PORTAL BRASIL 247
Foto: Edição/247
Estudo da consultoria Austin Ratings aponta J.P. Morgan, presidido por Cláudio Berquó, BTG Pactual, de André Esteves, e Santander, do espanhol Marcial Portela, como os bancos que menos emprestam; Caixa é a instituição que mais concede
Na lanterna, duas instituições estrangeiras e um banco de investimentos nacional. Com um patrimônio líquido apurado pela Austin Ratings de R$ 2.560 bilhões no Brasil, o americano J.P. Morgan, liderado aqui por Cláudio Berquó, é o campeão entre as pequenas carteiras de crédito, com índice de 0,68%. As agruras pelas quais passa sua matriz, que recentemente admitiu ter cometido uma barbeiragem que custou US$ 2 bilhões aos cofres da instituições, podem ajudar a explicar a timidez do J.P.
Logo atrás surge a instituição presidida pelo banqueiro André Esteves, o BTG Pactual. Esteves assumiu, nos últimos tempos, o papel de frequente interlocutor do governo federal. No episódio da quebra do Banco Panamericano, de Silvio Santos, ele ficou com a instituição ao lado da CEF. Mais recentemente, fez a proposta de comprar por R$ 1, além da obtenção de um empréstimo superior a R$ 1,3 bilhão junto ao Fundo Garantidor de Crédito, o também quebrado Banco Cruzeiro do Sul. Agora, comenta-se no mercado que seu alvo de interesse é o Banco Votorantim. Mesmo com todo esse apetite e a influência de Esteves no governo, porém, o BTG Pactual não se mostra disposto a praticar a política de ampliação de empréstimos incentivada pela presidente Dilma. O banco alcançou um índice de apenas 0,88% no ranking da Austin, ficando em segundo lugar na corrida dos que vão pela contramão da concessão de crédito.
Por outras razões, como a de prover recursos para sua matriz na Espanha, que sofre com a crise financeira do país, o Santander Brasil, presidido por Marcial Portela, ficou em terceiro lugar entre os que menos concedem crédito para o público. O índice de 3,02% apurado pela Austin está de acordo com os termos de recente comunicado da instituição, que afirmou executar uma "conservadora" política de empréstimos. A depender desses banqueiros, o chamamento do governo do mais crédito na praça tende a cair no vazio.
Abaixo, o ranking completo da Austin Ratings:
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