terça-feira, 24 de janeiro de 2012


Jornal Nacional manipula mais uma vez.


O jornal Nacional divulgou uma matéria sobre uma pesquisa formulada por um instituto. Com base na pesquisa deste Instituto, até então desconhecido, produziu uma matéria que versou sobre o retorno que os cidadãos obtêm, ou não obtêm,  para os impostos que eles pagam.

 A lista dos países o JN não mostrou. 

“Em média, 35% da riqueza produzida no Brasil vai parar nas mãos do governo.” Disse o narrador.

 A matéria omitiu os governos estaduais e municipais que também cobram impostos.

Ridícula aquela pose de “eu sou o bonzão o poderoso!”.

O JN não informou uma vez sequer o nome do Instituto e, em que data foi feita a pesquisa. A identificação do tal instituto (IBPT) que ficou no anonimato na maior parte da entrevista, só foi identificado através de caracteres (piscou) na imagem do diretor do tal Instituto.

Fiquei tão revoltado com a matéria, com sua distorção, falta de transparência e manipulação que, assim que acabou o JN corri para o computador para ver a pesquisa no site do tal Instituto. Pasmem;  a tal pesquisa, segundo o site, foi divulgada em 2009, o que foi omitido pelo JN.  

O IBPT  relacionou trinta países e colocou o Brasil na trigésima posição, mas, não mostrou o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de cada país e nem os seus PIBs (Produto Interno Bruto) e nem o que arrecadaram em tributos.  Colocou os EUA nas primeiras posições, o que é duvidoso, uma vez que em 2009 os EUA não tinham sequer projetos na saúde que beneficiassem sua população.

Fiz um breve comentário sobre a lisura da pesquisa e saí.

Minutos depois retornei ao site do Instituto e não consegui entrar, o site estava fora do ar. 

Uma hora mais tarde tentei novamente, o site voltou, mas, a matéria já não estava mais no site. Tinha sido retirada.

Causa-me espécie uma matéria desta que diz :  “Pelo segundo ano seguido, o Brasil ficou em último lugar, bem atrás de vizinhos como Uruguai e Argentina”, ou seja,  sem elementos transparentes para que se possa conferir.
O JN abriu espaço para o governo falar.
“O Ministério da Fazenda informou que os impostos são devolvidos para a sociedade e que um reflexo disso é a redução da taxa de pobreza de 26% em 2002 para 12% em 2010. Segundo o ministério, o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU não reflete os avanços do Brasil porque não capta as mudanças estruturais de cada país.
Vejam só senhores. O JN desperdiça mais de 10 minutos criticando o governo com base em uma pesquisa de um Instituto que ninguém sabe de onde veio e concede apenas 15 segundos para contestação   Lá atrás, na matéria, colocou no ar uma senhora com uma criança no colo com a seguinte narração em off: “A futura pagadora de impostos nem desconfia. O brinquedo, as roupas, o lanche. Em tudo a mãe de Rafaela paga imposto. Em média, 35% da riqueza produzida no Brasil vai parar nas mãos do governo.”
“Está muito pequena ainda, mas ainda vai pagar muito imposto na vida”, diz a dona de casa Andrea Gan.

Pura manipulação não é Bonner? Usam até o sofisma de colocar uma dona de casa com uma criança no colo para melhor iludir nosso povo.
Uma pesquisa Do IBGE e FGV realizada em 2006 mostra que tem alguma coisa errada na pesquisa deste tal Instituto. De 2006 para 2009, ou antes, não é tanta coisa assim. Mesmo porque, sabemos que o Brasil mudou para melhor.
Taxa de brasileiros vivendo em extrema pobreza recuou de 22,8% para 19,3% da população em 2006

RIO DE JANEIRO - De um ano para o outro, 5,88 milhões de brasileiros cruzaram a fronteira da miséria, o que corresponde a uma queda de 14% no número de miseráveis no país. Eles representavam 19,3% da população em 2006, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a menor marca desde 1992 (35,2%), quando teve início a pesquisa sobre o tema feita pelo Centro de Políticas Sociais da instituição, que utiliza dados básicos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE. Em 2005, o percentual era de 22,8%.
Foram contabilizados 36.154 milhões de pessoas em condições miseráveis no país – na definição da FGV, aquelas cujo rendimento per capita do domicílio onde vivem é inferior a R$125, considerando os valores de referência da região metropolitana de São Paulo. Em 2005, eram 42.034 milhões. Pelos dados da Pnad compilados pela FGV, a desigualdade manteve sua trajetória de queda expressiva iniciada em 2002. O índice de Gini da renda per capita dos domicílios baixou de 0,5680 em 2005 para 0,5620 em 2006 pelo fato de os mais pobres terem maiores ganhos de renda. O rendimento dos 10% mais ricos cresceu 7,9% no ano passado, enquanto o dos 50% da base da pirâmide aumentou 12%.
“Diferentemente da China e da Índia, a desigualdade do Brasil está caindo em grande parte por causa do nosso ‘crescimento chinês’ da renda [9,2% em 2006]. Há no país uma rede de proteção social. O Brasil era o segundo país mais desigual do mundo. Agora, é o 12º”, afirmou Marcelo Neri, diretor da FGV.
Um dos fatores mais importantes para a expansão do rendimento, diz ele, é a forte geração de postos de trabalho – 8,7 milhões de 2003 a 2006 – e o aquecimento da economia. Cerca de 75% da renda total das famílias vem do trabalho.

JN. Um dia a casa cai. Já vimos gigantes maiores caírem.

Nenhum comentário: