"Ex-vice do Rural aderiu à quadrilha por osmose"
Foto: Edição/247
Advogado da ex-vice-presidente do Banco Rural Ayanna Tenório, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira diz que a acusação do Ministério Público contra sua cliente na Ação 470 é "kafkaniana"; ele rebateu acusações de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
De acordo com Oliveira, a acusação se baseia em responsabilidade de "papel e não de conduta". "Como ela poderia saber que, de repente, mesmo inconscientemente, estava se envolvendo em uma trama diabólica, criminosa, um escândalo da República se documentos oficiais não a comunicavam de eventuais irregularidades?", indagou.
“Por ter ingressado em abril de 2004 [no Banco Rural], é óbvio que
Ayanna Tenório não participou de formação de quadrilha. Contudo, aderiu
ao grupo organizado e ponto final? Aderiu como? Qual a tênue prova ou o
tênue indício a demonstrar que ela aderiu? (...)Aderiu à quadrilha?
Ganhou dinheiro? Protegeu o governo? O PT? Estava imbuída de algum ideal
cívico para dar dinheiro à base parlamentar para que o governo pudesse
fluir normalmente? Que história é essa? Ela pertenceu ao banco e só”,
destacou Oliveira.
Para o advogado, a denúncia não é consistente. “A acusação contra ela é tão frágil que ficou inseguro o MP, na alegação de crimes imputados a ela. As lavagens [de dinheiro] começam em 60 e terminam em três. Não se diz o que ela fez”, alegou, referindo-se às citações do Ministério Público de lavagem de dinheiro que envolvem Ayanna.
Oliveira admite que não tem provas para rebater as provas que foram apresentadas pelo Ministério Público, mas defende que nada deve, efetivamente, pesar contra Ayanna. "Rigorosamente nenhuma conduta é imputada a Ayanna. Nenhum fato é imputado concretamente à Ayanna Tenório. Em relação à Ayanna só há uma verdade. A verdade é que ela foi efetivamente diretora dentro do banco. Quando assumiu o compliance [área que verifica se as atividades de uma instituição estão em conformidade com a política dessa instituição] do banco, ela virou a culpada por tudo o que aconteceu", disse Oliveira.
Segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a executiva é integrante do núcleo financeiro e, junto com Vinícius Samarane, José Roberto Salgado e Kátia Rabello, praticou crimes para ocultar as fraudes consumadas na concessão e renovação dos empréstimos, além de lavagem do dinheiro obtido com os crimes praticados contra o sistema financeiro nacional. A acusação argumenta que empréstimos simulados pelo grupo disponibilizaram o valor de R$ 32 milhões para as duas agências de publicidade de Marcos Valério e para o PT.
Oliveira rebateu diretamente a acusação de gestão fraudulenta e alegou que há necessidade de reiteração de conduta para o crime ser caracterizado.
O advogado destacou que Ayanna Tenório não trabalha mais para o Banco Rural e enfrenta problemas para se encaixar no mercado de trabalho. “Ela entrou [no Banco Rural] para sair na data certa. Entrou em 2004 e saiu em 2006. Ela está amargando um escanteio, uma marginalização do mercado, ela não está no banco. (..) O sofrimento é indelével. A pena da execração pública é perpétua e cruel. A absolvição a dará condições de voltar ao mercado de trabalho”, finalizou.
Para o advogado, a denúncia não é consistente. “A acusação contra ela é tão frágil que ficou inseguro o MP, na alegação de crimes imputados a ela. As lavagens [de dinheiro] começam em 60 e terminam em três. Não se diz o que ela fez”, alegou, referindo-se às citações do Ministério Público de lavagem de dinheiro que envolvem Ayanna.
Oliveira admite que não tem provas para rebater as provas que foram apresentadas pelo Ministério Público, mas defende que nada deve, efetivamente, pesar contra Ayanna. "Rigorosamente nenhuma conduta é imputada a Ayanna. Nenhum fato é imputado concretamente à Ayanna Tenório. Em relação à Ayanna só há uma verdade. A verdade é que ela foi efetivamente diretora dentro do banco. Quando assumiu o compliance [área que verifica se as atividades de uma instituição estão em conformidade com a política dessa instituição] do banco, ela virou a culpada por tudo o que aconteceu", disse Oliveira.
Segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a executiva é integrante do núcleo financeiro e, junto com Vinícius Samarane, José Roberto Salgado e Kátia Rabello, praticou crimes para ocultar as fraudes consumadas na concessão e renovação dos empréstimos, além de lavagem do dinheiro obtido com os crimes praticados contra o sistema financeiro nacional. A acusação argumenta que empréstimos simulados pelo grupo disponibilizaram o valor de R$ 32 milhões para as duas agências de publicidade de Marcos Valério e para o PT.
Oliveira rebateu diretamente a acusação de gestão fraudulenta e alegou que há necessidade de reiteração de conduta para o crime ser caracterizado.
O advogado destacou que Ayanna Tenório não trabalha mais para o Banco Rural e enfrenta problemas para se encaixar no mercado de trabalho. “Ela entrou [no Banco Rural] para sair na data certa. Entrou em 2004 e saiu em 2006. Ela está amargando um escanteio, uma marginalização do mercado, ela não está no banco. (..) O sofrimento é indelével. A pena da execração pública é perpétua e cruel. A absolvição a dará condições de voltar ao mercado de trabalho”, finalizou.
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