Depois de patinar durante 24 horas
sem achar o rumo, o dispositivo midiático conservador tenta transformar o
desastre ferroviário que foi a derrota em SP "numa onda oposicionista
que mudou a cara do poder no Brasil", conforme a esforçada manchete da
Folha desta 3ª feira.
(Carta Maior; 3ª feira/30/10/2012)
A manchete inclui a marca do jornalismo Folha, cada vez mais ancorado em
'pegadinhas' à altura dos petizes que brincam nesse taquinho de areia
tucano. Desta vez, o jornal induz o leitor ao erro de considerar
'oposicionista' como de oposição ao governo federal e ao PT. Na verdade,
trata-se de grosseira manipulação de reviravoltas locais em que
oposições venceram prefeitos e seus candidatos.
Aos fatos: a) o PT foi o partido que fez o maior número de prefeitos
(15) em cidades grandes, com 200 mil a um milhão de habitantes; b) o PT
vai governar 25% do eleitorado nesse segmento; c) juntos, os partidos da
base federal, PMDB, PSB e PDT, fizeram outros 20 prefeitos nessa
categoria das grandes cidades; d) vão governar 26% desse eleitorado.
Os petizes da Folha & associados dedicam-se ainda a cambalhotas
mentais para induzir o leitor a 'enxergar' como foi horrível o
desempenho do partido, 'se excluirmos', dizem eles, a 'vitória isolada'
em SP. Em eleições anteriores, o esforço era para decepar o Nordeste
'atrasado' do mapa da crescente hegemonia do PT. Agora, é a vez de
seccionar a própria jugular paulistana, que reúne 6% da demografia
nacional e 11% do PIB.
(Carta Maior; 3ª feira/30/10/2012)
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