Parada Gay (Linda Foto)
O aposentado Ricardo Aguieiras trouxe o seu recado em um cartaz, que carregou durante o evento
Foto: Adriano Lima/Terra
Foto: Adriano Lima/Terra
Entre
os milhares de participantes da 16ª Parada do Orgulho LGBT, realizada
na avenida Paulista, em São Paulo, cada um tinha consigo um sentimento
para estar no evento. Curtir o evento, celebrar a festa, exigir mais
respeito à comunidade, ou mesmo distrair um pouco a cabeça. Depois de
uma semana de chuva em São Paulo, este domingo foi marcado pela presença
do sol e os termômetros marcando acima dos 30º C.
Sozinho,
o aposentado Ricardo Aguieiras, 66 anos, trouxe o seu recado em um
cartaz, que carregou durante o evento. "Gays idosos também são muito
gostosos."
Pela
idade e por ser homossexual, ele se diz discriminado duplamente. "É uma
discriminação dupla. Até aqui na Parada, há muito o culto do corpo. E a
questão do homossexual idoso é um assunto complicado no Brasil. Há
asilos, por exemplo, que nem aceitam homossexuais", diz.
Para
ele, vivemos em uma sociedade que glorifica o jovem. "Aqui as pessoas
não acreditam que vão envelhecer, morrer. Vivemos em uma ditadura da
estética", afirma.
Sem
se preocupar muito com a causa dos homossexuais, o vendedor Renzo
Brito, 19 anos, esteve na avenida Paulista apenas por "curtição".
Segundo ele, quem vai à Parada é para se divertir. "A questão dos
protestos e tudo mais fica para depois", diz.
Graziele
Algate, 29 anos, também vendedora, disse estar na festa para celebrar
os direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. "É uma festa
para todos. Eles têm lutado muito pelos seus direitos e a própria Parada
é um resultado disso", afirma.
A
dentista Daniele Gomes, 26 anos, veio pela primeira vez à festa e disse
que se surpreendeu. "Isso aqui é muito mais família do que eu
imaginava. Adorei", resumiu.Portal Terra.
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