http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
A jornalista Mônica Bergamo publica hoje quatro notinhas
tenebrosas na “Ilustrada” da Folha:
*****
Vela apagada
Réus do mensalão já se preparam para passar o Natal na
cadeia. Acreditam que o STF (Supremo Tribunal Federal) pode acatar pedido do
Ministério Público e determinar a prisão dos condenados.
Vela 2
Advogados dos acusados já disseram a alguns deles que o STF pode fatiar a publicação dos acórdãos, com os textos finais das decisões, a exemplo do que fez com o próprio julgamento.
Divisão
Nem todos os ministros do Supremo concordam com a ideia de
prisão imediata dos réus. Preferem esperar a finalização do julgamento, com a
determinação da pena de todos os envolvidos no escândalo.
Lenço
José Dirceu "repreende" amigos e familiares que ligam para ele chorando por causa da perspectiva próxima de sua prisão. Diz que estabelecerá uma rotina na cela, fazendo exercícios e estudando, e que está preparado para o pior.
*****
Gosto de sangue na boca!
A repórter não cita suas fontes, mas indica que os
condenados no julgamento do chamado “mensalão do PT” poderão ser presos ainda
antes das festas do final do ano. Pode ser mera especulação, tão comum no
jornalismo. Mas ela não é totalmente descabida. Afinal, os ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) estão com gosto de sangue na boca. Eles viraram celebridades
neste show midiático e querem colher os frutos das suas interpretações. Joaquim
Barbosa, o relator do processo, é o mais excitado de todos.
Na semana passada, num gesto intempestivo e demagógico, ele
solicitou a apreensão dos passaportes dos réus no processo – antes mesmo do
julgamento ter sido concluído. Ele também fez questão de dizer que é contra
qualquer prisão especial para os condenados e que eles deverão ser enjaulados
em celas comuns. Nesta semana, num nítido desrespeito ao Poder Legislativo, Joaquim
Barbosa ainda tentou colocar em votação se cabe ao STF definir a perda do
mandado dos parlamentares condenados.
Julgamento ou linchamento politico?
A medida afetaria os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro
Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). E também poderia ser aplicada
contra o petista José Genoino, caso ele assuma uma vaga na Câmara Federal em
janeiro. A proposta, porém, não prosperou e gerou novo bate-boca entre o relator
e o revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski. Ela somente não foi a votação
porque outros ministros argumentaram que o tema era complexo e não poderia ser resolvido
de forma atabalhoada.
Diante destes graves fatos, não causaria surpresa se os
condenados passassem o Natal na cadeia. A mídia demotucana, que hoje bajula os
ministros, teria material farto para a sua escandalização da política. Dane-se
que existam mais de 40 recursos e que, pelas regras do STF, somente após o
julgamento destes é que as decisões condenatórias, se confirmadas, passam a ser
definitivas – seguindo-se, então, a fase da execução das penas. O julgamento é
político e visa apenas promover o linchamento da esquerda. O resto é detalhe!
Nenhum comentário:
Postar um comentário