Publicitário que hostilizou ministro do STF durante votação manda carta esclarecendo episódio
Publicado em 30/10/2012, 11:15
Última atualização às 13:43
São Paulo - O mesário que teria
ofendido o ministro do STF Ricardo Lewandowski no domingo (28),
durante a votação de segundo turno em São Paulo, escreveu uma
carta pedindo desculpas ao juiz e afirmando que foi “manipulado
pelos repórteres que ali estavam” para se comportar dessa maneira.
Segundo noticiaram
alguns sites no domingo, informação reproduzida em outras mídias,
o mesário teria chamado o ministro de “Liberandowski” e
perguntado se ele já tinha “dado um abraço” no ex-ministro José
Dirceu. No julgamento da Ação Penal 470, conhecida por mensalão,
Lewandowski inocentou Dirceu de todas as acusações, por falta de
provas.
Trechos da carta do
mesário foram divulgadas ontem (29) pelo gabinete do juiz e
publicados pela jornalista Mônica Bérgamo no jornal Folha de
S.Paulo de hoje. O nome do rapaz foi mantido em sigilo por
Lewandowski, que afirmou apenas tratar-se de um publicitário.
Diz a carta:
“Venho por meio desta carta pedir perdão pelo
meu comportamento no dia de 28/10/2012, segundo turno das eleições
para prefeito da cidade de São Paulo. Estou profundamente
arrependido de ter ofendido, sei que o senhor está muito bravo tanto
pelo ocorrido como também pela repercussão que tal episódio gerou.
(…) Fui manipulado pelos repórteres que ali estavam a comentar
algo, e de ato não pensado, infelizmente, acabei soltando o que não
devia.”
Mais adiante, ele elogia o ministro.
“Sou profundo admirador do seu trabalho,
reconheço que as pessoas que ali estavam, estavam de toda forma
erradas, e que eu, principalmente, fugi de minha razão quando faltei
com o devido respeito, mesmo que manipulado de certa forma, eu agi da
pior maneira, sem querer, insultando não somente um cidadão de bem,
mas também um ministro do Superior Tribunal Federal.”
Apesar de reconhecer as ofensas e se desculpar, o
mesário nega que tenha usado a expressão “Liberandowski”. Ele
esclareceu. “Gostaria de esclarecer que não gerei nenhum apelido
para o senhor como é mencionado em um site, e isto o senhor
presenciou. Eu apenas deixei que a má influência dos jornalistas
causasse sobre mim a ação que gerou tal fato. Tal frase nunca
sairia de minha pessoa, se fosse de fato pensado por mim.”
Com informações do jornal Folha de S.Paulo
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