sábado, 14 de julho de 2012

MP inclui Kassab em investigação contra Aref

MP inclui Kassab em investigação contra Aref Foto: Folhapress_Divulgação

Nome do prefeito agora faz parte da lista de suspeitos investigados por esquema de suborno para liberação de imóveis em São Paulo; alvo principal é o ex-diretor do Departamento de Aprovação de Edificações, Hussain Aref Saab, que teria cobrado R$ 4 milhões do shopping Pátio Higienópolis; para a Prefeitura, não há indícios que justifiquem investigação contra Kassab

14 de Julho de 2012 às 16:26
247 – O Ministério Público de São Paulo decidiu incluir o nome do prefeito Gilberto Kassab na lista de investigados por corrupção no caso que envolve o ex-diretor afastado do Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov) Hussain Aref Saab. Segundo investigações, Aref teria recebido propinas para fazer liberações em diversos imóveis da capital, entre eles o Shopping Pátio Higienópolis, que teria pago R$ 4 milhões ao ex-diretor – o shopping e Aref negam. Segundo a denúncia de uma ex-diretora da BGE (Brookfield Gestão de Empreendimentos), Daniela Gonzales, o grupo teria pago R$ 1,6 milhão em propina para Aref e para o vereador Aurélio Miguel (PR).
Um dos depoimentos feitos ao Ministério Público cita o nome de Kassab, conforme mostra reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, que obteve o relato de uma ex-funcionária da BGE – o jornal não cita se ela é Daniela Gonzales. A ex-depoente revela ter ouvido de Antonio Carlos Chapela, acusado de ser o homem que entregava as propinas, que parte do dinheiro deveria ir para o prefeito de São Paulo. Por enquanto, não há documentos que comprovem a participação direta de Kassab no esquema.
Segundo a assessoria de imprensa de Kassab, não há qualquer indício que justifique a investigação direta contra o prefeito. Para a Prefeitura, trata-se de "uma irresponsabilidade criminal e mais hipotética alusão ao seu nome". A assessoria lembra também que foi o próprio prefeito o autor das denúncias sobre o esquema de corrupção, feita com base em denúncias anônimas. O MP já ouviu sete testemunhas sobre o caso e acumulou documentos, notas fiscais e outras provas. Nesta sexta-feira 13, o órgão transferiu o processo para o setor que cuida especificamente de crimes de prefeitos.

Nenhum comentário: