O Jornal Nacional de ontem, só mostrou o lado ruim da síntese dos Indicadores Sociais do IBGE O lado bom, disparado o melhor dos últimos tempos foi omitido. Que Jornalismo é este? Deve ser a sindrome da parabólica também conhecida como virus Rubens Ricúpero que ataca mais uma vez o Jornal Nacional: "O que é ruim a gente esconde o que é bom a gente divulga."
Contra governo petista a coisa funciona ao contrário:
"O que é bom a gente esconde o que é ruim a gente divulga."
Síntese de Indicadores Sociais – Fonte IBGE
Contra governo petista a coisa funciona ao contrário:
"O que é bom a gente esconde o que é ruim a gente divulga."
Síntese de Indicadores Sociais – Fonte IBGE
Base: Ano de 2012
SIS 2012: acesso de jovens
pretos e pardos à universidade triplicou em dez anos
A Síntese de Indicadores Sociais
(SIS) 2012 mostra melhoria na educação, na década 2001-2011, especialmente na educação
infantil (0 a 5 anos), onde o percentual de crianças cresceu de 25,8% para
40,7%. Dentre as mulheres com filhos de 0 a 3 anos de idade na creche, 71,7%
estavam ocupadas. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, 83,7% frequentavam a
rede de ensino, em 2011, mas apenas 51,6% estavam na série adequada para a
idade. Já a proporção de jovens estudantes (18 a 24 anos) que cursavam o nível
superior cresceu de 27,0% para 51,3%, entre 2001-2011, sendo que, entre os
estudantes pretos ou pardos nessa faixa etária, a proporção cresceu de 10,2%
para 35,8%.
A SIS revela que as
desigualdades reduziram-se, na década 2001-2011, em razão da valorização do
salário mínimo, do crescimento econômico e dos programas de transferência de
renda (como Bolsa Família). O índice de Gini (mede a distribuição de renda)
passou de 0,559, em 2004, para 0,508, em 2011.
Em relação ao trabalho, entre
2001 e 2011, a Síntese constatou um crescimento da proporção de pessoas de 16
anos ou mais de idade ocupadas em trabalhos formais (de 45,3% para 56,0%),
embora se mantivessem na informalidade 44,2 milhões de pessoas, em 2011. O
rendimento médio no trabalho principal teve um aumento real de 16,5%, nesse
período, sendo que mulheres (22,3%) e trabalhadores informais (21,2%) tiveram
os maiores ganhos reais. No entanto, o rendimento das pessoas ocupadas pretas
ou pardas equivalia, em 2011, a 60% do rendimento dos brancos. A SIS aponta,
também, que em 2011 o tempo médio semanal dedicado pelas mulheres em afazeres
domésticos era 2,5 vezes maior do que o dos homens.
Quanto aos indicadores
demográficos, em 2011, a taxa de fecundidade era de 1,95 filhos por mulher,
variando de acordo com a escolaridade (de 3,07 para mulheres com até 7 anos de
estudo, para 1,69, para aquelas com 8 anos ou mais de estudo). Na década, a
população idosa de 60 anos ou mais de idade cresceu a uma taxa anual de 3,7%,
enquanto a população total cresceu a 1,2% ao ano.
A SIS 2012 inovou, ainda, ao
tratar da proteção social e direitos humanos, abordando questões como a
violência contra a mulher, entre outras. Verificou-se que, em mais da metade
dos 75 mil registros de violência contra a mulher, elas acreditavam que havia
risco de morte.
Esses são alguns dos destaques
do estudo Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da
população brasileira 2012, que tem como fonte principal de informações a PNAD
2011, outras pesquisas do IBGE, e que traz avanços na utilização e análise de
registros administrativos de órgãos federais.
Em 2011, 51,6% dos adolescentes
de 15 a 17 anos frequentavam o ensino médio
A análise dos dados da
PNAD 2011 indica um crescimento do sistema educacional brasileiro na última
década, especialmente em relação à educação infantil. A taxa de escolarização
das crianças de 0 a 5 anos passou de 25,8%, em 2001, para 40,7%, em 2011. A
escolarização de crianças de 6 a 14 anos está praticamente universalizada,
alcançando 98,2% em 2011.
