quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Brasil qualifica assistência à mulher e reduz mortalidade feminina em 12%

O estudo Saúde Brasil revelou ainda o novo perfil da população feminina. Em 2010, a expectativa de vida das mulheres era de 77 anos e a dos homens, de 69 anos. A pesquisa mostra ainda a queda da taxa de fecundidade no País. De 2000 a 2010, caiu de 2,38 para 1,9 filhos por mulher, inferior ao chamado "nível de reposição" que é de 2,1 filhos por mulher.


O Brasil reduziu em 12% a mortalidade feminina nos últimos dez anos. No período de 2000 a 2010, houve redução da taxa de mortalidade de 4,24 para 3,72 óbitos por 100 mil mulheres. Os números fazem parte do estudo Saúde Brasil (edição 2011), publicado pelo Ministério da Saúde.
“Essa redução mostra que o País tem qualificado assistência à mulher, mas também demonstra que está priorizando as causas dos óbitos das mulheres, como o câncer de mama”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Na avaliação da coordenadora da bancada feminina da Câmara, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), as políticas públicas implementadas pelo governo da presidenta Dilma, entre elas, a Rede Cegonha — que garante assistência segura e humanizada à mãe e ao bebê pelo Sistema Único de Saúde (SUS) — e o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama têm contribuído para a redução da taxa de mortalidade feminina.
“É visível a preocupação do nosso governo com a saúde da mulher. Conseguimos, por exemplo, mudar a sua consciência em relação ao pré-parto e à maternidade com a Rede Cegonha, lançada pela presidenta Dilma, em março deste ano”, afirmou Janete Pietá.
Participação
A deputada destacou também a busca da mulher “pela saúde perfeita” e a importância do Outubro Rosa, movimento popular que comemora a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, das empresas e entidades em todo o mundo.
De acordo com o estudo Saúde Brasil, as taxas de mortalidade feminina caíram em todas as regiões do País. A maior redução foi verificada na região Sul, com queda de 14,6%, seguida pela região Sudeste, 14,3%; Centro-Oeste, 9,6%; Nordeste, 9,1% e Norte, 6,8%. Entre as principais causas de mortalidade feminina estão às doenças do aparelho circulatório, como Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o infarto, primeiro colocado no ranking, com 34,2%.
As doenças cerebrovasculares, como o AVC, e as isquêmicas do coração, como o infarto, apresentaram redução no período de 2000 a 2010. As cerebrovasculares caíram de 43,87% para 34,99%. As isquêmicas, de 34,8%% para 30,04%.
“A melhoria na assistência à saúde, o aumento da expectativa de vida aliado à ampliação do acesso à informação, assim como a redução do tabagismo contribuíram para termos um impacto positivo nas mortes de jovens,” disse Deborah Malta, diretora de Análise de Situação em Saúde, do Ministério da Saúde. Segundo ela, essas doenças têm como fatores de risco a falta de exercícios físicos e uma dieta rica em gordura saturada, que aumenta os níveis de colesterol e a hipertensão.
O Ministério da Saúde informou ainda que está “investindo” na qualificação da assistência às vitimas de infarto e AVC, com a inclusão de medicamentos e a ampliação de serviços. O combate ao câncer de mama e a expansão de radioterapia no País estão entre as ações do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, lançando no ano passado, pela presidenta Dilma Rousseff.
Fecundidade
O estudo Saúde Brasil revelou ainda o novo perfil da população feminina. Em 2010, a expectativa de vida das mulheres era de 77 anos e a dos homens, de 69 anos. A pesquisa mostra ainda a queda da taxa de fecundidade no País. De 2000 a 2010, caiu de 2,38 para 1,9 filhos por mulher, inferior ao chamado “nível de reposição” que é de 2,1 filhos por mulher.
(Ivana Figueiredo, PT Câmara)

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