Posted: 13 May 2012 06:30 PM PDT
Eberth Vêncio, Revista Bula
“Quando se tem de cara a morte, o ser
humano é capaz de comportamentos os mais extremos, como esmagar a garganta de
um agressor potencial, rir em sinal de desespero, desfalecer, ou tentar parar
as balas com as próprias mãos.
Acostumados ao serviço digno e sujo de
verificar carniças humanas, os peritos criminais bem sabem como são
corriqueiras as mãos destrocadas por projéteis nas vítimas de execução, à
queima roupa, por arma de fogo. Quanta miséria... É muita ingenuidade da vítima
crer na compaixão extemporânea de um facínora ou na eficácia de um escudo tão
vulnerável quanto as próprias mãos, feitas de pele e ossículos.
Dizer o que se oferece dizível, repetir
apenas o repetível, propalar comentários insensatos parece ser uma das normas
àquelas pessoas tomadas pelo trauma psíquico e pela profunda crise existencial.
No jornal que leio há uma entrevista emocionada de um detetive que escapara por
pouco de morrer na queda de um helicóptero. O acidente, contudo, ceifou a vida
de sete dos seus desafortunados companheiros de trabalho.
“Deus me tirou daquela aeronave na noite de
ontem”, ele comemorou com os repórteres, ao justificar que não embarcara com os
demais por conta de “incidentes de última hora”, alguma coisa do tipo “terminar
minha declaração de imposto de renda” ou “deixar o carro da esposa na revisão
na manhã seguinte“.
Baseado nesta assertiva de quem acaba de
escapulir de um mergulho na imensidão do nada, deduz-se que o Mentor do
Universo selecionara, colocara outras tantas pessoas desavisadas no interior daquela
máquina mortífera, por puro capricho, por simples merecimento das vítimas
escolhidas a dedo, ou por meio de um planejamento morticida-ressuscitatório
absolutamente incompreensível à mente humana, para não dizer inaceitável. Ora,
declarações como aquelas são só coisas impensadas que dizemos a esmo, como “eu
te amarei para sempre, até que a morte nos separe”, por exemplo.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Posted: 13 May 2012 05:48 PM PDT
Danilo Macedo, Agência Brasil
“A presidenta Dilma Rousseff acaba de
anunciar na noite deste domingo (13), em seu pronunciamento do Dia das Mães em
cadeia nacional de TV e rádio, o lançamento da Ação Brasil Carinhoso. Segundo a
presidenta, o programa vai tirar da miséria absoluta todas as famílias
brasileiras que tenham crianças com até 6 anos de idade.
“O Brasil Carinhoso faz parte do grande
Programa Brasil sem Miséria, que estamos desenvolvendo com sucesso em todo o
território nacional. Será a mais importante ação de combate à pobreza absoluta
na primeira infância já lançada no nosso país”, disse.
O primeiro eixo do programa, que deve
beneficiar cerca de 4 milhões de famílias, vai garantir uma renda mínima de R$ 70 a cada membro das famílias
extremamente pobres que tenham pelo menos uma criança nessa faixa etária, sendo
um reforço ao Bolsa Família. Os outros dois eixos são o aumento do acessos
dessas crianças à creche e a ampliação da cobertura dos programas de saúde para
elas.
Dilma ressaltou que a principal bandeira do
seu governo é acabar com a miséria absoluta no país e que, historicamente, a
faixa de idade na qual o país tem mais dificuldade em reduzir a pobreza é a de
crianças de até seis anos. Além de estar concentrada entre os jovens, a
presidenta observou que a pobreza absoluta atinge principalmente as regiões
Norte e Nordeste, onde vivem 78% dessas crianças.
“Por essas razões, o Brasil Carinhoso,
mesmo sendo uma ação nacional, vai olhar com a máxima atenção para as crianças
dessas duas regiões mais pobres do país”, destacou Dilma, explicando que, assim
como outros programas do Brasil sem Miséria, será uma parceria do governo
federal com os governos estaduais e municipais.
Em relação ao terceiro eixo do programa
Brasil Carinhoso, Dilma disse que, além de ampliar a cobertura dos dos atuais
programas de saúde, será lançado um amplo programa de controle da anemia e
deficiência de vitamina A e disponibilizado gratuitamente, em unidades de
farmácia popular, remédios contra a asma.
Antes de anunciar o novo programa, Dilma
disse que devia ser a primeira vez que um presidente fazia um pronunciamento no
Dia das Mãe e, no caso, uma presidenta, “que é uma mulher, que é filha, mãe e
avó”. Ela deixou um abraço a todas as mães brasileiras, “em especial às que
mais sofrem”.
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