Os adolescentes de 15 a 17
anos apresentaram uma taxa de escolarização de 83,7%, percentual um pouco maior
se comparado a 2001 (81%). Porém, em 2011, apenas 51,6% desses jovens estavam
na série adequada, resultado mais favorável ao alcançado em 2001, onde somente
36,9% nesta faixa etária estavam no ensino médio, o que revela ainda uma alta
defasagem idade-série. O avanço na taxa de frequência desses jovens ao ensino
médio foi ainda mais significativo para aqueles que pertencem às famílias com
menores rendimentos (de 13,0%, em 2001, para 36,8%, em 2011) e entre os pretos
e pardos (de 24,4% para 45,3%).
Frequência de jovens estudantes
pretos e pardos nas universidades triplicou em dez anos
A proporção de jovens
estudantes de 18 a 24 anos que cursavam o nível superior cresceu de 27,0%, em
2001, para 51,3%, em 2011. Observou-se uma queda expressiva na proporção dos
que ainda estavam no ensino fundamental, passando de 21% em 2001 para 8,1% em
2011. Jovens estudantes pretos e pardos aumentaram a frequência no ensino
superior (de 10,2%, em 2001, para 35,8%, em 2011), porém, com um percentual
muito aquém da proporção apresentada pelos jovens brancos (de 39,6%, em 2001,
para 65,7% em 2011).
Síntese de Indicadores Sociais
aponta redução da desigualdade na década 2001-2011
A SIS 2012 detectou uma
diminuição da desigualdade na década de 2000, medida por diversos indicadores e
aspectos. Verificou-se que o coeficiente de Gini (índice que mede a
distribuição da renda, de forma que quanto mais próximo de 1 maior a
desigualdade) passou de 0,559, em 2004, para 0,508, em 2011. Entre 2001 e 2011,
os 20% mais ricos da população diminuíram sua participação de 63,7% para 57,7%,
enquanto os 20% mais pobres aumentaram, passando de 2,6% para 3,5% do total de
rendimentos. Nesse período, a razão entre a renda familiar per capita dos 20%
mais ricos em relação aos 20% mais pobres caiu de cerca de 24 para 16,5 vezes.
Apesar da evolução, a desigualdade persiste, pois os 20% mais ricos ainda detêm
quase 60% da renda total, em contrapartida ao pouco mais de 11% detidos pelos
40% mais pobres.
A expansão de programas de
transferência de renda, como Bolsa Família, resultou em um aumento no item
“outras fontes de rendimento” para famílias com baixos rendimentos. Para
famílias com renda familiar per capita de até ¼ de salário mínimo (6,7% das
famílias) e entre ¼ e ½ salário mínimo (14,1% das famílias), as outras fontes
de renda passam de 5,3% a 31,5% e de 3,1% a 11,5%, respectivamente, entre 2001
e 2011. Isso ocorreu em um cenário de crescimento do rendimento médio do
trabalho para esses grupos. Para o grupo de até ¼ de salário mínimo, o
rendimento médio de todos os trabalhos cresceu, em valores reais, de R$ 273
para R$ 285, no período, enquanto para os que estão na faixa entre ¼ e ½ salário
mínimo, cresceu de R$ 461 para R$ 524. Em relação à cor ou raça, no 1% mais
rico, em 2001, pretos ou pardos representavam apenas 9,3%, percentual que passa
a 16,3%, em 2011. É, ainda, uma participação distante do total de pretos ou
pardos na população, um pouco acima de 50%.
Os domicílios nas faixas
de até ½ salário mínimo de rendimento possuem algumas características que podem
servir de indicativo de vulnerabilidade: têm média superior a quatro moradores,
presença mais significativa de crianças pequenas e muitos deles são chefiados
por mulher sem cônjuge, com filhos menores de 14 anos (arranjo familiar
predominante em 27,0% dos domicílios com rendimento per capita de até ¼ do
salário mínimo.
