Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
(Veio para o que era Seu, e os seus não o receberam.
João, capítulo 1, versículo 11)
Jesus
Cristo não foi crucificado somente pelos soldados romanos a mando de Pôncio
Pilatos, governador da Judeia ocupada. De acordo com o Novo Testamento, Pilatos “lavou” as mãos no julgamento de Jesus cujo
escolhido para ficar livre foi o prisioneiro e rebelde político Barrabás, com a
cumplicidade dos sacerdotes do Templo, que queriam a morte do Filho de Deus, e,
consequentemente, livrarem-se Daquele que os incomodava.
Jesus questionava a
riqueza, o luxo, o poder político e religioso em que se locupletavam tais religiosos,
que pouco se importavam com as más condições de vida da população, e, tal qual procedem
até os dias de hoje a maioria das elites econômicas de países invadidos, cooperavam
com a ocupação territorial de forças armadas estrangeiras, bem como
frequentavam os salões do testa de ferro enviado pelo césar romano para
governar, explorar as riquezas e cobrar impostos de um povo há tempos oprimido.
O Cristo não foi
crucificado pela vontade dos fariseus do Templo e pelos políticos de Roma. Ele foi
à cruz para dar continuidade aos seus desígnios há milênios estabelecidos pelas
profecias. O Deus Vivo foi à cruz para nos salvar dos nossos pecados, e,
consequentemente, nos redimir perante o amor de Deus, que enviou seu único Filho
para que a humanidade pudesse ser salva e consciente de que a opção pelo mal
contraria, indelevelmente, o desejo e a vontade de Jesus para que vivamos em
paz e respeitemos o próximo — os nossos semelhantes.
Cito
Mateus, capítulo 2, versículo 3: Naqueles dias, apareceu João Batista pregando
no deserto da Judeia, e dizia: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos
céus. Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que
clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
(...) Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; (...) Já está posto o
machado à raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom frutos é
cortada e lançada ao fogo”.
Por
intermédio das palavras de João Batista trazemos a consciência à tona e discernimos
sobre o que pensamos e no que fazemos ou deixamos de fazer, bem como o que
faremos nos anos vindouros de nossas vidas quando, estupidamente, nos tornarmos
pessoas egoístas, faladeiras, intolerantes, gananciosas, ambiciosas,
materialistas e vaidosas, apesar de frequentarmos os cultos, lermos a Bíblia,
ouvirmos a pregação do sacerdote e, principalmente, compreendermos que o
indivíduo que tem acesso à Palavra de Deus deveria, sem sombra de dúvida, não
fraquejar, de forma tão corriqueira e sistemática, no que diz respeito a errar
tanto depois de orar, de rezar e até mesmo pregar.
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