"Apenas fui condenado pelo crime errado, como, certamente, ficará provado com a garantia do direito ao duplo grau de jurisdição", disse o deputado durante a entrevista. Valdemar era líder da bancada do PL (depois PR) na Câmara dos Deputados à época do escândalo e foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. De acordo com a Procuradoria Geral da República, teria recebido R$ 8,8 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal.
O deputado disse nesta terça-feira que reconhece seus erros, mas defende que todo cidadão tem o direito ao reexame de eventual condenação. "Tal dispositivo, previsto pelas Cortes Internacionais, é uma garantia que resguarda os direitos individuais e o princípio da ampla defesa no mundo civilizado", disse durante discurso. O parlamentar destacou ainda que não aceitaria a delação premiada.
Questionado se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu sabiam do esquema, Valdemar negou. “Logo depois da posse, o Lula e o Dirceu nunca mais tocaram no assunto de dinheiro de campanha. Era tudo com o Delúbio”, disse.
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