Merval Pereira /José Serra.
Quem defenderá Lewandowiski?
Eu não sou jornalista e, tão pouco tenho curso superior. O
que mais faço é copiar artigos de comentaristas e jornalistas ilustres em que
confio e nutro a maior admiração. Amo-os. Falam por mim. Traduzem tudo que vai
neste meu coração autodidata. Às vezes escrevo e, muito mal. Mas, escrevo mesmo
assim, quando sinto o coração dilacerado por ser impotente contra este sistema
cruel.
Detesto injustiça, pois já senti no coração o seu peso angustiante.
Tenho, que nem Deus pode exigir que alguém possa esquecer a mágoa causada por
uma injustiça. A gente pode até se
conformar, porém, esquecer, jamais.
É um sentimento pior do que a saudade. Ele
fica lá dentro do nosso peito latejando como se fosse câimbra no coração. A sede de justiça é pior do que a sede de
água. A sede de água a qualquer momento pode ser saciada, a sede de justiça não,
não tem nada que cure ou satisfaça. Só
arrefece quando a injustiça é reparada. Mas, ficam as cicatrizes. São marcas
indeléveis na nossa memória. Assim dou
graças a Deus por poder escrever. Pelo menos é um desabafo. Quantos da nossa
população podem ter este direito ou, ao menos ter o discernimento do que
acontece na nossa política? São poucos, a maioria é manipulada.
Estes não sentem nada a não ser quando a injustiça machuca
seus calos. Aí a grita.
Mas, vamos ao que me trouxe aqui:
Hoje passando em frente a
uma banca de jornal, me deparei com a seguinte manchete de capa:
“Colunistas.
Merval Pereira. “O revisor lewandowski tenta desacreditar o STF, mas colegas
defendem a Corte.”
Vejam senhores, a irresponsabilidade deste colunista. Quer
dizer que, ao defender sua posição, o seu voto e sua convicção o ministro Lewandowiski
estava desacreditando a Corte? Chega a ser imoral a promiscuidade desta
frase. E chamam a isso de liberdade de
expressão. Isto na minha frágil, mas inteligente concepção é uma tentativa de
cooptar o judiciário. Tentar influenciar o voto dos outros juízes que ainda
faltam dar seus votos neste julgamento fragmentado feito colcha de
retalhos.
Merval articula como se
dissesse: É melhor votar contra o voto do ministro revisor Lewandowiski, porque
do contrário, eu daqui da minha coluna vou execrar quem votar no mesmo sentido.
Muita covardia deste indivíduo. Aproveitar-se do espaço de
um jornal de grande circulação para influenciar seus leitores e os ministros do
Supremo Tribunal Federal.
Nada mais me surpreende do que vem deste colunista imoral, torpe
e medíocre. Nada me surpreende do que vem deste jornalismo golpista. O ódio que
têm do PT e dos seus militantes já é conhecido pela oposição covarde que fazem
ao partido que ajudou a trazer a democracia de volta ao país.
Os da laia do Merval estavam tão confortáveis na época da
ditadura. Não tinham que fazer qualquer oposição ao governo. Ou melhor,
cresceram mamando naquelas tetas... Eram cúmplices...
Agora, quem tem o dever sagrado de responder ao colunista
global Merval Pereira não é o ministro Lewandowiski e sim, seus colegas. Eu acho que o ministro Lewandowiski deveria
exigir direito de resposta. Mas, quem tem que ser solidário ao colega são seus
próprios colegas.
Ou será que, assim como não enxergaram, a verdade dos fatos
baseada nos autos do processo, como o ministro Lewandowiski com total clareza
enxergou, (nos casos do ex-presidente do PT e do ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu inocentando-os) que enxerguem ao menos quais as verdadeiras intenções
deste colunista mal intencionado e golpista. O receio de Merval é ser
contrariado em tudo o que manipulou nestes últimos anos a respeito do suposto “mensalão”.
Hoje, é o ministro Lewandowiski, amanhã poderá ser qualquer
ministro que ousar trombar com a posição ditatorial e truculenta daquele jornal
fascista e de seu colunista golpista Merval Pereira.
Que o presidente do STF e seus pares, para
garantir a independência da maior Corte judiciária do país possa dar a resposta
que este jornalista merece sob pena, aí sim, de ficar completamente desacreditado.
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