Desde a última semana, o
coordenador-geral da campanha de José Serra (PSDB) em São Paulo, Edson
Aparecido, estuda deixar o posto.
Secretário licenciado de
Desenvolvimento Metropolitano, Aparecido é considerado o homem do
governador Geraldo Alckmin na eleição paulistana, e sua saída
explicitaria a insatisfação dos alckmistas com a estratégia eleitoral
adotada por Serra.
Serra exigiu que o PSDB fizesse
uma série de concessões ao PSD do prefeito Gilberto Kassab. Aparecido
costurou a maioria dessas concessões, que desagradavam muito seus
aliados.
Ele articulou a operação que
adiou as prévias do PSDB para o dia 25 de março, o que permitiu a
entrada do ex-governador na disputa.
Aparecido também conseguiu, por
exigência de Serra, que o PSDB desistisse do processo que movia na
Justiça Eleitoral contra os vereadores que deixaram o partido para
fortalecer o PSD.
Outra exigência do candidato
acatada por Aparecido foi a costura de um "chapão" de vereadores com os
demais partidos da aliança. O grupo de Alckmin não aceitava a
participação do PSD na chapa proporcional.
Após ceder em todos esses
pedidos, a insatisfação dos alckmistas atingiu seu ponto máximo com a
escolha do vice de Serra na chapa: o secretário municipal de Educação,
Alexandre Schneider, indicado pelo prefeito Kassab.
A partir daí, a influência do
prefeito na campanha tucana passou a ser considerada excessiva e
reavivou a rivalidade entre serristas e alckmistas dentro do partido.
Outro fator que contribuiu para o
esgaçamento das relações de Aparecido com os serristas foi o poder do
marqueteiro Luiz Gonzalez na condução da campanha.
Houve discussão sobre como
deveria ser o ato que marcou o início oficial da campanha. Aparecido
defendia a realização de uma agenda externa partindo da praça da Sé,
tradicional ponto de partida das campanhas tucanas.
Gonzalez defendia um evento
fechado, com candidatos a vereador, militantes e a cúpula da campanha,
para produzir material para a TV. Gonzalez venceu. Após o último atrito,
Aparecido viajou para Cingapura para participar de um evento sobre
cidades e só retornou neste último fim de semana. Ele vai se reunir com
Alckmin antes de dar uma resposta a Serra. Na Folha
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