Conselho de Ética rejeita perícia em gravações contra senador
Foto: Sérgio Lima/Folhapress
Defesa de Demóstenes Torres (sem partido-GO) argumenta que as gravações da PF foram adulteradas e que as frases que indicam o envolvimento do parlamentar com Cachoeira foram avaliadas de forma descontextualizadas
A defesa argumenta que as gravações foram adulteradas e que as frases que indicam o envolvimento do senador foram avaliadas de forma descontextualizadas.
"Há sim graves e sérios indícios de supressão de texto e edição de diálogos que podem vir a influenciar o julgamento e causar a nulidade do processo analisado pelo Supremo Tribunal Federal", defendeu o advogado Marcelo Turbay.
No entanto, o relator do processo, senador Humberto Costa (PT-PE), considerou as perícias "desnecessárias, impertinentes e procrastinatórias", no que foi apoiado pelos demais membros do Conselho.
De acordo com o relator, o pedido foi indeferido pela inexistência de "qualquer fato que coloque em dúvida ou suspeita" as gravações. Costa quer que o parecer final do Conselho de Ética seja votado no plenário do Senado antes do recesso parlamentar, que começa em 17 de julho.
O processo avalia se Demóstenes quebrou o decoro parlamentar devido às suas ligações com o empresário Carlinhos Cachoeira. As suspeitas são de que o senador teria colocado seu mandato a serviço da suposta organização criminosa comandada pelo empresário goiano.
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