A boa índole
Três medidas provisórias estão com
prazo de votação esgotado na Câmara, que faz um esforço concentrado esta
semana. Setores da base governista e a oposição estão se articulando
para derrotar o Palácio do Planalto, derrubando as sessões de hoje e
amanhã. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, porém,
aposta na boa índole dos parlamentares em ano eleitoral. Ou seja, que os
deputados descontentes não darão um tiro no pé, inviabilizando medidas
que beneficiam os eleitores. Seria o quanto pior, melhor.
A primeira MP da pauta autoriza a
renegociação de dívidas de agricultores e cria uma linha de crédito
para socorrer agricultores familiares, produtores rurais,
empreendimentos industriais, comerciais e de serviços que tiveram as
atividades afetadas por fenômenos naturais.
A segunda, a MP 569, abre
crédito extraordinário de R$ 688,5 milhões para atender os municípios
atingidos pela seca ou que sofreram com chuvas intensas. Finalmente, a
MP 570 permite à União conceder apoio financeiro aos municípios e ao
Distrito Federal para ampliar o acesso à educação infantil.
Os vetos
O que pode pôr lenha na fogueira
da insatisfação dos parlamentares, porém, são os vetos da presidente
Dilma Rousseff a 25 alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que
derrubam, inclusive, propostas do PT. O anexo que estabelecia
prioridades para 221 ações na alocação de recursos do próximo ano perdeu
um terço das propostas, a maioria nas áreas de infraestrutura de
transporte, rodovias e ferrovias.Na coluna do Azedo
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