Formalização no mercado de
trabalho cresce entre mulheres e jovens na década
Entre 2001 e 2011, a
proporção de pessoas de 16 anos ou mais de idade, ocupadas em trabalhos
formais, aumentou de 45,3% para 56,0%. Entre as mulheres, a formalidade cresceu
de 43,2% para 54,8%. Entretanto, o país registra, ainda, um contingente
significativo de mão de obra em trabalhos informais: 44,2 milhões de pessoas. A
informalidade é uma característica da população idosa com 60 anos ou mais
(71,7%) e da população jovem de 16 a 24 anos (46,5%). Ressalta-se, porém, que
os jovens de 16 a 24 anos foram os que mais aumentaram o grau de formalização
no mercado de trabalho, principalmente entre 2006 e 2011 (de 40,8% para 53,5%).
A população mais escolarizada tendia a estar inserida em trabalhos mais
formalizados. Em 2011, a média de anos de estudo da população em trabalhos
formais era de 9,2 anos para os homens e de 10,7 anos para as mulheres. Nos
trabalhos informais, essa média era 6,1 e 7,3 anos, respectivamente.
Rendimento médio do trabalho
teve aumento real de 16,5% na década
O rendimento médio no
trabalho principal das pessoas de 16 anos ou mais de idade ocupadas teve um
aumento real de 16,5%, entre 2001 e 2011. As mulheres e os trabalhadores
informais tiveram os maiores ganhos reais (22,3% e 21,2%, respectivamente).
A desigualdade de
rendimentos entre homens e mulheres apresentou redução, mas ainda persiste. Em
2001, elas recebiam o equivalente a 69% do rendimento dos homens, passando para
73,3% em 2011. Destaca-se que, entre as pessoas com 12 anos ou mais de estudo,
essa desigualdade era maior: em 2011, o rendimento feminino equivalia a 59,2%
do rendimento masculino (em 2001, esse percentual era de 52,6%).
A desigualdade por cor ou
raça também diminuiu no período. O rendimento médio das pessoas ocupadas pretas
ou pardas com 16 anos ou mais de idade equivalia a 60% do rendimento médio da
população branca, em 2011. Em 2001, essa proporção era de 50,5%. Assim como
observado para as mulheres, essa desigualdade era maior entre as pessoas com 12
anos ou mais de estudo, sendo que, entre 2006 e 2011, essa proporção caiu de
68,6% para 67,2% (em 2001 era 66,7%).
Mulheres gastam 2,5 vezes mais
tempo com afazeres domésticos do que homens
A jornada de trabalho
semanal dos homens era, em média, 6,3 horas maior que a jornada feminina. Nos
trabalhos formais, a jornada dos homens foi 44,0 horas semanais, versus 40,3 horas para as mulheres.
Nos trabalhos informais, essa diferença era ainda maior: 9,4 horas, sendo 40,5
horas para os homens e 31,2 horas para as mulheres. Porém, quando se considera
o tempo dedicado aos afazeres domésticos, a jornada média semanal das mulheres
(de 16 anos ou mais de idade) é 2,5 vezes maior que a dos homens na mesma
faixa. Em 2011, as mulheres dedicavam 27,7 horas a afazeres domésticos,
enquanto os homens destinavam 11,2 horas. Com isso, a jornada total de trabalho
para as mulheres em 2011 era de 58,5 horas por semana e, para os homens, era de
52,7 horas por semana.
71,7% das mães com todos os
filhos entre 0 e 3 anos na creche estão ocupadas
Um aspecto que interfere
na inserção das mulheres no mercado de trabalho é a presença de filhos. Dentre
as mulheres com filhos de 0 a 3 anos de idade que frequentam creche, 71,7%
estavam ocupadas. A participação das mulheres no mercado de trabalho é bastante
reduzida quando nenhum filho frequentava creche ou algum não frequentava (43,9%
e 43,4%, respectivamente). Vale ressaltar que essa relação praticamente não se
alterou desde o início da década: em 2001, o percentual era de 70,1% quando
todos os filhos estavam na creche, 41,2% quando nenhum filho frequentava
creche, e 44,3% quando algum filho frequentava.
Cresceu percentual de pessoas
que levam mais de 30 min. para chegar ao trabalho
Embora 65,8% da população
ocupada levasse até 30 minutos para chegar ao trabalho, houve um aumento no
percentual de pessoas que enfrentam um deslocamento superior a 30 minutos,
passando de 32,7% em 2001 para 35,2% em 2011 entre os homens, e de 27,9% para
32,6% entre as mulheres. Além dos homens, pretos e pardos demoravam mais no
trajeto residência-local de trabalho: 36,6% levavam mais de 30 minutos nesse
trajeto, versus 31,8% dos brancos.
