terça-feira, 19 de junho de 2012

FMI arrecada US$ 456 bilhões para fundo anticrise

FMI arrecada US$ 456 bilhões para fundo anticrise Foto: EDGARD GARRIDO/Reuters

Do montante, Brasil contribui com US$ 10 bilhões; números foram divulgados nesta terça-feira pela diretora do fundo, Christine Lagarde, após primeira reunião do G20, no México

19 de Junho de 2012 às 10:00
247 – Após a primeira reunião da cúpula do G20, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, informou nesta terça-feira que as novas contribuições para o fundo anticrise já somam US$ 456 bilhões. Do montante, o Brasil irá contribuir com US$ 10 bilhões. Os líderes do grupo que reúne os principais países emergentes e avançados estão reunidos hoje e amanhã em Los Cabos, no México.
Segundo Lagarde, países grandes e pequenos se uniram para atender ao apelo do FMI contra a crise, e outros ainda poderão aderir. "Saúdo este compromisso com o multilateralismo que resulta em promessas de US$ 456 bilhões, o que quase duplica nossa capacidade de empréstimo", disse a diretora do fundo.
No total, 37 países membros do Fundo se uniram ao esforço coletivo. As contribuições incluem também US$ 43 bilhões da China e mais US$ 10 bilhões do México. Rússia e Índia prometeram US$ 10 bilhões e a África do Sul apenas US$ 2 bilhões. "Os recursos estarão disponíveis para prevenção e solução de crises e para cumprir com as necessidades potenciais de financiamento de todos os membros do FMI", afirmou Lagarde.
Nesta segunda-feira, em reunião preparatória para o encontro do G20, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia anunciado que os Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – iria fazer um aporte adicional de recursos ao FMI. Mantega declarou que os países do grupo concordaram em aumentar as contribuições para o fundo, porém sob uma série de condições.
Os países emergentes exigiram que os recursos adicionais só sejam usados para ajudar países em crise depois que o FMI tiver esgotado os fundos já disponíveis. Além disso, o aporte seria feito apenas se as reformas que ampliam o poder do Brics no FMI fossem concluídas. Anunciado em 2010, o acordo que altera as cotas dos países em desenvolvimento do fundo precisa ser ratificado pelos parlamentos de países europeus até outubro deste ano

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