sábado, 19 de janeiro de 2013
Uma queixa-crime protocolada nesta sexta-feira no Fórum de Humaitá,
município a 650 quilômetros de Manaus, denuncia a participação do
governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN), do vice-governador, José Melo
(PMDB), e do prefeito da cidade, Dedei Lobo (PMDB), num esquema de
corrupção eleitoral envolvendo R$ 4,8 milhões da Secretaria Estadual da
Fazenda (Sefaz). O secretário da Fazenda é Afonso Lobo, irmão de Dedei. A
denúncia é mais um dos escândalos ocorridos durante o processo
eleitoral em Humaitá, quando uma urna de lona, usada nas eleições,
desapareceu com os votos e o juiz eleitoral da comarca, foi afastado do
caso.
Nesta sexta-feira, a coligação Humaitá em Boas Mãos, derrotada nas últimas eleições municipais, protocolou a queixa-crime baseada na gravação de uma entrevista dada no ano passado pelo vice-prefeito de Humaitá, Herivânio Vieira de Oliveira (PTN). Na entrevista, ele cita os nomes do governador e do vice e diz que foi obrigado a disputar o pleito porque o governo o ameaçava de executar uma multa de R$ 4,8 milhões. A multa seria fruto de uma dívida anistiada pelo próprio governo em 2005, segundo Oliveira.
"(...) Olha o que fizeram comigo, me tiraram da anistia de 2005 e meteram um auto de infração de 4,8 milhões; auto de infração, quando você não paga, ele bloqueia qualquer bem que está em teu nome", disse Oliveira em um trecho de entrevista entregue hoje, em dois CDs, ao Ministério Público Eleitoral de Humaitá. "Todo patrimônio meu, a chácara, a fábrica de sofá, as quatro ou cinco lojas, que estão no meu nome ou da minha mulher, seis caminhões, um Camaro, duas caminhonetes. Eu tenho tudo declarado no meu nome em patrimônio. Corrigindo isso aí, vai para quase 12 milhões, que eles vão tomar que é meu", continuou o vice.
Juiz afastado
Nesta sexta-feira, a coligação Humaitá em Boas Mãos, derrotada nas últimas eleições municipais, protocolou a queixa-crime baseada na gravação de uma entrevista dada no ano passado pelo vice-prefeito de Humaitá, Herivânio Vieira de Oliveira (PTN). Na entrevista, ele cita os nomes do governador e do vice e diz que foi obrigado a disputar o pleito porque o governo o ameaçava de executar uma multa de R$ 4,8 milhões. A multa seria fruto de uma dívida anistiada pelo próprio governo em 2005, segundo Oliveira.
"(...) Olha o que fizeram comigo, me tiraram da anistia de 2005 e meteram um auto de infração de 4,8 milhões; auto de infração, quando você não paga, ele bloqueia qualquer bem que está em teu nome", disse Oliveira em um trecho de entrevista entregue hoje, em dois CDs, ao Ministério Público Eleitoral de Humaitá. "Todo patrimônio meu, a chácara, a fábrica de sofá, as quatro ou cinco lojas, que estão no meu nome ou da minha mulher, seis caminhões, um Camaro, duas caminhonetes. Eu tenho tudo declarado no meu nome em patrimônio. Corrigindo isso aí, vai para quase 12 milhões, que eles vão tomar que é meu", continuou o vice.
Juiz afastado
Os casos de irregularidades eleitorais em Humaitá levaram o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a afastar o juiz eleitoral da Comarca, George Hamilton Lins Barroso, da ação de investigação judicial eleitoral em que relata o desaparecimento de uma urna de lona com votos usada nas eleições de Humaitá. A urna, que substituiu uma eletrônica defeituosa, foi apreendida em 20 de outubro, quando duas mulheres tentavam vendê-la na cidade de Porto Velho (RO), a 200 km de Humaitá.
Na ação, a Coligação Humaitá em Boas Mãos acusa Barroso de ser o responsável pelo sumiço da urna e de outras irregularidades, como permitir a realização de obras públicas durante o período eleitoral e de orientar a compra de votos no município. Por causa das denúncias, Barroso foi afastado do caso em 12 de dezembro pelo desembargador Flávio Pascarelli Lopes, do TRE-AM. Em seu lugar assumiu o juiz Mateus Guedes Rios, da comarca de Canupana (AM). No Terra
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