sexta-feira, 11 de maio de 2012

Posted: 10 May 2012 06:58 PM PDT

“Levantamento feito a partir de documentos da Operação Monte Carlo indicam que o editor da revista Veja esteve, pelo menos, 10 vezes com o contraventor Cachoeira e membros de sua organização. Em geral, os temas dessas conversas acabaram se transformando em matérias da revista. Operação no Hotel Nahoum, que envolveu tentativa de invasão do quarto de José Dirceu, também foi tema dessas conversas. A reportagem é de Vinicius Mansur.

Vinicius Mansur, Carta Maior

Um levantamento do inquérito 3430, resultado da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), indica que o editor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e integrantes da quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira se encontraram presencialmente, pelo menos, 10 vezes. Só com Cachoeira foram 4 encontros.

O número pode ser maior, uma vez que a reportagem de Carta Maior teve acesso apenas ao apenso 1 do inquérito, com 7 volumes. Entretanto, existem mais dois apensos que, juntos, tem 8 volumes.

O primeiro destes encontros foi marcado para o dia 10 março de 2011. Em ligação telefônica no dia 9 daquele mês, às 22:59, Cachoeira diz ao senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido):

“É o seguinte: eu vou lá no Policarpo amanhã, que ele me ligou de novo, aí na hora que eu chegar eu te procuro.” 

No dia 27 de abril, Cachoeira anunciou outro encontro com o jornalista. Em uma ligação interceptada às 07:22, o inquérito da PF relata: “Carlinhos diz que vai almoçar com a prefeita de Valparaíso e com Policarpo da revista Veja”. Às 09:02, o contraventor avisa a Demóstenes de novo almoço com Policarpo, desta vez acompanhados da prefeita de Valparaíso (GO). “Eu vou almoçar com o Policarpo aí. Se terminar o almoço e você estiver lá no apartamento eu passo lá”, disse Cachoeira ao senador, que respondeu: “Ok... o Policarpo me ligou, tava procurando um trem aí. Queria que eu olhasse pra ele algumas coisas. Pediu até pra eu ligar para ele mais tarde, não quis falar pelo telefone”.

Nesta mesma conversa, Demóstenes pediu conselhos a Cachoeira sobre sua mudança de partido. Cachoeira afirmou que “esse DEM já naufragou” e disse “tem que ir pro PMDB, até pra virar do STF né?”
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Gurgel faz papel de líder de oposição em horário nobre da TV de Jô Soares

O Jornal Nacional mostrou na edição da quarta (9) o Procurador Geral da República (PGR), Roberto Gurgel (aliás, teve gente que achou que a Globo estava usando o Jô Soares para falar de mensalão e atacar o PT...)
Gurgel era questionado pela reportagem sobre críticas de membros da CPMI do Cachoeira, que buscam explicações sobre por que ele, digamos assim, sentou em cima da Operação Vegas da Polícia Federal, desde 2009, e não abriu inquérito para investigar o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), e outros parlamentares, cujos malfeitos já apareciam naquela época.
Gurgel respondeu como respondem os líderes da oposição demotucana e os editores da revista Veja. Depois de falar sobre "estratégia de investigação", disparou: “... Eu já disse e repito: uma das possibilidades é que isso parta de pessoas que estão muito preocupadas com o julgamento do mensalão que deverá acontecer proximamente”.
O PGR respondeu como costuma responder José Serra quando cobrado por escândalos envolvendo o seu nome; diz que é tititi e trololó petista, além de classificar as evidências contra si de “lixo”, como fez com o livro de Amaury Ribeiro Jr, A Privataria Tucana.
Além de dissimular, a resposta de Gurgel tem um agravante. Falada no telejornal de maior audiência do Brasil, cairia bem na voz de um líder partidário do PSDB ou do DEM, mas nunca na voz de um Procurador-Geral da República, cuja compostura recomenda se conter para manter o posicionamento que dele se espera: a neutralidade. 
Se ele pensa diferente, deveria se licenciar do Ministério Público e se candidatar ao parlamento pelo DEM ou pelo PSDB, como já fez outro ex-catão da República, Demóstenes Torres.
Sua declaração partidarizada só faz aumentar a necessidade de a CPMI ouvi-lo, pois reforçou a ideia de atuação conforme simpatias partidárias. A Procuradoria seria rápida e ágil para processar membros de alguns partidos e, no mínimo, lenta para processar políticos de outros, em geral os da elite demotucana.
Detalhe: ao que consta, nenhum membro da CPMI é réu no processo do chamado "mensalão", como Gurgel sugere em sua declaração em que assume papel de líder de oposição. E parlamentares de oposição aos petistas como Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Onix Lorenzoni (DEM-RS), também cobram de Gurgel respostas convincentes, e não "morrem de medo" do "mensalão".
O senador Pedro Taques (PDT-MT), que é mais independente do que governista, também é procurador de carreira, e não entendeu que "estratégia de investigação" foi essa, optando pelo engavetamento. Ele também cobra explicações convincentes.
Gurgel diz que não pode, legalmente, ser testemunha em uma CPI a portas fechadas, mas se meteu a dar seu testemunho no Jornal Nacional para o Brasil inteiro, sobre outro processo que promove, o "mensalão"?
Se não pode comparecer como testemunha, como ele afirma, que seja convocado na condição de investigado. Afinal, o que se deseja é apurar que procedimentos foram adotados de forma completamente fora do normal, do lícito e do legal, a respeito da Operação Vegas.




