Área
Territorial Brasileira - Fonte IBGE
Base: Ano de 2010
IBGE apresenta nova área territorial brasileira: 8.515.767,049 km²
O Brasil tem uma nova medida de
superfície: 8.515.767,049 km², o que significa um incremento de 0,01% sobre o
valor da última publicação da área territorial brasileira, em 2002
(8.514.876,599 km², segundo a estrutura político-administrativa vigente em
01/01/2001). A nova medida de superfície representa ainda um incremento (de
0,001%) em relação ao valor publicado na Sinopse do Censo Demográfico de 2010
(8.515.692,272 km²), correspondente à Base Territorial preparada para
realização do Censo Demográfico de 2010, constituída por 316.514 setores
censitários, elaborada de forma a integrar a representação espacial das áreas
urbanas e rurais do território nacional em um ambiente de Banco de Dados
Geoespaciais.
O redimensionamento é próprio da
evolução da tecnologia para mensuração e da dinâmica da Divisão Territorial
Brasileira, que implica atualização periódica dos valores das áreas estaduais e
municipais e reflete eventuais alterações nos limites político-administrativos.
Tais alterações podem ser de natureza legal ou judicial ou decorrentes de:
ajustes e refinamentos cartográficos; alterações comunicadas, no âmbito dos
convênios que o IBGE mantém com órgãos estaduais responsáveis pela divisão
política administrativa; e utilização continuada de melhores técnicas e insumos
de produção.
Alterações na superfície do
Brasil incluem incorporação de ilhas na Bahia
Destacam-se as seguintes
alterações na publicação atual da superfície territorial brasileira: a área do
estado da Bahia passou a incorporar os valores das áreas insulares do
Arquipélago de Abrolhos, subordinado ao município de Caravelas; a área do
estado de Santa Catarina passou a incorporar os valores de área referentes às
águas internas da Baía Sul e Baía Norte, entre o continente e a Ilha de Santa
Catarina, conforme a Lei nº 13.993 de 20/03/2007, que revogou a Lei nº 11.340
de 08/01/2000; os valores de área dos estados do Ceará, de Pernambuco e da
Paraíba foram ajustados em conformidade com os limites descritos no Atlas de
Limite (CNG, 1940), documento de referência para todos os limites
interestaduais do Brasil; os valores de área dos estados de Alagoas e de
Pernambuco foram ajustados em conformidade com o estabelecido pelo Decreto-Lei
Nº 9.578, de 13 de agosto de 1946; os valores de área dos estados do Acre e do
Amazonas correspondem aos obtidos a partir do Acórdão do Supremo Tribunal
Federal de 04/12/1996, em consonância com a Resolução do Presidente do IBGE nº
02, publicada em 12 de maio de 2008; os valores de área dos estados do
Tocantins e da Bahia obedecem à decisão do Supremo Tribunal Federal nos autos
da Medida Cautelar em Ação Cautelar nº 733. Em relação a Tocantins, a adoção
destes limites será utilizada até o julgamento final pelo Supremo Tribunal
Federal das Ações Cíveis Originárias números nos 347 e 652.
Observa-se que, tal como
na publicação anterior, no estado do Rio Grande do Sul foram computadas as
áreas referentes à Lagoa dos Patos (10.152,408 km²) e à Lagoa Mirim (2.811,54
km²), de acordo com a Constituição Estadual de 1988.
SIRGAS traz maior precisão a
cálculos e mapas
No reprocessamento da área
territorial do Brasil, em relação aos valores oficiais de 2002, foi adotado o
Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS2000), cuja principal
vantagem, em relação aos demais sistemas de referência utilizados, está no uso
direto da tecnologia de GPS (Global
Positioning System – Sistema Global de Referenciamento), importante
ferramenta para a atualização de mapas, além de outros usos como o controle de
frota de empresas transportadoras e navegação aérea, marítima e terrestre, em
tempo real. O SIRGAS2000 permite maior precisão no mapeamento do território
brasileiro e na demarcação de suas fronteiras. Além disso, a adoção desse novo
sistema pela América Latina contribuirá para o fim de uma série de problemas
originados na discrepância entre as coordenadas geográficas apresentadas pelo
sistema GPS e aquelas encontradas nos mapas utilizados atualmente no
continente.
Na Carta do Império, país tinha
menos 178 mil km2
A primeira estimativa
oficial para a extensão superficial do território brasileiro data de 1889, com
o valor de 8.337.218 km2 obtido a partir de medições e cálculos
efetuados sobre as folhas básicas da Carta do Império do Brasil, publicada em
1883.
Com a promulgação do
Decreto-Lei nº 237, de 02/02/1938, esta passou a ser uma atribuição do IBGE –
através do Conselho Nacional de Geografia –, nos termos do Artigo 9º, letra a,
“... a revisão da área do Brasil, do seu parcelamento segundo as unidades
federadas e dos municípios...”.
Desde então, outros
cálculos foram processados, utilizando a melhor qualidade da documentação
cartográfica de apoio, em especial a publicação e atualização da Carta do
Brasil ao Milionésimo em edições sucessivas.
No início da década de
1950, as áreas do Brasil, dos estados e dos municípios passaram a ser revisadas
em base decenal, com adoção de processos mais rigorosos.
Arquivos
oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
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