Arruda é condenado no caso violação do painel eletrônico do Senado
Na época, Arruda era líder do governo FHC no Senado
Onze anos após o escândalo da
violação do painel eletrônico do Senado, na votação secreta que levou à
cassação o senador Luiz Estevão (PMDB-DF), a Justiça Federal em Brasília
condenou o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e mais
três pessoas por improbidade administrativa. O juiz Alexandre Vidigal
de Oliveira, da 20ª Vara Federal, considerou que Arruda praticou ato de
improbidade ao ordenar a quebra do sigilo da votação.
O magistrado não aceitou a
justificativa, apresentada por Arruda em depoimento à Justiça, de que,
na noite anterior à decisão sobre Estevão, não determinou a Regina Célia
Borges, então diretora do Serviço de Processamento de Dados do Senado
(Prodasen), que violasse o painel eletrônico. O ex-senador disse ter
pedido a ela para conferir a segurança do equipamento, ressaltando que
falava em nome do então presidente da Casa, Antonio Carlos Magalhães (do
extinto PFL e atual DEM), morto em 2007.
No início de 2001, quando o
escândalo eclodiu, Arruda negou qualquer envolvimento no acesso à lista
de votação. Pouco depois, confessou ter recebido o material e, ameaçado
de cassação, renunciou ao mandato.
Participação
Para o juiz, baseado em vários
depoimentos colhidos ao longo do processo, Arruda "teve participação
expressiva nas ações de articulação dos envolvidos e de acesso e
conhecimento das informações sigilosas obtidas".
"No caso dos autos, evidencia-se
que José Roberto Arruda buscou por vontade própria, deliberada e
conscientemente, atuar, determinando providências que resultaram na
violação do painel do Senado, violação esta consubstanciada no
conhecimento dos votos proferidos na sessão do dia 28 de junho de 2000,
com a quebra do sigilo constitucional da votação", sentenciou o juiz, em
decisão do dia 10 de agosto.
Arruda foi condenado à suspensão
dos direitos políticos por cinco anos, ao pagamento de 100 salários de
senador (contracheque da época da cassação de Estevão) e ainda ficou
proibido de ter contratos com o poder público.
Com informações do Os amigos do Presidente Lula
Tem mais:
Vejam aqui Arruda recebe apoio do colunista de o Globo Ricardo Noblat que lhe concede um álibe falso.
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