal Valor:
Por: Zé Augusto 
Blog os amigos doPresidente Lula.

Dilma emite nota para negar risco de crise institucional

Dilma emite nota para negar risco de crise institucional
Add caption
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Assessoria do Palácio do Planalto publica comunicado para dizer que "são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título 'Para Dilma, há risco de crise institucional'", publicada pelo Estadão

30 de Maio de 2012 às 15:09
247 – A presidente Dilma Rousseff expediu nota nesta quarta-feira 30 para negar rumores de que ela enxerga risco de crise institucional na polêmica aberta entre o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título 'Para Dilma, há risco de crise institucional', publicada hoje no diário O Estado de S. Paulo", diz o comunicado.
"Contrariando a prática do bom jornalismo, o Estadão não procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para confirmar as informações inverídicas publicadas na edição de hoje", completa a nota, que segue, na íntegra, abaixo: .
"Nota à Imprensa
A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título "Para Dilma, há risco de crise institucional", publicada hoje no diário O Estado de S. Paulo. Em especial, a audiência de ontem da presidenta Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, tratou do convite ao presidente do STF para participar da Rio+20 e de assuntos administrativos dos dois poderes. Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos.
Contrariando a prática do bom jornalismo, o Estadão não procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para confirmar as informações inverídicas publicadas na edição de hoje. Procurada a respeito da audiência, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou ao jornal Estado de S. Paulo e à toda a imprensa que, no encontro, foram tratados temas administrativos e o convite à Rio+20."

terça-feira, 29 de maio de 2012

Vergonha!


PGR repassa representação da oposição contra Lula

De G1

PGR enviará representação contra Lula para a primeira instância

Oposição encaminhou a procurador-geral pedido de investigação.
Segundo 'Veja', Lula pressionou ministro do STF para adiar mensalão. 

Fabiano Costa
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, informou nesta terça (29), por meio da assessoria do órgão, que não é da competência dele analisar o pedido da oposição para que investigue a suposta pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de adiar o julgamento do mensalão pelo STF.
O encontro entre Lula e Gilmar Mendes em que teria ocorrido a suposta pressão foi revelado na edição do último final de semana da revista "Veja". Mendes disse que conversou com Lula sobre mensalão durante o encontro. O ex-presidente afirmou que o sentimento que teve foi de "indignação" com a versão do encontro apresentada pela revista, classificada por ele de "inverídica".
A assessoria da PGR informou que, como Lula não possui mais foro privilegiado, o procurador-geral da República irá encaminhar o requerimento dos partidos de oposição para a primeira instância. Se Lula ainda fosse presidente, e, portanto, tivesse prerrogativa de foro, o procurador-geral teria a incumbência de analisar o caso.
De acordo com a assessoria da PGR, o dispositivo deverá ser enviado para o procurador-geral do Distrito Federal, Rogério Leite Chaves, na medida em que o suposto ilícito teria ocorrido em sua jurisdição.
Segundo a reportagem da revista "Veja", Lula teria oferecido “blindagem” a Mendes na CPI do Cachoeira em troca do adiamento do julgamento dos 38 réus do mensalão. O encontro - confirmado pelos três - ocorreu no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, em Brasília.
Ainda que Mendes tenha direito ao foro privilegiado por ser ministro da Suprema Corte, a prerrogativa não se aplicaria ao caso, explicou a PGR, em razão de o alvo da requisição ter sido Lula.
O documento endereçado a Gurgel por parlamentares de PSDB, DEM, PPS e PSOL tem como alvo somente o ex-presidente. Os partidos oposicionistas argumentam que Lula teria cometido tráfico de influência, corrupção ativa e coação.

Nota do autor do Blog Muita Paz!

Que o PSDB, DEM e PPS entrem com este tipo de ação até concordo, faz parte do caráter dos abutres.  São covardes, repugnantes e ultra conservadores. Mas... Meu Deus! O PSoL?  Um partido que se diz de esquerda socialista apoiar estes oportunistas? E o máximo da estupidez. Está brincando de fazer política. Deveria ao menos ficar neutro, mas não. Quer aparecer nas costas desta turma que causou tanto mal ao país. Demonstra com esta aliança,  que é farinhas de um mesmo saco. O pior, embarcaram em uma canoa furada ao escolher a Instância errada. Prova de suas incompetências jurídicas. Nem para isto servem. Uma pergunta para estes histriões: Será que Nelson Jobim vai negar na justiça tudo que falou aos jornais? Lula vai se defender, Nelson Jobim não poderá desmentí-lo para não ficar com a pecha de mentiroso. Não vai dar em nada, e se der será um golpe!

O pensamento monofásico de Serra

Autor: 
Na matéria do Estadão de hoje, a informação de que José Serra discordou do economista norte-americano Edward Glasser, autor do livro "O Triunfo das Cidades", que defende investimentos em transporte coletivo para melhorar o trânsito.
Argumento de Serra: "Mais linhas de ônibus vão engarrafar ainda mais o já caótico trânsito da cidade".
O que se confere é a absoluta incapacidade de Serra de pensar qualquer realidade complexa. Não coloque duas variáveis na sua frente, que ele se embaralha todo. Serra só consegue raciocinar de forma monofásica: um elemento por vez, isolado dos demais e sem contextualizar.
É evidente que transporte sobre trilhos é melhor do que linhas de ônibus. Mas é de uma obviedade esplendorosa que transporte por ônibus é melhor do que sobre carros, para descongestionar o trânsito. Outra obviedade assustadora é que, em qualquer be-a-bá de urbanismo, ambos os transportes, ônibus e metrô, são complementares.
NO entanto, sem cola, ele é incapaz de entender até a mais básica das equações sobre transporte público: + ônibus = - carro.
Serra conseguiu levar o maniqueísmo até para a área de transportes. Ou metrô ou ônibus. E tome Rodoanel.
Que ele não tenha vontade de estudar temas de política pública, vá lá. Mas que não tenha conhecimento básico sobre transportes públicos, tendo sido prefeito e governador, demonstra uma alienação assustadora.
Serra parece um urso que hibernou no fim dos anos 80 e acordo em pleno século 21 sem ter assimilado nenhum dos grandes temas de discussão do período.

O ódio a Lula

O Brasil já cultivou ressentimentos irracionais em relação a Getúlio, JK, Jango e, agora, ao metalúrgico que ainda é a principal força política do País

28 de Maio de 2012 às 22:53

Leonardo Attuch

Teve início, neste fim de semana, um movimento organizado de ataque ao ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Primeiro, a reportagem sobre a suposta chantagem exercida por ele contra Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, para adiar o julgamento do mensalão, já desmentida pelo anfitrião do encontro, Nelson Jobim. Depois disso, críticas espalhadas pela rede sobre o comportamento indecoroso de Lula diante das instituições e até ironias relacionadas ao uso de remédios para o tratamento contra o câncer na laringe. Por fim, vozes mais radicais cobrando até a prisão do ex-presidente.
Por que será que Lula, depois de oito anos de governo, tendo deixado o Palácio Planalto com recordes de aprovação, tanto junto ao povão quanto às elites, que se tornaram ainda mais ricas, desperta tanto ressentimento? A resposta é uma só: goste-se ou não dele, Lula ainda é a principal força política do Brasil. E é uma força viva, que pode voltar ao poder em 2014 ou em 2018.
Mas essa seria uma análise objetiva, dos que fazem cálculos frios nos jogos de poder. Ocorre que o ressentimento em relação a Lula, muitas vezes, é irracional. Como pode um retirante, metalúrgico, sem educação formal ter chegado tão longe? É isso que incomoda boa parte da classe média brasileira.
Sentimentos assim já houve no passado em relação a outros líderes políticos, como Getúlio Vargas, João Goulart ou mesmo Juscelino Kubitschek. Os paulistas odiavam Getúlio e nunca lhe deram um nome de avenida. Mas poucos fizeram tanto pela industrialização do estado, que começou a se libertar do atraso cafeeiro, como o líder trabalhista. Os militares também odiavam JK, mas, no poder, tentaram reproduzir sua visão de “Brasil Grande”. E os que vierem depois de Lula, de certa forma, serão escravos do seu modelo de inclusão social.
Por mais que o critiquem, Lula não será abatido por seus detratores. Até porque, até aqui, ele foi um democrata. E resistiu à tentação do terceiro mandato, quando teria totais condições de se perpetuar no poder.

