Thiago Novaes, ColetivoDigital
“A tarefa da radiodifusão, como tudo, não
se esgota ao transmitir informações. Além disso, tem que organizar a maneira de
pedir informações, isto é, converter os informes dos governantes em resposta às
perguntas dos governados. A radiodifusão tem que tornar possível o intercâmbio.
Apenas ela pode organizar, em conjunto, as falas entre os ramos do comércio e
os consumidores sobre a normalização dos artigos de consumo, os debates sobre
altas de preço do pão, as disputas municipais. Se consideram que isso é
utópico, eu lhes peço que reflitam sobre o porquê de ser utópico.
Mas, seja o que for que o rádio trate de fazer, seu empenho deverá consistir em fazer frente àquela inconseqüência em que incorrem, tão ridiculamente, quase todas as instituições públicas.”
Mas, seja o que for que o rádio trate de fazer, seu empenho deverá consistir em fazer frente àquela inconseqüência em que incorrem, tão ridiculamente, quase todas as instituições públicas.”
Faz mais de dois anos, um grupo de
pesquisadores vem desenvolvendo pesquisa com o objetivo de subsidiar o governo
brasileiro, radiodifusores e ouvintes sobre as possibilidades sócio-técnicas
que o padrão DRM de
rádio digital pode oferecer para a comunicação social. Vários documentos
foram produzidos neste período, todos publicados na Internet[1], [2], [3], [4], [5], apontando para a imensa superioridade técnica
do DRM. Trata-se, resumidamente (DRM para
imprensa), de um padrão aberto, regulamentado pela ITU, que funciona em
todas as faixas de frequência, que possui o mesmo codec de áudio do Sistema Brasileiro
de TV Digital, otimiza o uso do espectro, funciona em baixas potências e
consome muito menos energia. Pensado
para ser um padrão global de interesse público, o DRM é o favorito de
emissoras educativas e estatais de vários países, e aos poucos vai conquistando
novos mercados, combinando desenvolvimento econômico ao social.
Essas características bastariam para eleger
o DRM o padrão de rádio digital a ser adotado no país, como já o fizeram aÍndia e a Rússia.
Porém, muito mais ainda é possível!
As transmissões digitais de rádio, assim
como de tv, não se limitam ao transporte de sinais de áudio ou vídeo, mas se
voltam mesmo para emissão de dados, fazendo das plataformas digitais que se
utilizam da propagação eletromagnética terrestre e também Ionoférica,
meios de comunicação de alta capacidade de fluxo de dados: no caso da TV
Digital, estamos falando transmissões de taxas até 19MB/s, ou seja, capazes
de viabilizar a transmissão de um filme duas horas de alta-definição em aproximadamente 25 minutos.
Mas o que esses dados querem dizer?”
Artigo Completo, ::AQUI::
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