42,3% das pessoas que moram
sozinhas têm 60 anos ou mais
O número de famílias, em
2011, era de 64,3 milhões, com uma média de 3 pessoas por família. A queda da
fecundidade e o envelhecimento da população contribuíram para elevar de 9,2%,
em 2001, para 12,4%, em 2011, o percentual de pessoas que viviam sozinhas
(arranjos unipessoais), com variação de 8,0% das famílias, no Amazonas, a
17,1%, no Rio de Janeiro. Mais da metade (51,2%) das pessoas que viviam
sozinhas eram mulheres e 42,3% eram pessoas de 60 anos ou mais.
Na década 2001-2011, houve
redução de 53,3% para 46,3% no percentual de casais com filhos, e aumento dos
casais sem filhos (13,8% para 18,5%). A PNAD 2011 mostrou, também, uma ligeira
redução (17,8% para 16,4%) nas famílias formadas por mulher sem cônjuge com
filhos (monoparentais femininas).
Entre 2001 e 2011, houve
um aumento de 18,8% para 21,7% na proporção de casais sem filhos, em que a
mulher nunca teve filhos nascidos vivos e ambos os cônjuges tinham rendimento -
conhecidos como DINC (Double Income
and No Children) -, com o seguinte perfil: 42% das pessoas
responsáveis por essas famílias tinham entre 24 e 34 anos de idade e o
rendimento médio domiciliar per capita era em torno de 3,2 salários mínimos. No
Sudeste, representavam 25% dos casais sem filhos.
Quase metade das famílias que
dividem o domicílio alegam motivo financeiro
Em 2011, 95,6% dos
domicílios eram ocupados por apenas um núcleo familiar, enquanto 4,4% por dois
ou mais núcleos, sendo esse percentual maior nas regiões Norte (7,4%) e
Nordeste (5,5%) e menor no Sudeste (3,2%). Em quase metade dos domicílios, o
motivo para a convivência no mesmo domicílio foi “financeiro” (49,2%), seguido
por “vontade própria” (41,2%). Em alguns estados, como Acre (56,6%), Tocantins
(51,9%), Santa Catarina (45,9%) e Mato Grosso (60,2%), o motivo “vontade
própria” era maior que o “financeiro”.
Entre 2001 e 2011, houve
aumento da proporção de mulheres responsáveis pelas famílias de casal sem
filhos (de 4,5% para 18,3%) e nas de casais com filhos (de 3,4% para 18,4%). No
caso da responsabilidade masculina, a proporção de casais nos quais a mulher
cônjuge tinha rendimento igual ou superior ao do chefe homem era de apenas
25,5%, enquanto no caso do homem ser o cônjuge na chefia feminina, o percentual
era 77,5%.
No Piauí, apenas 7,7% dos
domicílios tinham esgotamento sanitário adequado
Em 2011, 69,4% dos
domicílios urbanos brasileiros declararam ter acesso simultâneo aos serviços de
saneamento (abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por
rede geral e coleta direta do lixo), frente a 67,1% em 2001. Para os domicílios
urbanos com rendimento médio de até ½ salário mínimo per capita, 50,1% tinham
saneamento adequado, em 2011, frente a 42,3%, em 2001.
No conjunto do país, dos
30,6% domicílios urbanos que não tinham acesso aos quatro componentes
simultaneamente, 93,0% revelaram ausência de esgotamento sanitário. No Amapá,
que apresentava o maior percentual de domicílios sem acesso simultâneo aos
serviços (95,9%), 44,7% deles não tinham abastecimento de água, em 96,8% destes
não havia esgotamento sanitário adequado e 2,6% não tinham acesso ao serviço de
coleta de lixo. No Piauí, entre 92,3% dos domicílios sem saneamento adequado, o
esgotamento sanitário estava ausente em 99,4% destes domicílios.
