Do Com Texto Livre - sábado, 1 de dezembro de 2012
O ‘mensalão tucano’, como ficou conhecido o esquema de corrupção de onde
se originou a Ação Penal (AP) 470 no Supremo Tribunal Federal (STF) que
entra na reta final com a condenação de 25 réus, acaba de ficar mais
robusto. O inquérito 2280, que apura a suposta prática dos crimes de
peculato e lavagem de dinheiro, durante a campanha para a reeleição do
hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo do Estado de Minas
Gerais, foi aberto em 2009 e agora, na condição de uma Ação Penal, é
fortalecido com a renovação dos prazos processuais. A denúncia, conforme
apurou o Correio do Brasil, foi oferecida contra 15 acusados, dos quais
apenas um, o senador Azeredo, detém prerrogativa de foro perante o STF.
As investigações buscam apurar uma transferência de R$ 3,5 milhões dos
cofres públicos de Minas Gerais, a partir das estatais mineiras COPASA,
COMIG e BEMGE para a empresa privada SMP&B Comunicação, do
publicitário Marcos Valério, sob a justificativa formal de patrocínio a
três eventos esportivos cuja organização era controlada pela empresa de
três acusados. Um outro inquérito porém, de número 3530, também do STF,
passa a integrar a ação contra a alta cúpula do PSDB nacional, com a
anexação de um outro escândalo, conhecido como “Lista de Furnas”, que
trata da transferência de dinheiro público para a compra de
parlamentares para votar a lei que permitiu a reeleição do então
presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
O processo do ‘mensalão tucano’ guarda, ainda, outros fatos explosivos,
como o assassinato de uma modelo, em Belo Horizonte; um incêndio
criminoso, ameaças de morte e corrupção. Advogado de um dos denunciantes
do esquema criminoso, Dino Miraglia Filho buscou o apoio da Comissão de
Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta
quarta-feira, após denunciar que tem sido ameaçado, supostamente por
parte do delegado de Polícia Civil Márcio Nabak. Segundo o advogado, as
ameaças teriam começado em julho de 2012, quando ele assumiu a defesa de
Nilton Antônio Monteiro, denunciante da chamada ‘Lista de Furnas’.
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