Comecemos assim. Insustentável é a situação de uma sociedade quando a
riqueza é distribuída abjetamente. Nestes casos, no comando está um governo de
ricos, por ricos e para ricos.
Insustentável porque uma hora os excluídos se insurgem. O melhor exemplo histórico foi a França sob Luís 16. Nem sempre o desfecho é tão dramático assim, mas jamais as coisas permanecem como antes.
A Venezuela, pré-Chavez, era socialmente insustentável. Era um dos campeões mundiais em desigualdade. Uma elite reduzida vivia como se estivesse em Nova York. A imensa maioria dos venezuelanos vivia como se estivesse na Nigéria.
Só a elite imaginava que isso poderia durar muito tempo. Hugo Chávez é fruto de uma iniquidade sem limites. Os pobres venezuelanos o amam porque Chávez os colocou no mapa. Deu a eles atenção, deu a eles programas sociais que efetivamente melhoraram sua vida. Como o povo vota em quem o defende, Chávez se reelegeu mais uma vez.
Se a elite venezuelana tivesse promovido uma sociedade mais justa quando esteve no poder, Chávez provavelmente não existiria. Mas a elite venezuelana sempre esteve mais preocupada em fazer compras nos Estados Unidos do que em pensar em coisas como justiça social.
Chávez em campanha
A força de Chávez deriva do povo. Um golpe de estado em 2002 tirou-o do poder por não mais que dois dias. Chávez voltou porque o povo exigiu. Sempre que foi testado nas urnas, ele bateu os adversários com facilidade.
Há, no Brasil, uma propaganda feroz na grande imprensa contra Chávez, mas isso é porque Chávez não representa os interesses que comovem as grandes corporações jornalísticas brasileiras. Não li em nenhuma publicação brasileira que, depois de vários anos no poder, sua popularidade entre os venezuelanos é de 62%, o mesmo nível do de Dilma. Ele é sistematicamente ridicularizado e insultado no Brasil por colunistas e editorialistas que defenderiam a nobreza francesa em 1789 e tratariam como bufões Danton e Robespierre.
Nos confrontos entre Chávez e a mídia venezuelana, não é difícil ver quem está do lado dos desvalidos e quem está do lado dos privilegiados.
Do ponto de vista de política externa, Chávez foi uma das primeiras vozes a se erguer contra os crimes de guerra dos Estados Unidos nos países árabes. Chamou, com inteira razão, George W Bush de satã ou coisa parecida.
Para ricos que temem que o chavismo avance para outros países, entre os quais o Brasil, a lição é clara: para evitar isso, basta abrir mão de parte dos privilégios. Chávez não faria sucesso na Dinamarca, ou na Noruega. Mas em países iníquos sim.
Quanto menos injusto socialmente o Brasil for, menores as chances de o chavismo se instalar entre os brasileiros. Mas a elite brasileira não parece compreender isso, por mais óbvio que seja. E por isso teme e insulta tanto Chávez, na ilusão de que com gritos resolve um problema que só desaparece com ações que melhorem a vida do povo.
Insustentável porque uma hora os excluídos se insurgem. O melhor exemplo histórico foi a França sob Luís 16. Nem sempre o desfecho é tão dramático assim, mas jamais as coisas permanecem como antes.
A Venezuela, pré-Chavez, era socialmente insustentável. Era um dos campeões mundiais em desigualdade. Uma elite reduzida vivia como se estivesse em Nova York. A imensa maioria dos venezuelanos vivia como se estivesse na Nigéria.
Só a elite imaginava que isso poderia durar muito tempo. Hugo Chávez é fruto de uma iniquidade sem limites. Os pobres venezuelanos o amam porque Chávez os colocou no mapa. Deu a eles atenção, deu a eles programas sociais que efetivamente melhoraram sua vida. Como o povo vota em quem o defende, Chávez se reelegeu mais uma vez.
Se a elite venezuelana tivesse promovido uma sociedade mais justa quando esteve no poder, Chávez provavelmente não existiria. Mas a elite venezuelana sempre esteve mais preocupada em fazer compras nos Estados Unidos do que em pensar em coisas como justiça social.
Chávez em campanha
A força de Chávez deriva do povo. Um golpe de estado em 2002 tirou-o do poder por não mais que dois dias. Chávez voltou porque o povo exigiu. Sempre que foi testado nas urnas, ele bateu os adversários com facilidade.
Há, no Brasil, uma propaganda feroz na grande imprensa contra Chávez, mas isso é porque Chávez não representa os interesses que comovem as grandes corporações jornalísticas brasileiras. Não li em nenhuma publicação brasileira que, depois de vários anos no poder, sua popularidade entre os venezuelanos é de 62%, o mesmo nível do de Dilma. Ele é sistematicamente ridicularizado e insultado no Brasil por colunistas e editorialistas que defenderiam a nobreza francesa em 1789 e tratariam como bufões Danton e Robespierre.
Nos confrontos entre Chávez e a mídia venezuelana, não é difícil ver quem está do lado dos desvalidos e quem está do lado dos privilegiados.
Do ponto de vista de política externa, Chávez foi uma das primeiras vozes a se erguer contra os crimes de guerra dos Estados Unidos nos países árabes. Chamou, com inteira razão, George W Bush de satã ou coisa parecida.
Para ricos que temem que o chavismo avance para outros países, entre os quais o Brasil, a lição é clara: para evitar isso, basta abrir mão de parte dos privilégios. Chávez não faria sucesso na Dinamarca, ou na Noruega. Mas em países iníquos sim.
Quanto menos injusto socialmente o Brasil for, menores as chances de o chavismo se instalar entre os brasileiros. Mas a elite brasileira não parece compreender isso, por mais óbvio que seja. E por isso teme e insulta tanto Chávez, na ilusão de que com gritos resolve um problema que só desaparece com ações que melhorem a vida do povo.
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