Em 2011, para os 52,8
milhões de domicílios urbanos, verificou-se que 31% contavam com acesso
simultâneo a energia elétrica, TV em cores, DVD, maquina de lavar, computador e
acesso à internet. Entre os domicílios sem acesso simultâneo aos itens acima,
os que não tinham computador e acesso à Internet eram 84,9%. Para os 9 milhões
de domicílios urbanos com renda domiciliar per capita de até ½ salário mínimo,
o acesso a esses bens e serviços era mais restrito: apenas 7,3% tinham acesso
simultaneamente à energia elétrica, TV em cores, DVD, maquina de lavar,
computador e à Internet. Para esses domicílios, a ausência de computador e
acesso Internet chegava a 92,2%.
4,8 milhões de crianças moram
em domicílios sem saneamento básico
Nos indicadores de saúde,
vê-se que, em 2011, 48,5% das crianças com até 14 anos de idade (21,9 milhões)
residiam em domicílios sem saneamento adequado (ou não havia abastecimento de
água por meio de rede geral, ou o esgotamento sanitário não se dava via rede
geral ou fossa séptica ligada à rede coletora, ou o lixo não era coletado).
Cerca de 4,8 milhões de crianças (10,7%) estavam seriamente expostas a riscos
de doenças, pois moravam em domicílios onde os três serviços eram inadequados:
17,2% no Nordeste e 3,7% no Sudeste.
Segundo dados do
Ministério da Saúde, as causas externas eram a principal causa de morte da
população com menos de 30 anos de idade: nos grupos entre 10 e 19 anos e entre
20 e 29 anos, foram responsáveis por cerca de 70,0% dos óbitos registrados em
2009.
Índice de envelhecimento no
Brasil cresce de 31,7, em 2001, para 51,8 em 2011
A razão de sexo – número
de pessoas do sexo masculino para cada 100 pessoas do sexo feminino – no Brasil
foi de 94,3 (103,8 no grupo de 0 a 19 anos e 79,5 na faixa dos 60 anos ou
mais). Quanto à razão de dependência total – número de pessoas economicamente
dependentes (menores de 15 anos ou com 60 anos ou mais) para cada 100 pessoas
potencialmente ativas (entre 15 e 59 anos) –, diminuiu de 60,3 (2001) para 54,6
(2011). O índice de envelhecimento (relação entre idosos de 60 anos ou mais e
crianças de até 15 anos) no Brasil cresceu de 31,7, em 2001, para 51,8, em
2011, aproximando-se bastante do indicador mundial (48,2). No Brasil, merece
destaque a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em que este indicador foi de
80,2.
Em dez anos, o número de
idosos com 60 anos ou mais passou de 15,5 milhões (2001) para 23,5 milhões de
pessoas (2011). A participação relativa deste grupo na estrutura etária
populacional aumentou de 9,0% para 12,1%, no período, enquanto a de idosos com
80 anos ou mais chegava a 1,7% da população, em 2011.
A maior parte da população
idosa é composta por mulheres (55,7%). Outras características marcantes: forte
presença em áreas urbanas (84,1%); maioria branca (55,0%); inserção no
domicílio como a pessoa de referência (63,7%); 4,4 anos de estudo em média (32%
com menos de um ano de estudo); a grande maioria (76,8%) recebe algum benefício
da Previdência Social; 48,1% têm rendimento de todas as fontes igual ou
superior a um salário mínimo, enquanto cerca de um em cada quatro idosos
residia em domicílios com rendimento mensal per capita inferior a um salário mínimo.
Perto de 3,4 milhões de
idosos de 60 anos ou mais (14,4%) viviam sozinhos; 30,7% viviam com os filhos
(todos com mais de 25 anos de idade, com ou sem presença de outro parente ou
agregado). Assim, 85,6% dos idosos viviam em arranjos em que havia presença de
outra pessoa com alguma relação de parentesco.
Na distribuição do
rendimento mensal familiar per capita,
os idosos tinham uma situação relativamente melhor do que o grupo de crianças,
adolescentes e jovens: enquanto 53,6% das pessoas de menos de 25 anos estavam
nos dois primeiros quintos da distribuição de renda, apenas 17,9% idosos de 60
anos ou mais de idade encontravam-se nesta situação.
