terça-feira, 21 de agosto de 2012

A boa índole


Três medidas provisórias estão com prazo de votação esgotado na Câmara, que faz um esforço concentrado esta semana. Setores da base governista e a oposição estão se articulando para derrotar o Palácio do Planalto, derrubando as sessões de hoje e amanhã. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, porém, aposta na boa índole dos parlamentares em ano eleitoral. Ou seja, que os deputados descontentes não darão um tiro no pé, inviabilizando medidas que beneficiam os eleitores. Seria o quanto pior, melhor.

A primeira MP da pauta autoriza a renegociação de dívidas de agricultores e cria uma linha de crédito para socorrer agricultores familiares, produtores rurais, empreendimentos industriais, comerciais e de serviços que tiveram as atividades afetadas por fenômenos naturais.

A segunda, a MP 569, abre crédito extraordinário de R$ 688,5 milhões para atender os municípios atingidos pela seca ou que sofreram com chuvas intensas. Finalmente, a MP 570 permite à União conceder apoio financeiro aos municípios e ao Distrito Federal para ampliar o acesso à educação infantil.

Os vetos

O que pode pôr lenha na fogueira da insatisfação dos parlamentares, porém, são os vetos da presidente Dilma Rousseff a 25 alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que derrubam, inclusive, propostas do PT. O anexo que estabelecia prioridades para 221 ações na alocação de recursos do próximo ano perdeu um terço das propostas, a maioria nas áreas de infraestrutura de transporte, rodovias e ferrovias.Na coluna do Azedo

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