Por Altamiro Borges
“Frequentemente insinuada na cobertura dos jornais, a
relação amorosa de Rosemary Noronha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva finalmente foi escancarada pela Folha em recente edição: Poder de
assessora vem de relação íntima com Lula, cravou a chamada de primeira página...
Sem usar a palavra ‘amante’, a Folha conta que nas 23 viagens internacionais em
que Rosemary acompanhou Lula a então primeira-dama, Marisa Letícia, nunca
estava presente”, relata Di Franco, como o sadismo dos adeptos do cinturão de cilício.
Em artigo publicado ontem no Estadão, o jornalista Carlos
Alberto Di Franco, um dos fundadores e chefões da seita fascista Opus Dei no
Brasil, reforçou a recente cruzada contra o ex-presidente Lula. Neste esforço,
ele não vacilou em usar argumentos morais, como é típico dos falsos
moralistas. Para ele, que somente neste caso defende o fim da privacidade dos
homens públicos, não dá mais para esconder que Rosemary Noronha, ex-chefe do
gabinete da Presidência da República em São Paulo, era “amante de Lula”.
A seletividade do falso moralista
Para ele, a cobertura moralista da mídia sobre o suposto “caso amoroso”
é plenamente justificável. Na sua seletividade angelical, Di Franco até
justifica o fato da mídia não ter dado a mesma atenção às “escapulidas” de
outros ex-presidentes, principalmente de FHC, que teve um filho fora do
casamento. “A mídia, embora ciente, preservou a privacidade... Não estava em
jogo dinheiro público”, garante o “inocente”, deixando de dizer que a “amante” era repórter
da TV Globo, que sempre teve muito poder sobre FHC e os cofres
públicos.
Para o chefete da hermética seita, Lula deve ter a sua vida totalmente
devassada pela mídia. “Ele prestou – mesmo que não soubesse disso – favores à
quadrilha apadrinhada por Rose... Só isso, e não é pouco, já justificaria a
invasão da privacidade do ex-presidente Lula. A defesa do direito à intimidade
não pode ser usada para impedir a investigação e revelação pela imprensa de
informações de evidente interesse público. O direito à privacidade não pode ser
jamais um escudo protetor”, conclui Di Franco.
Já que está tão preocupado com a transparência, o líder do
Opus Dei poderia revelar como são as práticas medievais e masoquistas da
sua
seita; que são os políticos, juízes e jornalistas que pertencem a esta
prelazia secreta; como se davam os cultos no Palácio dos Bandeirantes
com a
participação do governador Geraldo Alckmin; como esta organização
participou da
conspiração golpista em 1964 no Brasil. Como ele mesmo afirma, “há
informações
da vida privada que revelam inequívoca mistura entre o público e o
privado”.
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