quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

SUPREMA COVARDIA - ROBERTO GURGEL MANOBRA PARA OBTER PRISÃO DOS RÉUS DO MENSALÃO

TRISTE VER QUE O OBJETIVO DE DEIXAR MONOCRATICAMENTE NAS MÃOS DE JOAQUIM BARBOSA UMA  DECISÃO QUE ESTAVA PRESTES A SER VOTADA E REJEITADA NO PLENÁRIO DO STF, NÃO É O DE FAZER JUSTIÇA, E SIM EXECUTAR UM ATO DE VINGANÇA EM CARÁTER DE AFRONTOSA EXCEÇÃO.

Se o Ministro Joaquim Barbosa decidir, aceitando ou não o pedido de prisão do Procurador Geral da República, ele estará desprestigiando os demais Ministros e desvalorizando o sentido de COLEGIADO que caracteriza o STF. Não havendo URGÊNCIA e nem motivos para que os RÉUS sejam presos antes de considerados seus RECURSOS e obedecidos todos os trâmites em casos desta natureza, o natural e correto é deixar para que a decisão seja tomada em voto de todos no reinício das atividades do Tribunal em 2013. A pergunta que não quer calar é: Qual o motivo de Gurgel não pedir a prisão imediata de outros RÉUS já condenados pelo STF, e que estão com seus recursos sendo apreciados, e pedir a prisão dos RÉUS da Ação Penal 470 ? Quais são os parâmetros que balizam o conceito de Justiça do Procurador ?
COMO PARECE QUE O PODER SUBIU MESMO À CABEÇA E O ÓDIO TOMOU CONTA DO FÍGADO, É POSSÍVEL QUE O MINISTRO JOAQUIM BARBOSA SE COLOQUE ACIMA DO BOM SENSO E RAZOABILIDADE, DESPREZANDO A IGUALDADE DE TODOS PERANTE A LEI, DECRETANDO A PRISÃO DE ALGUNS RÉUS E ATÉ PROIBINDO QUE ELES COMAM 'PERU' NO NATAL.
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Agência Brasil
Brasília – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acionou hoje (19) o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a prisão imediata dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. O pedido já está no gabinete do presidente do STF e relator do processo, Joaquim Barbosa, que só deve decidir o caso na próxima sexta-feira (21).

Gurgel havia pedido a execução imediata das sentenças do mensalão na defesa oral apresentada no início do julgamento, em agosto. Ele argumentou que o cumprimento de decisões proclamadas pela Suprema Corte deve ocorrer em seguida porque elas não podem mais ser alvo de recurso em outras instâncias.

Na última segunda-feira (17), quando o pedido estava pronto para ser julgado em plenário, o procurador recuou e disse que apresentaria nova petição reforçando os argumentos para as prisões imediatas. Isso abriu brecha para que a decisão seja proferida individualmente por Barbosa, que ficará responsável pelo plantão do STF durante o recesso de fim de ano, que começa amanhã (20) e vai até o dia 1º de fevereiro.

Ontem (18), vários advogados do caso acionaram o STF pedindo que Barbosa não decida individualmente a questão e leve o caso ao plenário, pois não há o requisito da urgência. Eles também alegaram que a Corte não pode antecipar a execução da sentença antes do fim do processo, pois ainda cabem recursos e as decisões podem ser alteradas.

Hoje, Gurgel disse que a questão das prisões merece urgência porque é necessário dar efetividade à decisão do Supremo, que condenou 25 réus, 22 deles a regime fechado ou semiaberto. “Não podemos ficar aguardando a sucessão de embargos declaratórios [tipo de recurso], haverá certamente a tentativa dos incabíveis embargos infringentes [outra forma de recurso]. E o certo é que o tempo irá passando sem que a decisão tenha a necessária efetividade”.

Como ministro plantonista, Barbosa pode decidir de várias formas: rejeitando o pedido do procurador-geral, adiando para análise do plenário em fevereiro caso entenda que a questão não é urgente, acatando parcialmente ou totalmente. O conteúdo do documento não foi divulgado nem pelo STF nem pela Procuradoria-Geral da República.

Edição: Carolina Pimentel

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