Por Altamiro Borges
Os tucanos ainda tentam fingir que se saíram muito bem das
eleições de outubro. Alguns dos seus caciques gastaram tinta e papel no feriado
de Finados para garantir que o partido está vivo. Balela! As bicadas no ninho
são cada vez mais sangrentas e devem aumentar. A mídia “privada” até evita dar
destaque ao assunto, mas acaba soltando algumas notinhas. No domingo, o
Estadão, que não esconde a sua afinidade com os tucanos, publicou que “grupo de
Serra tenta deter avanço de Aécio sobre a cúpula do PSDB”.
Segundo jornal, a próxima briga interna será pela direção
nacional da sigla, com eleição prevista para maio do próximo ano. “Aliados de
José Serra (SP) iniciaram uma campanha para tentar emplacar na presidência do
PSDB um nome ‘neutro’, que evitaria o avanço do senador Aécio Neves (MG) sobre
a cúpula do partido. Cientes do enfraquecimento de Serra depois da derrota na
disputa pela Prefeitura de São Paulo, esses aliados já admitem negociar a
indicação de um tucano ‘independente’”.
Dois nomes surgem como alternativa à sede do cambaleante
presidenciável tucano: o senador paranaense Álvaro Dias e o governador alagoano
Teotônio Vilela Filho. O problema é que nenhum dos dois garante a unidade do
PSDB. O primeiro está em confronto direto com Beto Richa, governador do Paraná.
Já andou chamando-o de traidor e de outros adjetivos mais fortes. O segundo tem
pouca expressão no interior da legenda e ainda teme perder o comando político em
Alagoas.
Ainda segundo o Estadão, “alguns serristas chegaram a
defender o nome do próprio ex-governador paulista ou de um aliado seu, como
Aloysio Nunes Ferreira (SP). Sabem, porém, que é grande a resistência do grupo
de Aécio, que defende um nome ligado ao mineiro para trabalhar alinhado a ele
na corrida pela Presidência. Aloysio conversou com líderes tucanos
das regiões Norte e Nordeste para convencê-los a aderir ao projeto”. Ele deve
procurar o governador Geraldo Alckmin, que também não morre de amores por
Serra.
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