quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Alunos da Universidade de São Paulo visitam CGU

Alunos da Universidade de São Paulo visitam CGU para conhecer melhor Administração Pública
Alunos de graduação da Universidade de São Paulo (USP) estiveram no auditório da Controladoria-Geral da União (CGU) em Brasília, nesta terça-feira (4/9), para aprofundar os conhecimentos sobre prevenção da corrupção, transparência pública, controle social e, especialmente, a Lei de Acesso à Informação (LAI). A iniciativa, que faz parte do projeto “A Cidade Constitucional e a Capital da República” da USP e esta em sua sexta edição, visa a aproximar o universitário da realidade da Administração Pública.
“Queremos conectar os alunos ao mundo real”, afirma o professor da USP responsável pelas atividades, Marcelo Nerling. O projeto busca superar o modelo de ensino meramente cognitivo e centrado exclusivamente no professor. De acordo com o docente, o objetivo é valorizar os conteúdos denominados atitudinais e transmitidos por agentes públicos, que colocam os estudantes em contato direto com problemas reais. “No contexto universitário, esse conhecimento os estimula a associar as questões práticas com as teorias acadêmicas”, disse Nerling.
O secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da CGU, Mário Vinícius Spinelli, fez a abertura da apresentação e destacou como “fundamental o contato com a academia para estimular a realização de estudos e pesquisas sobre prevenção da corrupção”. Os analistas de Finanças e Controle Renata Figueiredo e Álvaro de Souza complementaram a palestra falando sobre transparência pública e controle social.
Essa é a segunda vez que a CGU é convidada a participar do projeto e, nesta edição, a abordagem foi a LAI, pois, segundo Nerling, a cada ano o projeto é dirigido ao tema mais atual na agenda da Administração Pública. Ele assegura que as disciplinas curriculares e os planos de aula estão até sendo revitalizados em virtude da LAI e da 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social (Consocial). “Vivemos um novo paradigma de acesso informação e de controle social que requer adaptações reflexivas sobre uma novidade: a transparência ativa”, destaca o professor.
Concebido como curso de extensão, o projeto ganhou status de disciplina optativa da Universidade no ano passado quando começou a somar quatro créditos ao currículo dos estudantes, sendo duplamente certificada, tanto para a graduação quanto para a extensão. Neste ano, 217 alunos se candidataram à disciplina e 80 foram selecionados, tendo prioridade os que estão concluindo a graduação. Dentre os escolhidos, 60 são do curso de Gestão de Políticas Públicas, dez são de Gestão Ambiental e os outros dez são de Ciências da Atividade Física.
Os custos com transporte, alojamento e alimentação foram financiados pela USP e, segundo Neerling, ficaram em R$ 40 mil. Os alunos chegaram à Brasília no domingo (2/9) e já conheceram o Palácio do Planalto, a Escola de Administração Fazendária (Esaf) – onde estão alojados , a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), os Ministérios do Esporte (ME) e da Saúde (MS) e encerram a visitação nesta quarta-feira (5/9) com o Palácio da Alvorada e a Câmara dos Deputados.
Um dos universitários que participou da imersão, Caio Siqueira Marconato, de 22 anos, está no último semestre de Gestão de Políticas Públicas e vai fazer o trabalho de conclusão de curso sobre a Lei de Incentivo ao Esporte. Durante a visita ao ME aproveitou para conhecer melhor o trabalho do órgão que também servirá de fonte para sua pesquisa. “É uma oportunidade de conhecer e ter contato com quem trabalha com o que ouvimos falar durante o curso”, acrescenta. Marconato lembra que teve facilidade em encontrar a Lei Orçamentária de São Paulo e o Plano Plurianual do Estado na internet, mas o mesmo não aconteceu com alguns dados específicos que deveriam estar disponíveis no Centro de Documentação da Secretaria de Esporte de São Paulo. Para obtê-los, garante Marconato, irá utilizar a LAI.
Assessoria de Comunicação Social

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