quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Brasil integrará pesquisa internacional sobre idoso

O Brasil é primeiro país da América do Sul a participar do consórcio Estudo Longitudinal das Condições de Saúde e Bem-Estar da População Idosa, chamado ELSI BRASIL. A pesquisa vai levantar as condições de vida e de saúde dos idosos. Os demais países participantes são Estados Unidos e Canadá na América do Norte, 11 países europeus, além do Japão, Índia, China e Coréia do Sul, na Ásia.


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Brasil integrará pesquisa internacional sobre idoso O processo de envelhecimento ativo e saudável começa na juventude, antes da pessoa chegar aos 60 anos.
Atualmente, existem no Brasil cerca de 21 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, o que representa, aproximadamente, 11% do total da população, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Estimativas da OMS apontam que de 1950 a 2025 a quantidade de idosos no País aumentará 15 vezes. Com isso, o Brasil ocupará o sexto lugar no total de idosos, alcançando, em 2025, aproximadamente 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade.

O objetivo principal do estudo é investigar a evolução e a realidade as condições de saúde, capacidade funcional e do uso dos serviços de saúde entre os idosos. A coordenadora do ELSI/BRASIL, a médica e pesquisadora Maria Fernanda Lima e Costa, afirma que esta é uma pesquisa importante ao se levar em conta dados das Nações Unidas sobre envelhecimento populacional.

Ela revela que, em 2020, daqui oito anos, a população com mais de 65 anos será superior a de crianças com menos de cinco anos. Outro número impactante sobre o cenário atual no Brasil é que 36,5% das pessoas com mais de 50 anos apresentam algum tipo de incapacidade funcional ou dificuldades para realizar uma tarefa, seja atravessar a rua, subir escadas ou ouvir. Na Inglaterra, este número é de 23%.

Situações comuns

Os tópicos mais importantes no debate dizem respeito à aposentadoria e suas consequências para a saúde - socioeconômica, estrutura domiciliar e familiar, situações comuns aos vários países participantes, o que possibilita comparações internacionais. No Brasil, o primeiro ciclo do estudo terá uma duração de seis anos, com entrevistas de 15 mil pessoas.

A coordenadora da Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Cristina Hoffmann, explica que o processo de envelhecimento ativo e saudável começa na juventude, antes da pessoa chegar aos 60 anos. "É o processo de melhoria das oportunidades de saúde, participação e segurança para aumentar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem".

Segundo ela, o conceito emerge como modelo para as políticas públicas por ampliar o foco de atenção para dimensões positivas da saúde, para além do controle de doenças. Cristina afirma que programas do Ministério, como Academias da Saúde e Saúde da Família, são essenciais a meta do envelhecimento Ativo assumido pelo governo brasileiro junto a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Da Redação em Brasília
Com informações do Ministério da Saúde

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