MP: há provas ‘contundentes’ do mensalão mineiro
Brasil 247
Foto: Folhapress
Testemunhas são ouvidas no Fórum de Belo
Horizonte e promotor anexa documentos que mostram movimentação
financeira entre estatais, as agências SMP&B e DNA e a campanha de
Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo mineiro
Minas 247 - O ano era 1998 e o
hoje deputado federal Eduardo Azeredo, do PSDB, tentava se reeleger
governador de Minas Gerais. Perdeu para o ex-presidente Itamar Franco.
Mas os fantasmas daquela eleição até hoje assombram Azeredo. Teria sido o
precursor do chamado mensalão, o uso de recursos de empresas públicas
para pagamento de campanhas, com uso de agências de publicidade
mineiras. Um recurso que depois seria usado, em escala nacional, também
pelo PT.
O Ministério Público mineiro defendeu nesta quinta-feira
que existem “provas contundentes” da existência do mensalão mineiro. O
processo corre na 9ª Vara Criminal do Fórum de Belo Horizonte e teve
documentos anexados pelo promotor de Defesa do Patrimônio Público, João
Medeiros, que comprovariam a movimentação financeira entre estatais
mineiras, as agências de publicidade SMP&B e DNA e a campanha de
Azeredo. “Temos perícias que demonstram a saída de recursos das empresas
do estado para a campanha, via SMP&B e DNA”, diz Medeiros, ouvido
pela repórter Amália Goulart, do jornal Hoje em Dia.
Esse dinheiro teria saído principalmente da Copasa,
estatal de saneamento mineira, repassados às empresas de Marcos
Valério, um dos donos das agências de publicidade e finalmente chegado à
campanha tucana em Minas.
Entre os réus está o próprio Marcos Valério, o então
tesoureiro da campanha, Cláudio Mourão, e o ex-ministro Walfrido dos
Mares Guia, atual presidente do PSB em Minas Gerais, que seria o
coordenador da campanha de Azeredo - Walfrido nega. A defesa do
ex-ministro alega que ele não participou da campanha. A de Valério, que o
empresário não recebeu dinheiro público.
Azeredo, como é parlamentar, não é citado como réu no
processo. O foro privilegiado dá a ele direito de ser julgado apenas
pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Nota do Blog Muita Paz!
Mas... Só agora? Que lerdeza!Quando Azeredo cometeu estas falcatruas não tinha foro privilegiado.
Ah! Então tá. O indivíduo comete um crime antes de ser eleito. Passado algum tempo é eleito, aí ganha foro privilegiado por um crime que cometeu quando não tinha este "privilégio". Por muito menos Zé Dirceu foi cassado sem provas e não estava como parlamentar, era um ministro. Até quando a gente vai ter que aturar estes "privilégios"? E porque o PSDB sempre arranja um jeito de ficar impune?
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