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Alunos da Unifesp comemoram saída da prisão
Os 22 estudantes presos pela Polícia Federal após manifestação no campus de Guarulhos da Universidade deixaram a carceragem, na zona oeste de SP, de mãos dadas e abraçaram seus familiares
Os estudantes foram presos após a Polícia Militar conter uma manifestação que acontecia no campus de Guarulhos. Houve confronto e a polícia usou balas de borracha de bombas de gás contra os universitários. Segundo o advogado Pedro Yokoi, que defende os estudantes, eles foram detidos, com variações entre cada caso, sob as acusações de formação de quadrilha, constrangimento ilegal e dano ao patrimônio público.
Por meio de nota, a PM justificou que foi acionada "a fim de garantir a segurança de professores, que foram encurralados no prédio da faculdade por alunos que se manifestavam contra supostos problemas de infraestrutura da instituição". Também por meio de nota, a Reitoria da Unifesp acusou os alunos de cometerem excessos, com depredações e gritos de ocupação. O movimento estudantil atribuiu os estragos na universidade à ação policial.
Em nota, a Unifesp disse que o chamado foi necessário porque um grupo de alunos se concentrou em frente à Diretoria Acadêmica e começou a insultar o diretor. De acordo com a nota, em seguida, o grupo entrou no prédio e quebrou vidros, móveis e computadores, "intimidando e acuando" não apenas o diretor acadêmico, mas também professores que estavam no local, ameaçando, inclusive, ocupar o prédio.
No entanto, com base em vídeos e declarações dos estudantes, o advogado dos alunos, Tiago Colombo Bertoncello, concluiu que houve "truculência" na forma de repressão à manifestação. "E era uma manifestação pacífica, que tinha o objetivo de reivindicar melhorias na qualidade da estrutura das salas de aula e das instalações de apoio ao ensino na universidade", disse o advogado. Segundo o advogado, o que acirrou os ânimos foi a prisão de uma das manifestantes, a estudante Laisy Natali Cruxen. "Lembrou a SS de Hitler", disse Bertoncello, comparando a ação policial aos métodos da tropa do ditador alemão Adolf Hitler.
Durante todo o dia de ontem um grupo de estudantes esteve na porta da superintendência para protestar contra as prisões. O advogado disse ainda que os alunos só não foram transferidos para um centro de detenção provisória (CDP) devido ao sucesso nas negociações com a diretoria da PF. "Ficar em um CDP é uma situação constrangedora para pessoas que não são criminosas", disse.
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