segunda-feira, 23 de julho de 2012

O mistério dos R$ 6 milhões que irrigaram a faculdade de Demóstenes

O mistério dos R$ 6 milhões que irrigaram a faculdade de Demóstenes Foto: Edição/247

Empresário Marcelo Limírio, sócio de Carlinhos Cachoeira no ramo farmacêutico, depositou a quantia na conta do suplente Ataídes de Oliveira, mas o dinheiro serviu para irrigar um empreendimento educacional do ex-senador Demóstenes Torres

23 de Julho de 2012 às 08:19
Goiás 247 – A CPMI do Cachoeira está na cola de uma intrigante movimentação financeira que pode evidenciar os diques que irrigavam a Nova Faculdade, em Contagem (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A instituição tem o senador cassado e agora procurador de Justiça Demóstenes Torres (ex-DEM) como um dos proprietários.
O empresário Marcelo Limírio, sócio de Carlinhos Cachoeira, depositou R$ 6 milhões na conta de Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), suplente do senador tucano João Ribeiro (PR-TO), revela o jornalista Lauro Jardim na coluna Panorama Radar, da revista Veja. Ainda de acordo com a informação, logo depois, a mesma quantia foi parar na conta da Nova Faculdade.
A instituição foi instalada oficialmente em dezembro de 2011 em ampla sede própria de 8.500 metros quadrados. Demóstenes Torres declarou à Justiça Eleitoral em 2010 que tinha integralizadas no investimento 200 quotas em 25 parcelas de R$ 8 mil, o que equivaleria a R$ 200 mil. O sócio majoritário no empreendimento seria o  empresário Marcelo Limirio, de Anápolis, que já foi dono do Laboratório NeoQuímica.
A questão central é que os R$ 200 mil que Demóstenes teria disponibilizado, divididos em 25 parcelas, é montante considerado subestimado por especialistas em educação. Os caminhos percorridos pelos R$ 6 milhões investigados pela CPMI do Cachoeira seriam o indicador de como a coisa era feita.
Empresário bilionário, o empresário Marcelo Limírio atua no ramo farmacêutico e é também sócio do Burger King. Recentemente, comprou o Hotel Nacional, em 2009. A ele também teria ficado o ônus de arcar com o pagamento da primeira parcela dos honorários de R$ 15 milhões cobrados pelo advogado e ex-ministro Marcio Thomaz Bastos pela defesa do contraventor.
Já Ataídes de Oliveira cultiva o sonho de herdar o cargo de senador e para isso torce para o êxito da pré-candidatura de João Ribeiro ao governo de Tocantins em 2014. Ele gostou da experiência quando assumiu o posto em 3 de maio mas teve que sair em 31 de agosto.
Brasil 247.com

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