Colunista da revista Veja aponta o dedo para "os que acham que mexer com o chefe supremo é mexer com eles"; por detrás da tentiva de ironia sobressai uma prática do tipo alcaguetagem policial; obsessão contra a popularidade Lula faz Agusto Nunes parecer Lourival Fontes, do DIP
Vindo do colunista, o rol de quase três centenas de nomes é um verdadeiro index, uma lista que se pretende negra. Nenhum democrata tem "um chefe supremo", como ele rotula, assim como qualquer cidadão de bem tem todo o direito de se sentir ofendido ao se ver em companhias de assassinos como o presidente da Síria Bashar Al-Assad ou do traficante Nem, ex-chefão da Rocinha.
É bastante autoritária, por outro lado, a prática de apontar o dedo para pessoas, gesto típico dos alcaguetes. O passo seguinte à deduragem é o exercício da exceção. Uma atitude que remete aos antigos informantes a serviço dos censores e delegados que fizeram no Brasil, desde os tempos do Departamento de Imprensa e Propaganda (Dip), de Lourival Fontes, suas próprias listas de gente com direitos e gente sem direitos, os nossos e os deles, os que podem e os que não podem.
Seria risível ler os denunciados por Augusto Nunes, não fosse a tristeza de ver ele próprio, mais uma vez, tal qual um subserviente agente de polícia política.
Confira a lista completa no texto de Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania.
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