Atividade econômica brasileira tem expansão em junho
17/08/2012 - 9h27
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A atividade econômica brasileira registrou crescimento de
0,75% em junho, na comparação com maio deste ano. É o que mostra o
Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), dessazonalizado
(ajustado para o período), considerado o mais adequado pelos
economistas para esse tipo de comparação. O crescimento em junho é o
maior desde março de 2011, quando houve expansão de 1,47%. Em relação
a junho do ano passado, sem ajustes, houve crescimento de 0,99%.
Apesar do resultado positivo, os dados indicam que o ritmo de expansão
da atividade econômica acabou sendo menor no segundo trimestre deste
ano, ao atingir 0,38%, ante o período de janeiro a maio deste ano. Na
comparação do primeiro trimestre deste ano com o quarto trimestre do ano
passado, o crescimento havia chegado a 0,63%.
Na comparação entre o segundo trimestre deste ano e igual período de
2011, houve crescimento de 0,68%, de acordo com os dados sem ajustes.
No primeiro semestre deste ano, o IBC-Br cresceu 0,87% (sem ajustes),
na comparação com igual período de 2011. Em 12 meses encerrados em
junho, o IBC-Br, sem ajustes, registrou crescimento de 1,2%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar como está a evolução da
atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o
nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e
serviços e agropecuária.
O acompanhamento do indicador é considerado importante pelo BC para
que haja maior compreensão da atividade econômica e contribui para as
decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por
definir a taxa básica de juros, a Selic. O Copom tem reduzido a taxa
básica como uma forma de estimular a atividade econômica brasileira, que
enfrenta efeitos da crise econômica internacional. Os cortes têm sido
feito desde agosto do ano passado. Atualmente, a Selic está em 8% ao
ano.
O governo também tem adotado outras medidas de estímulo. Na última
quarta-feira (15), foi lançado um programa de concessões de rodovias e
ferrovias. Ontem (16), o Ministério da Fazenda anunciou o aumento de R$
42,2 bilhões no limite de contratação de operação de crédito para 17
estados.
Este ano, o governo também reduziu impostos para estimular a venda de
eletrodomésticos, móveis e carros e anunciou medidas para agilizar as
compras governamentais. Também houve redução da Taxa de Juros de Longo
Prazo (TJLP), usada em financiamentos do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 6% para 5,5%.
A economia em ritmo mais lento tem levado à revisão das estimativas de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e
serviços produzidos no país. Em junho, o BC revisou a projeção para
este ano de 3,5% para 2,5%. Já a de instituições financeiras
consultadas todas as semanas pelo BC caiu de 1,85% para 1,81%, este ano.
Edição: Juliana Andrade // Matéria e títulos alterados às 9h42
para adequação de texto. Às 10h06, a matéria foi alterada para acréscimo
de informação
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