quarta-feira, 18 de julho de 2012

A situação é ruim, mas nem tanto

É o que dizem os insuspeitos Fernando Henrique, Mendonça de Barros e Delfim Netto

16 de Julho de 2012 às 22:14

Hélio Doyle

A imprensa de oposição e seus comentaristas de sempre fazem as análises mais pessimistas e derrotistas sobre o desempenho da economia brasileira. Usam a situação internacional, altamente negativa, e a queda do produto interno bruto (PIB), que gostam de chamar jocosamente de “pibinho”, para prognosticar o pior dos mundos para o Brasil. Na verdade, é o que desejam: que a queda na economia reverta as altíssimas taxas de popularidade da presidente Dilma Rousseff e inviabilize sua reeleição ou a nova eleição de Lula em 2014.
            A situação está realmente complicada para a economia mundial e se reflete na economia brasileira, mas não com os tons pintados pelos oposicionistas. É claro que medidas para evitar o agravamento e a repercussão da crise têm de ser tomadas, e algumas já executadas precisam ser revistas, por estarem se mostrando ineficazes. Mas declarações de personalidades que estão longe de ser petistas, e que são críticas ao governo, publicadas neste fim de semana por revistas semanais mostram que a situação não é tão ruim assim.
            Fernando Henrique Cardoso, em Veja:
            “Mas a situação não é tão negativa quanto está sendo pintada (...) Não acredito (no risco de o Brasil perder o rumo) (...) E PIB não é tudo. Nos anos 70, nosso PIB cresceu muito, mas as pessoas não foram beneficiadas. Havia concentração de renda.” 
            Luiz Carlos Mendonça de Barros, em IstoÉ Dinheiro:
            “Nós, brasileiros, deveríamos estar muito satisfeitos. Se tomarmos o Plano Real como base, temos 18 anos de crescimento continuado (...) Do ponto de vista político, chegamos a um país mais justo, e mais equilibrado do ponto de vista econômico. (...) Vai cumprir (a agenda mínima de crescimento). A Europa não vai implodir e a China voltará a crescer. E quando chegar ao fim do ano, a renda do brasileiro continuará crescendo. (...) Acho que 2013 e 2014 serão de crescimento acima da média.”
Delfim Netto, em Carta Capital:
“O nível de pessimismo que se reflete na mídia não tem justificativa, na realidade, em relação ao Brasil. (...) No Brasil não haverá declínio. Pelo contrário, a economia vai continuar a crescer! (...) segundo a OCDE, é sinal de que o crescimento do país vai se acelerar”.
Sem sectarismos, as análises ficam mais inteligentes.

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