Aloysio Nunes (PSDB), foi o único que votou contra cotas nas universidades federais
O PSDB não disfarça mais. A cada dia
deixa claro que está contra o povão. Agora, o tucano Aloysio Nunes,
votou contra as cotas para alunos que cursaram escolas públicas e querem
entrarar para Universidades federais.Aloysio Nunes, deixa claro o que,
só quem pode ter vaga nas Universidades mantidas pelo governo federal,
são os ricos.
Os senadores aprovaram em
plenário, na noite desta terça-feira (7), o projeto que destina 50% das
vagas em universidades federais para estudantes oriundos de escolas
públicas. O projeto foi aprovado de forma simbólica pelos senadores. O único voto contrário foi do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Agora, será encaminhado para sanção da presidente da República, Dilma Rousseff.
O projeto aprovado pelo Senado
combina cota racial e social. As vagas reservadas serão preenchidas de
acordo com a proporção de negros, pardos e índios na população de cada
unidade da federação onde está instalada a instituição de ensino, de
acordo com censo do IBGE de 2010. As demais cotas serão distribuídas
entre os outros alunos que cursaram o ensino médio em escola pública.
De acordo com a proposta, no
mínimo metade das vagas reservadas (25% do total de vagas) deverão ser
destinadas a estudantes de escola pública oriundos de famílias com renda
igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita.
As universidades deverão
selecionar os alunos de instituições públicas com base no coeficiente de
rendimento. O texto diz ainda que 50% das vagas em instituições
técnicas federais deverão ser preenchidas por quem cursou o ensino
fundamental em escolas públicas. Também neste caso, metade da cota será
destinada a alunos advindos de famílias de baixa renda.
A proposta exige que as
instituições ofereçam pelo menos 25% da reserva de vagas prevista na lei
a cada ano, a partir de sua publicação no Diário Oficial, e terão prazo
de quatro anos para o cumprimento integral das novas regras.
Discussão
Durante
a discussão da matéria nesta terça, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP)
considerou a proposta como uma “violência à autonomia das
universidades”. "“Ele [projeto] impõe uma camisa de forças para todas as
universidades brasileiras", disse o senador Nunes, que se manifestou e
votou contra.
Relator do projeto, Paulo Paim
(PT-SP) afirmou que muitas universidades já estão se adaptando. "Quem é
negro sabe o quanto o preconceito é forte neste país. A rejeição deste
projeto é dizer que nós não queremos que negro, pobre e índio tenham
acesso a universidade", disse.
A senadora Ana Rita (PT-ES)
afirmou que a proposta “faz justiça social”. "Dos 100% de alunos de uma
universidade, 50% é de livre concorrência. Os outros 50% é de oriundos
de escola pública".
O senador Pedro Taques (PDT-MT),
também defendeu a aprovação do projeto. "O que nos falta é o
reconhecimento deste preconceito, sim. Quantos negros, ao entrarem numa
loja, recebem um olhar diferente? Nós precisamos resolver isto com
iniciativas como estas", disse o senador.
Tramitação
O
projeto foi proposto em 2008 no Senado, foi alterado na Câmara e voltou
para análise dos senadores. Na Câmara, os deputados ampliaram os
critérios para as reservas, que se limitavam à origem racial na proposta
original. A proposta ganhou força novamente no fim do segundo semestre
deste ano. Pouco antes do recesso, líderes fizeram acordo para votação
na volta dos trabalhos.
Na tarde desta terça, o relator
do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), e representantes de movimentos
sociais estiveram reunidos com o presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), pedindo que a matéria fosse colocada em votação ainda nesta
terça.
Questionado sobre o assunto, o
presidente do Senado manifestou apoio ao projeto. "Eu apoio totalmente
esta iniciativa. Comigo, você não têm de ter nunca nenhuma preocupação.
Eu, estando aqui, sempre ajudarei a avançar nesta questão" disse Sarney.
Sarney recebeu das mãos de Mário
Theodoro, secretário-executivo da Secretaria de Promoção da Igualdade
Racial, uma moção de apoio pela aprovação da proposta. "É fundamental
que tenhamos as cotas", defendeu o secretário.
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