Dilma: “Problemas na UE trazem de volta fantasmas da crise”
Presidenta afirma que modelos econômicos que levaram à crise na zona do euro começam a ser questionados
A presidente Dilma Roussef disse nesta
segunda-feira que "fantasmas" da crise econômica internacional "que
pareciam afastados" estão de volta e foram questionados por diversas
derrotas políticas em nações europeias que integram a zona do euro.
Dilma tranquilizou os brasileiros dizendo que o País é "bem sucedido"
pelo fato de crescer e distribuir renda. A presidente citou exemplos de
"grandes dificuldades" sofridas pelas economias desenvolvidas."Hoje
mesmo, mais uma vez, volta a crise da zona do euro e vários fantasmas
que pareciam afastados pelas expansões monetárias bastante
significativas, como fundos colocados nos bancos pelo mundo afora. Todo
esse processo começa a ser questionado politicamente, não só pelo que
aconteceu na França, pelo que aconteceu na Grécia e pelo que aconteceu
na Alemanha", disse ao lançar um programa social voltado à primeira
infância, o Brasil Carinhoso - que irá combater a miséria na primeira
infância (0 a 6 anos).Tanto na França, na Grécia,
quanto na Alemanha, os defensores de medidas de austeridade para
combater a crise perderam adesão com as populações locais. No
fim de semana, o partido de Angela Merkel sofreu "amarga" derrota em
eleição do Estado da Renânia do Norte-Vestfália, crucial para os rumos
políticos da Alemanha. Dilma também se referiu a derrotas políticas como
a do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que não conseguiu a
reeleição.Na Grécia, partidos contrários ao
pacote de ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional
(FMI) se fortaleceram nas urnas e, agora, o país deve ir a novas
eleições parlamentares, uma vez que nenhuma das legendas conseguiu até
agora formar um novo governo. "Nosso País vem
sendo apontado como um País que é muito bem sucedido no fato de
conseguir ao mesmo tempo crescer e distribuir renda. Isso é muito
importante no momento em que estamos vivendo: momento em que economias,
sociedades de países desenvolvidos passam por grandes dificuldades",
avaliou Dilma.
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