Posted: 10 May 2012 04:55 PM PDT

Redação, Rede Brasil Atual

“A presidenta Dilma Rousseff informou hoje (10), após seis meses de espera, os nomes dos sete integrantes da Comissão Nacional da Verdade, criada para apurar os crimes cometidos pelo Estado brasileiro entre 1946 e 1988. A escolha contemplou nomes ligados aos governos da redemocratização, com predominância de juristas e advogados.

Os sete integrantes são o advogado José Carlos Dias (ex-presidente da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo, secretário estadual da Justiça no governo Franco Montoro e ministro da Justiça durante o governo Fernando Henrique Cardoso), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, a advogada Rosa Maria Cardoso, que defendeu Dilma durante a ditadura (1964-85), o procurador da República Cláudio Fonteles, a psicanalista Maria Rita Kehl, o advogado José Paulo Cavalcanti Filho, secretário-geral do Ministério da Justiça no governo de José Sarney, e o professor Paulo Sérgio Pinheiro, secretário de Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso e atual presidente da Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU para a Síria.

A lista foi elogiada por pessoas que atuam na área. Para o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos do governo Lula, Paulo Vannuchi, Dilma fez uma seleção "equilibrada" e "consistente". "Nenhuma crítica, a escolha não deixa espaço a criticas de unilateralidade ou posições partidárias, é uma comissão realmente do Estado brasileiro", afirmou em conversa por telefone. "São pessoas de reputação ilibada e compromisso com a democracia e os direitos humanos. Nenhuma delas foi presa política, militante ou torturada, que possa ter ressentimento pessoal. Nenhuma surpresa."
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Posted: 10 May 2012 04:03 PM PDT
Agência Brasil

“Após ouvir informações prestadas pelo delegado da Polícia Federal (PF), Matheus Mela Rodrigues, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), defendeu a convocação urgente do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira.

Segundo o senador, os detalhes apresentados pelo delegado indicam loteamento de órgãos públicos e "participação direta" da organização criminosa no governo de Goiás. "Há participação direta da organização criminosa dentro da estrutura do governo de Goiás, inclusive no loteamento de cargos públicos no Detran", disse o senador.
"A convocação do governador Marconi Perilo é urgente. No meu entender, um requerimento como esse não tem como não ser apreciado na próxima reunião administrativa e não tem condição de não ser aprovado. É urgente a presença dele na CPMI", disse Randolfe Rodrigues.

O depoimento do delegado está sendo tomado a portas fechadas. De acordo com o senador, ele informou mais de 200 citações do nome de Perillo nas gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, além de ligações do próprio governador ao empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro desse ano, quando a operação Monte Carlo foi deflagrada.
"Tem mais de 200 ligações citando o governador. Há ligações do próprio governador para Cachoeira para dar parabéns pelo aniversário", disse o senador. O delegado informou, de acordo com o senador, que Perillo teve pelo menos dois encontros com Cachoeira identificados pela PF, entre eles, um jantar na casa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

Cachoeira é acusado de ligações com jogos ilegais e de comandar uma rede de influência envolvendo políticos de todas as esferas da administração pública. Entre os suspeitos de ligações com Cachoeira estão o senador Demóstenes Torres e os governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT)."


Posted: 10 May 2012 03:54 PM PDT

Mariana Jungmann e Luciana Lima, Agência Brasil

"Uma caixa de computador contendo R$ 500 mil foi entregue a um assessor especial do governador de Goiás, Marconi Perillo, dentro do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano. A informação foi dada hoje (10) pelo delegado da Polícia Federal Matheus Mela Rodrigues, aos membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, segundo o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

“Nas escutas houve uma remessa de uma caixa de computador com R$ 500 mil para dentro do Palácio, recebida por assessor especial para assuntos sociais do governador”, contou o deputado ao sair do depoimento que já dura mais de oito horas.

Ainda de acordo com Paulo Teixeira, o delegado Rodrigues deu detalhes sobre a venda da casa do governador para o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo o deputado, a casa foi vendida ao sobrinho de Cachoeira, Leonardo de Almeida Ramos, que pagou com dois cheques de R$ 400 mil cada e mais um de R$ 600 mil.”
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