“A educação e a saúde melhoraram. A
mortalidade infantil diminuiu. A Fome acabou. Isso é que é ser “refém” !
Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada
O Cebrap era um centro de análise e
planejamento – até que o Farol de Alexandria, seu fundador, assumiu a
Presidência.
Aí, o Cebrap confundiu-se com os diversos tons de cinza e treva que ofuscaram o Governo do Farol.
Agora, pretende ressurgir da letargia.
Sempre com a tarefa de fornecer ideias ao Farol – aquele que iluminava a Antiguidade e se extinguiu num terremoto chamado Lula.
Neste domingo, o Estadão dedica e capa e três páginas ao Bolsa Família, ancorado em pseudo-analises de planejamento do Cebrap.
É um ataque em pinça, o do Estadão.
Aí, o Cebrap confundiu-se com os diversos tons de cinza e treva que ofuscaram o Governo do Farol.
Agora, pretende ressurgir da letargia.
Sempre com a tarefa de fornecer ideias ao Farol – aquele que iluminava a Antiguidade e se extinguiu num terremoto chamado Lula.
Neste domingo, o Estadão dedica e capa e três páginas ao Bolsa Família, ancorado em pseudo-analises de planejamento do Cebrap.
É um ataque em pinça, o do Estadão.
Uma equipe foi a Guaribas, no interior do Piauí, onde o Nunca Dantes lançou programa, em 2003.
Outra foi ao jazigo do Cebrap.
Em Guaribas, a Panzer-Division fez uma descoberta extraordinária: a cidade de 4 mil habitantes ganhou água encanada, agências bancárias, uma unidade básica de saúde (que horror !), mais escolas (que horror !), ruas calçadas, os índices de mortalidade infantil e analfabetismo caíram (que horror !), o aproveitamento escolar das crianças subiu (que horror !), e a fome desapareceu (assim não dá ! Isso é uma desgraça !).
Mas, mas, é o “mas” da editoria “o Brasil é uma m…” que infesta o PiG (*) e especialmente o jornal nacional.
Mas…
Mas, diz o Estadão, falta emprego.
E, por isso, Guaribas “permanece refém dos programas e renda”.
“Refém”!
Refém do fim da fome, do cuidado à saúde e à educação.
“Refém”, segundo o Houaiss, tem uma conotação militar e outra, que deve ser a dos jênios do Estadão:
- “em situações extremas, aquele que fica, contra a sua vontade, em poder de outrem, como garantia de que alguma coisa será feita.”
Aí entra um jênio do Cebrap, para dar consistência ideológica à ofensiva dos blindados do Estadão contra os pobres de Guaribas.
Diz Alexandre de Freitas Barbosa, responsável por uma pesquisa do Cebrap sobre a miséria que assola o pobre do Bolsa Familia.
“O Governo concentra (sic) recursos neles (programas de transferência de renda) porque é a linha de menor resistência (resistência de quem, cara pálida ? – PHA): garante estatísticas positivas (o amigo prefere “negativas”? ) e DIVIDENDOS ELEITORAIS”.
( Ênfase do ansioso blogueiro.)
Ou seja, o Cebrap não passa de uma extensão, chic, da mulher do Cerra, a notável estadista chilena que foi à Baixada Fluminense, na vitoriosa campanha de 2010, dizer que o Bolsa Família é o Bolsa Vagabundagem.
A malandragem não trabalha, vive às custas do Governo e vota no Governo parece ser a conclusão da “análise e do planejamento” fernandino.
Barbosa reconhece que a pobreza diminuiu e, mais importante, que nos governos do Nunca Dantes e da Dilma houve uma significativa redução do Índice de Gini, ou seja, da desigualdade.
Isso, ele admite.
E, aí, vem a jenial sugestão, o que fazer.
Ah, o Cebrap sabe !
“É preciso mudar o atual padrão de desenvolvimento para outro que permita acumular mais capital, mais produtividade, e permitir que os ganhos do trabalho avancem à frente dos ganhos do capital.”
Jenial !
Então, o Barbosa sugere uma revolução comunista em Guaribas: o Estado acumular capital e tirar dinheiro dos banqueiros para dar aos pobres.
Sensacional !
O Farol de Alexandria fez a volta completa: acabou no comunismo, no sertão do Piauí !
É fácil.
Para acabar com a vil dependência dos moradores de Guaribas, pau nos bancos !
Muito fácil.
Foi exatamente o que fez o Fernando Henrique – o de juros de 45 %.
Sobre a vil dependência, cabe recorrer a estudos recentes, no próprio Piauí, do respeitado professor Otávio Velho, que mostrou como os programas de transferência de renda libertam os pobres dos coronéis políticos.
Outro, que mostrou como o Bolsa Família combate o machismo.
Sem esquecer da consideração de amigo navegante: como exige carteira de identidade e titulo de eleitor pra receber o benefício, o Bolsa Família estimula o analfabeto a votar.
Isso não é uma maravilha ?, amigo navegante ?
Não !
Para o Cebrap, bom é quando o pobre não vota.
E o regime, de preferência, é o parlamentarismo – outra pérola que brotou do Cebrap, quando o Padim Pade Cerra aparecia por lá.
Pobre não tem nada que votar.
Lugar de pobre é na cozinha.
Em tempo: na primeira página também, o Globo (o 12o. voto do STF) lança uma bomba de nêutron sobre os pobres: “brasileiro é cético sobre o Bolsa Familia”. Tanto assim que, segundo o próprio Globo, 73% deles acham que o Bolsa Familia não deve acabar… A propósito dos elevados propósitos do Globo em relaçao aos pobres, não deixe de ler: “A Globo não conseguiu destruir o Rio”.
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