sábado, 16 de junho de 2012

Assim, os tucanos estão só ganhando tempo na CPI à espera de anular provas

Não há sequer bom-senso na pressa tucana para convocar depoimentos de empresários e tecnocratas na CPI do Cachoeira, porque é sabido que seriam inócuos hoje. Assim como outros depoentes, ninguém vai falar para se incriminar, e quem não tem carreira política sequer vai falar, pois não tem que se preocupar em dar satisfações a eleitores.
É o caso do dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish. Antes de convocá-lo, os membros da CPMI precisariam se dedicar à análise das provas materiais disponíveis na operação Monte Carlo da Polícia Federal e nos sigilos bancários já quebrados. E nisso sim a pressa é recomendável, pois a defesa de Carlinhos Cachoeira luta para anular na Justiça toda a operação Monte Carlo da Polícia Federal. Um desembargador já votou pela anulação. Faltam dois votos.
Se conseguirem essa absurda anulação, Cavendish, Cachoeira, Delta, Veja, Perillo, Demóstenes, Leréia, e tantos outros se livram de ter que prestar explicações ou contas à Justiça. E talvez a CPI tenha que devolver todo o material que está numa sala-cofre do Congresso, sem mais poder usar as aquelas preciosas informações.
Aí sim a CPI corre o risco de acabar em pizza. Por isso, parece até manobra dos tucanos essa tática de ficar insistindo em infrutíferas sessões de oitivas, onde os parlamentares discursam mais do que perguntam ao depoente, e de onde não se extrai quase nada de útil. Talvez seja para ganhar tempo, enquanto os envolvidos articulam a anulação das provas.

 

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