Demóstenes e ‘Gilmar’ viajaram em jatinho de Cachoeira, constata a PF
28/5/2012 21:04,  Por Redação, com Najla Passos e Vinicius Mansur/Carta Maior - de Brasília
Add caption

Cachoeira teria facilitado a viagem de Demóstenes Torres e um tal de 'Gilmar', da Alemanha até o Brasil
Agrava-se o ambiente de suspeição quanto às ligações do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e seu ex-amigo Demóstenes Torres, senador de Goiás, ex-líder do DEM hoje no centro da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos da quadrilha de Carlos Augusto Ramos, o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Escutas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal (PF), com autorização da Justiça, durante a Operação Monte Carlo, reveladas nesta segunda-feira, questionam se o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, “pegou carona” em um jatinho fornecido por Cachoeira, no dia 25 de abril de 2011, quando teria retornado da Alemanha ao Brasil, na companhia do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
Uma ligação interceptada pela PF no dia 18/4/2011, às 18:08 horas, mostra Carlinhos Cachoeira informando ao ex-funcionário da Delta e ex-vereador pelo PSDB, Wladimir Garcez, também preso durante a Operação Monte Carlo, que Demóstenes estava em Berlim. Em nova ligação, no dia 23/4/2011, às 19:31 horas, Wladimir pede autorização à Cachoeira para buscar o “Professor” (um dos codinomes de Demóstenes, segundo a PF), em São Paulo, no jatinho de alguém chamado Ataíde. Diz que está ele e Gilmar. Na degravação, a PF questiona entre parênteses (“?Mendes?”).
Mais tarde, às 20:24 horas, Wladimir liga novamente para Cachoeira dizendo que não conseguiu falar com Ataíde e que mandaria o avião de Rossini. Cachoeira pegunta qual é o avião de Rossini e Wladimir responde: um jatinho King Air.
Cachoeira: ‘um pequeno, né?’
Wladimir: é… aí eu peguei falei com ele. Ele falou não, não preocupa que eu organizo. Porque tá vindo ele e o GILMAR, né? Porque não vai achar vôo, sabe?
Cachoeira se despede falando que ligaria para Demóstenes em Berlim.
Às 20:38 horas, Cachoeira liga novamente para Wladimir. Tratam de outros assuntos. Depois, voltam a discutir a “carona”. Wladimir diz que Demóstenes chegará às seis da manhã do dia 25/4 e que deixará tudo organizado para o piloto ir buscá-lo.
No dia 25/4, às 12:10 horas, Wladimir diz à Cachoeira que o senador já chegou.
Gilmar Mendes foi à Europa participar de um congresso internacional em homenagem ao jurista italiano Antônio D’Atena, promovido pelo Fundação Peter Häberle e pela Universidade de Granada, da Espanha. O congresso foi aberto no dia 13/4/2011, mas a participação de Mendes se deu na manhã do dia seguinte, com a palestra “A integração na América Latina, a partir do exemplo do Mercosul”.
Não há registro públicos do que Mendes teria feito no restante do tempo em que permaneceu fora do Brasil. À revista Veja, ele teria dito que se encontrou com Demóstenes em Berlim, na Alemanha. Ainda segundo a Veja, o ministro teria uma filha residente em Berlim e, por isso, frequentaria a cidade com regularidade.
Não há registros públicos de quais atividades Demóstenes teria ido desenvolver na Europa, mas levantamento feito por Carta Maior demonstra que ele não participou das votações realizadas no plenário do Senado entre 13 e 25/4/2011.
Em nota oficial, Lula manifesta indignação
A assessoria de imprensa do Instituto Lula divulgou nota oficial onde o ex-presidente manifesta indignação com o teor da matéria publicada pela revista Veja. A nota afirma:
“Sobre a reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:
“1. No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. ‘Meu sentimento é de indignação’, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.
“2. Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.
“3. “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.
“4. A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público”.