terça-feira, 12 de junho de 2012

Engavetador de Minas blinda o tucano Aécio Neves

A Procurador-Geral de Justiça (PGJ) de Minas Gerais, Alceu Tadeu Marques (indicado para o cargo pela primeira vez por Aécio Neves em 2008, mesmo sendo o segundo mais votado), decidiu tirar das mãos de um promotor e puxar para si uma investigação sobre o senador Aécio Neves (PSDB-SP). Aécio não é mais governador para ter esse privilégio.

A manobra causou revolta no promotor do Patrimônio Público João Medeiros, que já havia iniciado suas investigações, e quer trazer o caso de volta para si.

A investigação é sobre os repasses de dinheiro dos cofres públicos mineiros para a rádio Arco-Iris do senador tucano e de seus familiares. A rádio, inclusive, ostenta uma frota de carros importados de luxo, usados pelo senador nas noitadas no Rio de Janeiro. Aécio dirigia um deles quando foi parado em uma blitz e recusou a fazer o teste do bafômetro para não se incriminar.

Quem representou à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público foram os deputados Rogério Correa (PT) e Sávio Souza Cruz (PMDB), que fazem oposição aos demotucanos mineiros.

Os deputados fizeram a representação na promotoria em protesto contra o engavetamento de outro pedido d investigação no ano passado pelo Procurador-Geral de Justiça, Alceu Tadeu Marques (indicado para o cargo pela primeira vez por Aécio). Este engavetamento gerou denúncio no Conselho Nacional do Ministério Público.

A PGJ argumentou que os fatos denunciados teriam tido continuidade no atual governo e, por isso, deveriam estar sob a guarda do procurador-geral. O promotor João Medeiros discorda, considerando uma ginástica argumentativa absurda para justificar este ato de força.

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