sexta-feira, 20 de julho de 2012

FMI: economia acelera a partir de agosto no Brasil

FMI: economia acelera a partir de agosto no Brasil

FMI: economia acelera a partir de agosto no Brasil Foto: Edição/247

Fundo Monetário Internacional avalia que, combinada aos efeitos da política de corte de juros, demanda interna por produtos e serviços vai impulsionar o crescimento do País; proximidade da Copa do Mundo também deve contribuir, elevando o crescimento para 4,6% em 2013

20 de Julho de 2012 às 15:23
Agência Brasil - A economia brasileira deve acelerar neste semestre, impulsionada pela demanda interna por produtos e serviços. A avaliação é do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgada em relatório hoje (20).
A expectativa é que a economia brasileira cresça 4% no último trimestre deste ano, em parte pela base de comparação fraca dos últimos três meses do ano passado e também pelos efeitos da política de corte de juros na economia.
No último dia 16, o FMI já havia informado que espera que a economia brasileira cresça 2,5% este ano. Para 2013, o FMI projeta crescimento de 4,6%, ligeiramente acima do potencial – em parte por causa da atividade econômica gerada pelos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Para o ano da Copa, o crescimento previsto pelo fundo é 4%.
O Fundo Monetário Internacional alerta que o principal risco no médio prazo seriam o aumento da inflação ligeiramente acima do centro da meta no ano que vem – as projeções indicam percentual de 5% no próximo ano.
Com base em tal avaliação, o relatório da instituição prevê que o governo brasileiro comece a retirar os estímulos à economia possivelmente já no fim deste ano ou ao longo do próximo.
Em nota para comentar a avaliação do FMI, o Banco Central (BC) enfatizou que o "relatório também aponta que as políticas adotadas desde agosto de 2011 promoverão uma recuperação gradual da atividade econômica brasileira".
"O texto destaca que o ritmo de crescimento da economia brasileira vai se acelerar no segundo semestre de 2012, devendo crescer em torno de 4% a 4,5% ao ano em 2013-2014. Avalia ainda que a desaceleração observada no final de 2011 foi fruto, em grande parte, da deterioração mais forte do que a antecipada do quadro externo, que afetou a confiança dos empresários", diz o BC.
Para o Banco Central, o FMI também considerou que as políticas monetária e fiscal implementadas pelo Brasil em 2011 e 2012 foram positivas e adequadas para enfrentar a crise econômica externa.
"O relatório aponta ainda que a inflação está convergindo para o centro da meta e se manterá em torno dela em 2013. Sobre o sistema financeiro, a avaliação é que ele está robusto, bem regulado e tem supervisão e provisões adequadas", acrescenta a nota.
O Banco Central explica que um dos papéis do FMI é "o acompanhamento da política econômica de seus membros", como o Brasil. Para elaborar o documento, o Brasil recebeu uma missão de economistas do fundo, que realizam visitas aos órgãos governamentais da área econômica e a algumas entidades do setor privado. A missão do FMI de "consulta do Artigo IV" ocorreu no Brasil de 7 a 22 de maio deste ano.

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