quarta-feira, 18 de abril de 2012

Para Dirceu, “certa mídia” tenta tirar foco de CPMI de Cachoeira

17/4/2012 13:33,  Por Rede Brasil Atual
Para Dirceu, “certa mídia” tenta tirar foco de CPMI de Cachoeira


Por: Redação da Rede Brasil Atual

Publicado em 17/04/2012, 12:59
Última atualização às 13:01
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São Paulo – O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou hoje (17) que há uma “mesma tentativa” de “desviar o foco das investigações das relações entre o crime organizado, comandado pelo grupo do contraventor Carlos Cachoeira, e governos, instituições de Estado como polícias e Ministério Público, e políticos, entre os quais se destaca o senador Demóstenes Torres”.
Para o petista, trata-se de uma operação de “certa mídia”, comandada pela revista Veja, para jogar sobre o PT o ônus de valer-se das denúncias contra Cachoeira como estratégia diversionista. O texto foi publicado na página pessoal de Dirceu após a divulgação de notícia sobre um contrato de consultoria com a construtora Delta. A reportagem foi trazida pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, um ano após a versão inicial, divulgada por Veja.
“Sintomaticamente, ao tratar do caso deflagrado pela operação Monte Carlo da Polícia Federal, que expôs as entranhas da ligação do crime organizado com políticos da oposição, quase esconde o principal personagem da história, o senador Demóstenes Torres”, afirma o ex-ministro.
Demóstenes foi flagrado em escutas divulgadas pela Polícia Federal colocando o mandato a serviço do lobby pela regulamentação dos jogos de azar, principal atividade do grupo de Cachoeira. Além disso, em quase 300 ligações telefônicas, eles demonstravam intimidade e acertavam a entrega de presentes do contraventor para o parlamentar.
Para Dirceu, desde o começo existe uma tentativa de vinculá-lo ao escândalo, o que seria demonstrado pela nova difusão de um vídeo envolvendo Cachoeira e Waldomiro Diniz, então funcionário da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), mais tarde assessor da Casa Civil.
“Sintomaticamente esse noticiário não fazia referência à gravação que Cachoeira fez com o procurador da República José Roberto Santoro, pela qual fica exposto o objetivo de toda a armação: a de me tirar do governo Lula”, critica o ex-ministro. “Mas as provas do inquérito fizeram Demóstenes Torres, o governo de Goiás e a ocupação do Estado pelo crime organizado virem à tona. Mais grave: jogaram luz sobre as relações de certa mídia – particularmente da revista Veja – com o crime organizado para forjar matérias políticas de interesse deste e de outros veículos de comunicação.”

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