domingo, 19 de fevereiro de 2012

Nacional: Mulher de Celso Daniel defende PT



A companheira de Celso Daniel, Ivo-
ne Santana, afirmou ontem confiar 
na versão apresentada pelo chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, em acareação na CPI dos Bingos, sobre o assassinato do ex-prefeito de Santo André. "Eu acredito na versão do Gil (Gilberto Carvalho). Não tenho a menor dúvida. Porque ele era uma pessoa que estava vivendo o cotidiano (da prefeitura)", assegurou.
Assim como fez Carvalho, Ivone Santana desqualificou o depoimento de João Francisco Daniel, um dos irmãos de Celso Daniel. Ela afirmou aos integrantes da CPI que João Francisco não tinha relação próxima com o ex-prefeito e que Gilberto Carvalho não teria motivos para revelar ao irmão de Celso que haveria o transporte de recursos de dinheiro supostamente desviado da prefeitura para o PT nacional. 

relato
João Francisco relatou à CPI que Carvalho, após o assassinato do prefeito, teria dito, na presença de testemunhas, que haveria transporte de recursos da prefeitura para o PT. Chegou a desafiar Carvalho a se submeter a um detector de mentiras. "Não havia essa conversa. Ele nunca mencionou, eu não sabia e não permitiria (de transporte de recursos)", afirmou Ivone.

DESMENTIDO
Ela desmentiu ainda a versão da faxineira que trabalhava na casa de Celso Daniel de que haveria sacos de dinheiro no apartamento. "Não tinha saco de dinheiro. Ela não tem credibilidade nenhuma para ser ouvida", disse Ivone Santana. Ela reclamou que foi justamente Gilberto Carvalho quem teria dado legitimidade para que os irmãos do ex-prefeito falassem publicamente sobre o crime. "O Gil, com esse espírito cristão exacerbado, elegeu os irmãos para se reportar sobre o caso", disse. Ivone, que é filiada ao PT "desde a primeira hora", negou ainda que Celso Daniel se sentisse ameaçado ou tivesse confeccionado um dossiê sobre irregularidades na prefeitura.
 
10/09/201107h00

 "Viúva de Toninho do PT pede a ministros em Brasília federalização das investigações

Maurício Simionato
Especial para o UOL Notícias
Em Campinas (SP)

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disseram nesta semana a Roseana Moraes Garcia, viúva de Toninho do PT, que vão analisar o pedido de federalização e de entrada da Polícia Federal nas investigações. Eles disseram ainda que darão uma resposta rápida à família. Cardoso estimou prazo de 15 dias. Gurgel não definiu uma data para dar a resposta.  
O assassinato do ex-prefeito de Campinas (93 km de São Paulo) Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, completa dez anos nesse sábado (10).
Roseana esteve em Brasília na última terça-feira (6) para tentar, pela última vez, transferir a investigação do caso para a esfera federal. “As audiências tiveram o objetivo de tratar da imediata entrada da Polícia Federal no caso, pedido feito pela família desde o assassinato do prefeito, devido às inúmeras falhas e contradições existentes no caso”, disse o advogado da família, William Ceschi Filho.

Memória

O principal argumento de Roseana para convencer o ministro da Justiça e o procurador-geral a federalizarem o caso foram os fatos recentes ocorridos na administração e na política campineiras.
A viúva expôs as denúncias de corrupção recentes feitas pelo Ministério Público contra agentes políticos da cidade nos últimos meses para mostrar que o crime foi “político” e “teve um mandante”.
O prefeito Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT)  teve o mandato cassado no último dia 20 de agosto após ter o alto escalão de seu governo denunciado por corrupção, formação de quadrilha e fraudes em contratos, incluindo a ex-primeira-dama Rosely Nassin Jorge Santos.
“Mostrei ao ministro e ao procurador qual é a situação da cidade hoje, com todas essas denúncias. Fiz uma análise da conjuntura da política de Campinas. Mostrei também que o juiz do caso [Toninho] mandou reabrir o inquérito e que três desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmaram a decisão dele”, disse o advogado da família.
“Se existe Justiça, algo vai ter de ser feito. A Polícia Civil de Campinas não tem estrutura para fazer a investigação de um crime de natureza política. Por isso, peço há dez anos a entrada da Polícia Federal no caso”, disse Garcia.

Tentativas frustradas

A audiência da última terça-feira foi a quarta com um ministro da Justiça para fazer o pedido de federalização do caso. Em 2008, o então ministro Tarso Genro (PT) chegou a determinar a instauração de inquérito policial pela superintendência da PF em São Paulo, fato não concretizado sob a alegação de que o pedido foi remetido ao Procurador Geral da República
Em maio de 2004, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a viúva de Toninho em Brasília para a entrega de um abaixo-assinado com mais de 53 mil assinaturas que pedia a imediata intervenção da Polícia Federal nas investigações do assassinato do prefeito.
Na semana passada, a assessoria da Procuradoria Geral da República, em Brasília, informou ao UOL Notícias que a solicitação de federalização continuava “em análise” no gabinete do procurador Gurgel."

E ainda tem mal intencionados que insistem em colocar nas costas do PT estes crimes. Quanta maldade, quanta torpeza!
No caso do Toninho do PT o inquérito da Polícia Civil apurou que uma quadrilha em fuga, após um assalto, baleou o prefeito que era muito considerado no PT e amigo de Lula e do Frei Beto.
Que seja apurado este assassinato, pode até ser crime político, mas, logo o PT seria o responsável? Paranóia.   

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