O título bem que poderia ser "esquenta" a sacanagem da Revista Veja contra o PT" (Muita Paz!)
247 – Neste fim de semana, a revista Veja,
assim como a Folha de S. Paulo, saudou a definição da data para o
julgamento do mensalão. Enquanto a folha fez o editorial “Hora marcada”,
Veja publicou a reportagem “Encontro marcado com a Justiça”. O
julgamento do mensalão, segundo Veja, colocará “em xeque a reputação de
um partido, de seus principais dirigentes, de todo um grupo que planejou
se perpetuar no poder comprando alianças políticas através de
milionários subornos”.
Foto: Edição/247
Revista Veja deste fim de semana celebra calendário do mensalão e publica denúncia contra José Dirceu envolvendo royalties do petróleo; recentemente, ex-ministro da Casa Civil esteve com o presidente da editora, Fábio Barbosa, num encontro em que se tratou da possível convocação de Roberto Civita pela CPI; pelo jeito, não houve acordo
Na mesma reportagem, assinada pelo repórter Rodrigo Rangel, defende-se o impedimento do ministro José Antônio Dias Toffoli. Num dos trechos, informa-se que um “interlocutor de Roberto Gurgel, titular da Procuradoria-Geral da República, disse a Veja que ele avalia a possibilidade de pleitear o impedimento de Toffoli”. Por fim, Veja menciona punições recentes do chamado “mensalão do DEM”, para dizer que os réus do mensalão federal “têm com o que se preocupar”.
Do que se trata? Jornalismo? Política? Ou um misto das duas coisas? A revista Veja, como vários meios de comunicação, também tem sua própria agenda política – a da Abril, apenas, é mais explícita e escancarada do que outros veículos.
Nas páginas de Veja, logo depois da reportagem sobre o mensalão, há uma nova denúncia sobre o principal réu, o ex-ministro José Dirceu, que, segundo a revista, estaria se locupletando dos recursos dos royalites do petróleo na cidade de Maricá (RJ), onde Marcelo Sereno, seu ex-assessor, foi secretário. Em seu blog, Dirceu respondeu, acusando a revista Veja de plagiar e requentar posts antigos do blog do deputado Anthony Garotinho.
Três semanas atrás, quando a CPI do caso Cachoeira cogitava convocar o empresário Roberto Civita, dono da Abril, e o jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal brasiliense de Veja, a editora escalou seu presidente, Fábio Barbosa, para um périplo político. Barbosa esteve com lideranças do PMDB – e também com José Dirceu – pedindo para que Civita não fosse convocado.
Curiosamente, pouco depois disso, o PT recuou no discurso mais contundente relacionado à mídia. Até o presidente da sigla, Rui Falcão, abandonou o assunto. Pelo jeito, não houve acordo.
Leia, abaixo, a resposta de Dirceu à reportagem de Veja:
A Veja desta semana, que chegou nesta manhã às bancas e aos assinantes, traz uma matéria sobre a administração da Prefeitura de Maricá (RJ), o fato de a cidade se situar na área do pré-sal, os royalties que tem recebido em decorrência dessa sua localização geográfica e como eles, segundo a visão da revista, têm sido aplicados.
Gratuitamente, apenas para dar vasão à sua baixaria e sem nenhum fundamento a não ser a chamada "forçação de barra", inclui meu nome em toda a matéria. Tenta justificar o fato com o argumento de o ex-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Petróleo de Maricá, Marcelo Sereno, ter trabalhado comigo no período em que fui ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República.
Ao tentar envolver-me em denúncias que apresenta aos seus leitores como sendo de sua autoria, Veja simplesmente plagia notas na mesma linha já publicadas no blog do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) e que eu também já contestei. Quer dizer, dá uma matéria atrasada, antiga, tenta esquentar e requentar assunto velho e já devidamente esclarecido, com o qual nada tenho a ver.
A matéria de Veja e as denúncias nela contidas nada tem a ver comigo. Nunca fui a Maricá, não participo da vida política do municipio e não tenho nenhuma relação com sua administração.
A propósito, para que vocês vejam a falta de fundamento desse assunto, publico nota divulgada pela Prefeitura quando a mídia começou nessa linha e quando da primeira denúncia a respeito da administração de Maricá, esta veiculada pelo telejornal RJ TV da Rede Globo.
Nota da Prefeitura
Com relação a matéria publicada no telejornal RJ TV da Rede Globo, na noite do dia 24 de maio e na manha do dia 25, sobre o aluguel de um prédio e um galpão em terreno de mais de 5.000 metros, na beira da Rodovia Amaral Peixoto, cabe esclarecer os seguintes pontos:
1- O valor do aluguel pago pela prefeitura por um prédio, um galpão e o terreno de mais de 5.000 metros a beira da rodovia foi alvo de laudo de técnicos de três profissionais independentes da área imobiliária e estão, inclusive abaixo do preço praticado pelo mercado. Como a própria reportagem demonstrou terrenos semelhantes e sem qualquer área construída, tem valor de aproximadamente 3,5 milhões de reais, o que pelo mercado ensejaria um aluguel de mais de 30 mil, superior ao contratada
pela prefeitura;
2- O prédio, o galpão e o terreno são utilizados desde o inicio de sua contratação pela Secretaria Municipal de Transportes, que devido a construção do Centro Cultural Henfil e do Cinema Publico, transferiu para lá toda a sua área administrativa, alem de fazer ali as vistorias em ônibus, vans, taxis, transporte escolar etc... E guardar material apreendido;
3- A Secretaria Municipal de Segurança esta aguardando a definição do projeto de construção da Central de Monitoramento do município através de Câmeras de Segurança para transferir para lá sua sede;
4- Aquele espaço também esta destinado ao DETRAN, para que sejam feitas as vistorias dos automóveis, já que há 2 anos estamos pedindo a eles que desocupem o terreno no Centro, onde também funcionava a Secretaria Municipal de Transportes, e onde, como ja disse, estamos construindo o primeiro Cinema do município e um Centro Cultural;
5- Os procedimentos de contratação do aluguel foram feitos no estrito respeito a legalidade, baseados nas normas do inciso X, artigo 24 da Lei 8.666, que rege as contratações no serviço público, alem da deliberação 245.07 do Tribunal de Contas do Estado;
6- A respeito das denuncias que versam sobre a profissão do dono do imóvel ou de compras imobiliárias por ele realizadas antes do aluguel do mesmo, não cabe a quem aluga acompanhar ou saber das atividades do dono do imóvel. O município vem a décadas com um cadastro de imóveis desatualizada, que só agora vem sendo revisto, conforme decreto por mim publicado
7- Mas mesmo assim, para que não paire dúvidas sobre nosso compromisso com a lisura, instaurei uma Tomada de Contas para apurar os fatos. Nosso governo tem absoluto e inequívoco compromisso com os princípios constitucionais da legalidade, moralidade, impessoalidade, transparência, publicidade e eficiência.
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