Não sei quantas caras José Serra tem, mas parece que todas elas são cara-de-pau.
Jurou e assinou documento prometendo que jamais abandonaria a prefeitura
nas eleições de 2004, e 15 meses após a posse abandonou o cargo de
prefeito da maior metrópole do Brasil, na maior cara-de-pau. Cobrado
recentemente, desdenhou do próprio documento juramentado, chamando-o de
apenas "papelzinho" sem valor.
Serra demonstra ter uma vida, digamos, pagã, de quem infringe boa parte
dos 10 mandamentos sem dó, nem piedade, e se apresenta às vésperas das
eleições como um santarrão (falso beato).
Há apenas seis meses atrás, em artigo publicado no jornal serrista
Estadão, tratava o ex-ministro e senador Alfredo Nascimento (PR) como
"pacote estragado" herdado do governo Lula. Agora aparece todo sorrisos
ao lado do ex-ministro fechando apoio do PR à sua candidatura a
prefeito. Significa o que? Ou Serra catou para si o "pacote estragado"
que Dilma teria se desfeito, ou foi leviano em suas críticas há seis
meses atrás.
Artigo de José Serra no Estadão de 08/12/2012 Chamava Alfredo Nascimento (PR) de 'pacote estragado' Em junho de 2012 fechou acordo com o PR, e com Nascimento pessoalmente, para receber apoio. |
No mesmo artigo, Serra acusou o PR de ser um partido interesseiro em
"obter vantagens pecuniárias" (leia-se: dinheiro) com nomeações, nas
palavras de Serra. Então podemos concluir que Serra ofereceu as tais
"vantagens pecuniárias" em troca de apoios?
E Serra foi leviano agora, ao fazer o que diz condenar. Corre a notícia
de que o PR ofereceu apoio a Haddad em troca de nomear quem o partido
quisesse no Ministério dos Transportes, e que Dilma não teria aceito,
até porque o atual ministro é do PR. E corre a notícia de que o
governador Alckmin (PSDB-SP) teria oferecido cargos ao PR no governo de
São Paulo em troca do apoio a Serra. O Diário Oficial do Estado, nos
próximos dias deve esclarecer esse toma-lá-dá-cá.
O PR também fica mal na fita, ao apresentar-se com uma imagem de partido
fisiológico e aliado ao que há de mais decadente na política
paulistana, que é a candidatura de José Serra, já apresentando "fadiga
de material" ao empacar no teto em torno de 30% nas pesquisas.
O PR corre o sério risco de perder tudo o que conquistou em termos de crescimento, da mesma forma que ocorreu com outros partidos que já foram emergentes e entraram em decadência ao aderirem ao Serra e às oligarquias demotucanas, como é o caso do PPS. Melhor para os demais partidos que prezam pela maior consistência e integridade política, pois deverão crescer na avaliação do eleitorado.
O PR corre o sério risco de perder tudo o que conquistou em termos de crescimento, da mesma forma que ocorreu com outros partidos que já foram emergentes e entraram em decadência ao aderirem ao Serra e às oligarquias demotucanas, como é o caso do PPS. Melhor para os demais partidos que prezam pela maior consistência e integridade política, pois deverão crescer na avaliação do eleitorado.
Com tudo isso, cada vez mais, Dilma, o PT e os partidos mais íntegros em
suas relações com o governo federal e outros governos, se firmam como
partidos que querem mudar os costumes políticos nacionais para melhor.
E cada vez mais, José Serra, os demotucanos, e os partidos que afundam
ao lhes dar o abraço em afogados, se firmam como oligarquias arcaicas do
passado, com costumes políticos provincianos, colonizados e
condenáveis, inclusive pelo cidadão eleitor.
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