Os jornalecos e almanaques reacionários de oposição, tipo Veja, vez por
outra têm um de seus capangas acusando jornalistas de "chapa-branca" na
tentativa de encurralar qualquer visão séria e democrática sobre o
Partido dos Trabalhadores e os governos do PT. Por trás destas críticas
reside um viés ideológico como porta-voz da direita no Brasil, bem como
um certo mal estar pela perda da sustentação financeira com o dinheiro
oficial.
A partir do governo Lula, praticou-se uma distribuição mais justa em
termos regionais na descentralização dos receptores do dinheiro da
publicidade oficial. Nosso governo incorporou no mailing dos meios de
comunicação do Estado brasileiro desde redes regionais até o sistema de
rádios comunitárias e jornais espalhados por diversas regiões do Brasil.
Este gesto atraiu o descontentamento dos Civitas da vida, que querem
monopolizar e concentrar os meios e suas receitas. Apesar da mudança,
ainda é profundamente concentrada a distribuição das verbas oficiais de
comunicação.
Observa-se que dos R$ 161 milhões repassados à emissoras de rádios, TV,
jornais, revistas e sites, desde o início do governo Dilma, R$ 50
milhões foram destinados apenas para a TV Globo, quase um terço de toda a
verba – ao todo, o Sistema Globo de Comunicações recebeu R$ 55
milhões. Já a “imparcial” revista Veja, por sua vez, recebeu R$ 1,3
milhão; e o os tentáculos on-line da Editora Abril também receberam mais
R$ 353 mil. Enquanto isso, a revista “parcial” Carta Capital recebeu,
no mesmo período, R$ 119 mil.
Em outros termos, pagamos uma mídia para nos atacar, nos destruir e se
organizar em quadrilhas, como no caso recente da dobradinha
Veja/Cachoeira.
Isto não é justo. Não é correto. Precisamos rever a distribuição de
verbas publicitárias, que hoje se constituem num verdadeiro acinte à
democracia. Não se trata apenas de regular os meios de comunicação,
devemos promover uma justa redistribuição das verbas publicitárias do
Governo.
Por fim, é bom que se note que aqui não foram incluídos os repasses das
verbas publicitárias das empresas estatais de economia mista, como o
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Correios, Grupo
Eletrobrás, Petrobrás, etc.
Ora, parece que tomamos gosto por rituais de sadomasoquismo midiático ou praticamos a gentileza dos submissos.
Fernando Ferro, deputado federal (PT-PE) e vice-líder da Bancada do partido na CâmaraNo PT
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