Fecundidade é maior quanto
menor é a escolaridade da mulher
A taxa de fecundidade
total (número médio de filhos nascidos vivos que uma mulher teria ao fim de seu
período reprodutivo) encontra-se em processo de redução bastante acentuado,
ficando, em 2011, em 1,95 filho por mulher, sendo inferior, inclusive, ao nível
de reposição da população (2,1 filhos por mulher). A taxa entre as mulheres brancas
era de 1,63 filhos por mulher, enquanto, entre as pretas ou pardas, era de
2,15.
As mulheres com menor
nível de escolaridade – até 7 anos de estudo - apresentaram taxa de fecundidade
total de 3,07 filhos, enquanto, para aquelas com 8 anos ou mais de estudo a
taxa foi substancialmente mais baixa, de 1,69 filho por mulher. Na região
Norte, a fecundidade de mulheres com até 7 anos de estudo (3,97 filhos) era
praticamente o dobro daquela verificada para mulheres com 8 anos ou mais de
estudo (2,01 filhos por mulher), em 2011.
Em 2/3 dos casos de violência
contra a mulher, os filhos presenciaram as agressões
A SIS 2012 tratou, pela
primeira vez, da proteção social e direitos humanos, abordando questões como a
violência contra a mulher, a representatividade feminina nas instâncias
políticas, condições precárias de trabalho, entre outras, com dados de diversos
órgãos do Governo Federal, além das pesquisas do IBGE.
Em 2011, a Central de
Atendimento à Mulher (Ligue 180), da Secretaria de Políticas para as Mulheres -
SPM, registrou 75 mil relatos de violência contra a mulher. Destes, cerca de
60% foram de violência física, 24% violência psicológica e 11% de violência
moral. Na maioria dos casos, o agressor era o companheiro(a), cônjuge ou
namorado(a) (74,6%); a mulher relacionava-se com o agressor há 10 anos ou mais
(40,6%); a violência ocorria desde o início da relação (38,9%) e sua frequência
era diária (58,6%). Em 52,9% dos casos, as mulheres percebiam risco de morte
(e, em 2/3 das situações, os filhos presenciavam a violência (66,1%).
Mulheres ainda são
sub-representadas nas instâncias políticas brasileiras
O Brasil ocupa, em 2012, a
116ª posição na classificação mundial sobre a participação política das
mulheres nos Parlamentos, em um ranking de 143 países, de acordo com a União
Interparlamentar. Ruanda, Andorra, Cuba, Suécia, Seychelles, Finlândia, África
do Sul, Países Baixos e Nicarágua possuem as maiores proporções, em
participações, que variam entre 56,3% e 40,2%. No Brasil, é inferior a 9%.
O Brasil elegeu, em 2010,
sua primeira Presidenta da República e passou a integrar o grupo de 15 países
nos quais uma mulher era chefe de Estado ou de Governo. Mas isso pouco
contribuiu para o aumento da participação feminina no legislativo. Em 2006,
foram 45 deputadas federais (8,8%) eleitas entre 628 candidatas. Em 2010, o
total de mulheres eleitas para Câmara permaneceu 45, mesmo com o aumento de
mais de 300 candidatas para o cargo. O Senado Federal é a instância na qual a
participação feminina é mais efetiva: as mulheres detêm 14,8% das cadeiras,
igual à proporção de 2006.
MTE encontrou 2,6 mil
trabalhadores em condição análoga à de escravo em 2010
Não há informações
estatísticas sobre trabalho forçado no Brasil, mas uma aproximação pode ser
obtida a partir de dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em 2010,
foram 143 operações em todo Brasil, em 309 estabelecimentos, nas quais 2.628
trabalhadores foram encontrados em situação análoga à de escravos (trabalho
forçado, servidão por dívida, jornada exaustiva e/ou trabalho degradante). São
os chamados trabalhadores resgatados. Além disso, 2.745 trabalhadores tiveram
seus contratos de trabalho formalizados no curso da ação fiscal e passaram a
ter carteira de trabalho assinada após as operações de fiscalização. O maior
número de operações se deu no Pará, onde mais de 500 trabalhadores foram
resgatados. Em Minas Gerais, embora o número de operações tenha sido quase a
metade das ocorridas no Pará, o número de resgatados foi bem próximo (511),
seguido de Goiás e Santa Catarina, respectivamente, com 343 e 253 trabalhadores
resgatados.
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