domingo, 10 de junho de 2012

Parada Gay  (Linda Foto) 

O aposentado Ricardo Aguieiras trouxe o seu recado em um cartaz, que carregou durante o evento. Foto: Adriano Lima/Terra


O aposentado Ricardo Aguieiras trouxe o seu recado em um cartaz, que carregou durante o evento
Foto: Adriano Lima/Terra



VAGNER MAGALHÃES
Direto de São Paulo
Entre os milhares de participantes da 16ª Parada do Orgulho LGBT, realizada na avenida Paulista, em São Paulo, cada um tinha consigo um sentimento para estar no evento. Curtir o evento, celebrar a festa, exigir mais respeito à comunidade, ou mesmo distrair um pouco a cabeça. Depois de uma semana de chuva em São Paulo, este domingo foi marcado pela presença do sol e os termômetros marcando acima dos 30º C.
Sozinho, o aposentado Ricardo Aguieiras, 66 anos, trouxe o seu recado em um cartaz, que carregou durante o evento. "Gays idosos também são muito gostosos."
Pela idade e por ser homossexual, ele se diz discriminado duplamente. "É uma discriminação dupla. Até aqui na Parada, há muito o culto do corpo. E a questão do homossexual idoso é um assunto complicado no Brasil. Há asilos, por exemplo, que nem aceitam homossexuais", diz.
Para ele, vivemos em uma sociedade que glorifica o jovem. "Aqui as pessoas não acreditam que vão envelhecer, morrer. Vivemos em uma ditadura da estética", afirma.

Sem se preocupar muito com a causa dos homossexuais, o vendedor Renzo Brito, 19 anos, esteve na avenida Paulista apenas por "curtição". Segundo ele, quem vai à Parada é para se divertir. "A questão dos protestos e tudo mais fica para depois", diz.
Graziele Algate, 29 anos, também vendedora, disse estar na festa para celebrar os direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. "É uma festa para todos. Eles têm lutado muito pelos seus direitos e a própria Parada é um resultado disso", afirma.
A dentista Daniele Gomes, 26 anos, veio pela primeira vez à festa e disse que se surpreendeu. "Isso aqui é muito mais família do que eu imaginava. Adorei", resumiu.
Portal Terra.

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